O futebol como um fenômeno da cultura brasileira

As coisas só acontecem por acaso, necessidade ou vontade nossa! Epicuro - filósofo.

domingo, 17 de março de 2013

Campeonato Paraibano_ANÁLISE



Colocando os pontos nos "Is"

 
Por Edônio Alves
 

Dentro do contexto alvissareiro por que passa o futebol paraibano neste momento (ver postagem: http://meufutblog.blogspot.com.br/2013/03/campeonato-do-nordesteanalise.html) de domingo passado), resolvi hoje escrever ao time e à torcida do meu Botafogo da Paraíba, com o ensejo da partida final da Copa do Nordeste entre o Campinense e o ASA, de Arapiraca-AL, hoje, às 16h00, no estádio Amigão, em Campina Grande. É que dois fatos me instaram a fazer isso, depois que eles se deflagraram e repercutiram no âmbito do futebol do nosso Estado.

Um desses fatos é a própria iminência concreta do Campinense ser o primeiro time da Paraíba a ganhar o Campeonato do Nordeste, o que eleva em valor e visibilidade o nosso futebol e o coloca num patamar novo em que seus dirigentes, querendo ou não, terão que repensar suas práticas administrativas à frente dos nossos clubes e federação.

Depois do título de hoje, creio eu (e acredito piamente nisso por causa da qualidade do time da Raposa), o nosso futebol terá necessariamente que se por num ponto de inflexão a partir do qual não retroceda mais em termos de gerenciamento, qualidade e foco em investimentos mais pesados visando sempre lugares mais altos no contexto do futebol nacional. É isso, por exemplo, a grande mensagem que a conquista da Raposa deve deixar para o futebol paraibano.

O outro fato é mais particular, digamos assim, uma vez que diz respeito apenas ao Botafogo, embora, por outro lado, não possa se desvincular do contexto geral abordado acima. Trata-se do aspecto também alvissareiro de a diretoria do clube de João Pessoa finalmente ter investido muito para montar um time de qualidade que tenha condições de realmente disputar o título estadual deste ano em condições reais de vencê-lo, algo que não o faz há pelo menos dez anos. Isso foi feito e isso tem que ser elogiado por toda a imprensa esportiva da Paraíba.

Acontece que passada a euforia inicial das boas atuações do time na primeira fase do Campeonato Paraibano, de onde real e merecidamente saiu com o título simbólico de campeão invicto, a realidade do clube começa a apresentar alguns problemas que se não forem resolvidos a tempo poderá por em risco todo o planejamento feito com o objetivo do título estadual. Problemas esses que, aliás, também devem ser apontados pela imprensa especializada, junto com os elogios que sobraram na fase inicial da competição. E é aqui que vão entrar os meus pontos nos "is" prometidos lá em cima.

Já estamos hoje na terceira rodada da segunda fase do estadual e a esperar, na próxima, a entrada triunfal do Campinense Clube nas disputas do certame, quando se juntará ao Treze, ao Sousa e ao próprio Botafogo formando o bloco dos reais favoritos a erguerem (um deles, é claro) a taça de campeão do estado em 2013. É esse fato em si que me fez escrever o que segue, em relação ao Botafogo.

Primeiro: coletivamente, o time terminou a fase anterior do estadual e iniciou a atual em franca decadência de desempenho, se comparada ao futebol apresentado no primeiro turno. Segundo: nesse processo, apresentou ao torcedor atento as suas fragilidades enquanto conjunto. É detentor de uma defesa frágil, vacilante, irregular e comprometedora do projeto. Terceiro: a diretoria está fechando os olhos para estas questões e corre o risco de agir tarde em relação a reforçar o grupo. Quarto: o ataque depende exclusivamente de Warley e Wanderley e, por isso, se os dois se machucarem como realmente ocorreu, o time fica sem força e se equipara aos demais. Quinto: o time se ressente da falta de um outro meia igual ou melhor que o Doda, já que Sandro está bichado e não disse - nem terá tempo de dizer - por que está no elenco. Sexto: o técnico Marcelo Vilar parece que está conformado com o time que tem e se mostra temeroso em reforça-lo, algo que demonstra ou medo de desagradar o grupo e, por consequência, perder o controle do pessoal, ou (o que é mais grave), a falta de senso frente aos desafios da segunda fase, com o Campinense no seu encalço.

Por fim: o torcedor faça a sua parte indo ao estádio nos dia de jogo do Belo, cobre as mudanças que tem que ser feitas e colabore com o plano de sócio que o clube acaba de lançar, visando fundos financeiros para a manutenção de uma equipe de qualidade.

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