O futebol como um fenômeno da cultura brasileira

As coisas só acontecem por acaso, necessidade ou vontade nossa! Epicuro - filósofo.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Campeonato Brasileiro_Série D_Nona RODADA



Virando na frente
BOTAFOGO-PB BATE A JUAZEIRENSE E ENCERRA 1ª FASE
COMO MELHOR DO GRUPO A4
 
Meia Lenilson (primeiro plano) abre a vitória do Belo com gol de placa e credencia time para o acesso à Série C
 
Foi mais sofrido do que a torcida poderia esperar. Mas com dois gols marcados no fim da partida, o Botafogo-PB fez o dever de casa e venceu o Juazeirense por 4 a 2, na tarde deste domingo (25), no Almeidão. A vitória garantiu o primeiro lugar do Grupo A4 ao time paraibano, que agora enfrenta o Central de Caruaru na segunda fase da Série D.
A expectativa era de um jogo fácil para o Botafogo-PB. Isso porque o Juazeirense já não tinha mais chance de classificação e, como a outra vaga era decidida no confronto direto entre Vitória da Conquista x Sergipe (os sergipanos venceram por 1 a 0), não havia nem a possibilidade de mala branca. Para piorar, três jogadores já haviam deixado o time baiano antes do término da Série D, casos do zagueiro Jéfferson e dos volantes Naldo e Vaguinho.
Golaço de Lenílson e virada baiana
A suposta facilidade, no entanto, não aconteceu. Menos por méritos do Juazeirense e mais pela displicência do Botafogo, que parecia desinteressado da partida.
Ainda assim, chegou ao primeiro gol num golaço de Lenílson. O ex-jogador do São Paulo recebeu a bola na direita, deu um chapéu no zagueiro Ronaldo e emendou para o gol, sem chance de defesa para Maicon. Gol de placa no Almeidão.
Mas não deu nem para a torcida comemorar. Na saída de bola, o Juazeirense chegou ao empate, através de Deon, que aproveitou uma das muitas falhas da zaga reserva do Botafogo - Mário Larramendi e Everton jogaram nos lugares dos suspensos Marcel e André Lima.
A partir daí o Botafogo ensaiou uma pressão, aproveitando a grande atuação de Doda. O meia deu assistências precisas para Celico e Mário Larramendi, que acabaram despediçando.
E justamente quando o time paraibano estava melhor em campo, veio a virada do Juazeirense. O meia Silvestre cruzou na medida para Júlio marcar o segundo. Os mais de 6 mil torcedores botafoguenses pareciam atônitos com o resultado, que perdurou até o fim da primeira etapa.
Warley sai do banco para decidir
O Botafogo voltou para o segundo tempo jogando a favor do vento, que segundo o técnico Marcelo Vilar, prejudicou bastante a equipe na etapa inicial. Mas continuou esbarrando nos erros, especialmente no último passe. E, como já vem se tornando rotina, o time dependia das bolas paradas com o volante Pio.
Na base do abafa, no entanto, o Botafogo achou o gol de empate. Aos 7 minutos, na única bola que recebeu em condições de marcar, o artilheiro Fausto não desperdiçou e deixou tudo igual: 2 a 2.
Na tentativa de conseguir a virada que daria o primeiro lugar do grupo, Marcelo Vilar foi fazendo alterações e deixando a equipe mais ofensiva. Primeiro, com as entradas de Fábio Neves e Rafael Aidar nos lugares de Doda e Paulinho Macaíba. Mas quem acabou sendo decisivo foi Warley, que saiu do banco para substituir Lenílson aos 28 minutos.
O W9 teve a chance de marcar aos 41 minutos, mas acabou derrubado por Rodrigo na entrada da área. Mais uma falta desperdiçada por Pio. A jogada, no entanto, foi o ponto de partida para a pressão do Botafogo no fim do jogo.
O lance originou a sequência de dois escanteios. No últimos deles, aos 43 minutos, a bola sobrou novamente para Warley que deu o passe na medida para Everton desempatar. Era o gol que a torcida estava esperando para explodir nas arquibancadas.
E Warley ainda teve participação direta no quarto gol. O atacante finalizou para defesa parcial de Maicon. Na sobra, Rafael Aidar acabou derrubado dentro da área. Pênalti. Apesar dos apelos da torcida, Warley deixou a bola para Pio. E finalmente o volante conseguiu vencer o duelo particular com Maicon, fechando o placar no Almeidão: 4 a 2.
 

Futebol_ANÁLISE


 
A Paraíba no Brasileirão 2013

 

Por Edônio Alves

 

Chegados ao meio caminho da estrada na trajetória comum de conseguirem maior espaço e visibilidade no cenário nacional do futebol brasileiro, os dois clubes paraibanos que disputam este ano as séries C e D - respectivamente, Treze e Botafogo - da competição nacional, vivem momentos distintos no que se refere à concretização dos seus objetivos na presente temporada.

Enquanto o Treze ainda está na zona de rebaixamento do seu grupo na Série C, o Botafogo acaba de se classificar com uma rodada de antecedência rumo ao acesso a essa mesma Série C do Brasileirão do ano que vem. Por consequência, as campanhas dos dois clubes até aqui autorizam concluirmos que enquanto um luta para encontrar um futebol que justifique sua presença neste patamar (a Série C), caso do Treze, o outro, o Botafogo, ao contrário, luta para manter ou melhorar o futebol que já encontrou não só para estar onde está, mas, principalmente, para chegar, no ano que vem, ao patamar do outro. Ressaltando-se, é bom lembrar, que o Treze está lá, na série C, não por causa do futebol em si, mas porque ganhou na Justiça o direito de ficar.

Dito isto, analisemos até onde nossos clubes poderão chegar nessa sua luta por espaço, reconhecimento e visibilidade nacionais.

O caso do Treze é mais preocupante do que o do Botafogo, embora ainda não menos alvissareiro. Com 14 pontos na virada do primeiro para o segundo turno desta primeira fase da Série C, o Treze está a três pontos do primeiro clube fora da zona de rebaixamento, o Águia de Marabá; isto é, ainda não depende de suas próprias pernas para pular o fosso da degola. Isto quer dizer que a cada rodada que fizer a partir de agora, tem que vencer e torcer para o concorrente derrapar.

Vindo de duas vitórias convincentes e consecutivas em casa (contra o Rio Branco por 3 a 0 e contra o próprio Águia, por 2 a 0), o Galo da Borborema ensaia uma reação rumo à saída da zona do rebaixamento e, por que não dizer, a um franco credenciamento de ainda poder chegar junto da turma do G4: Fortaleza, Sampaio Correia, Luverdense e CRB. Tempo e rodadas à frente para isso ainda há. Tudo vai depender do que fizer já nessa 11ª rodada quando enfrentar o Sampaio Correia, fora de casa. O resultado desse jogo é fundamental para o Treze sinalizar o que quer, o que pode e o que ainda vai fazer (ou deixar de fazer) nessa sua campanha do Brasileirão deste ano.

Já quanto ao Botafogo, a sua campanha na Série D tem caminhado até aqui em céu de brigadeiro.  Com 14 pontos conquistados e a uma vitória de encerrar a primeira fase da competição como líder do seu Grupo, o Belo tem plenas condições de repetir (ou até melhorar), guardadas as devidas proporções, a sua histórica campanha da Série C de 2003 quando ficou a um ponto de subir para almejada Série B do ano seguinte.

Vencendo, neste domingo, em casa, a equipe do Juazeirense da Bahia, o Botafogo terá pela frente um desses três times, na sua primeira partida mata-mata da segunda fase: Central ou Ypiranga, ambos de Pernambuco, ou o Guarany, do Ceará. Como jogará a segunda partida em casa contra um desses times, tem chances reais de passar adiante e ficar a apenas quatro partidas do acesso à Série C do ano que vem.

Futebol para isso tem. Elenco para isso tem. Tradição para isso tem. Experiência, seus jogadores, para isso, têm. Torcida para isso tem. Ficará faltando apenas (e isso não é pouco) a confirmação em campo desses fatores a seu favor. Até porque nessa próxima fase de mata-mata e consequentes eliminações, os seus virtuais adversários tem tudo isso e até muito mais. Resumo de tudo: nossos representantes deste ano no Brasileirão, Treze e Botafogo, podem tanto chegarem lá, nos seus objetivos, juntos e abraçados, como também separarem-se no meio do caminho. 
 

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Campeontao Brasileiro_Série D_Sétima RODADA


 
Na liderança
BOTAFOGO-PB VENCE O SERGIPE FORA
DE CASA E SE GARANTE NA PRÓXIMA FASE
 
Lenilson (de frente para Celico, camisa 6) marca o primeiro gol do Belo e comanda a vitória em Sergipe
 
O mandante era o Sergipe, mas foi o Botafogo da Paraíba quem se sentiu em casa no Estádio Presidente Médici, em Itabaiana. Na disputa dos líderes, o Belo só precisou de onze minutos para vencer por 3 a 2, assumir a ponta do Grupo A4 e garantir a classificação para a próxima fase da Série D do Campeonato Brasileiro. Os sergipanos caíram para a segunda colocação, mas só precisam de mais um ponto para também avançar.



 

Os gols foram de Lenilson, Fausto e Paulinho Macaíba para o Botafogo. Rodrigo e David descontaram para o Sergipe. Na próxima e última rodada da fase de classificação, o Sergipe viaja até ó interior da Bahia para encarar o Vitória da Conquista, no Estádio Lomanto Júnior. Já o Botafogo, recebe o Juazeirense, no Estádio Almeidão, em João Pessoa. Os dois jogos serão no próximo domingo, às 16 horas. Se o Botafogo vencer, garante o primeiro lugar do seu Grupo e enfrenta, na segunda fase, já em sistema de mata-mata, o segundo lugar do Grupo A3.

 

Futebol_ANÁLISE


Jogo de bola, jogo de palavras…




Por Edônio Alves

 

Como se pode constatar (isso vale para o leitor mais assíduo) dando uma olhada nos textos diversos que compõem essa nossa coluna de domingo, várias das minhas inserções aqui tiveram como finalidade a discussão teórica e/ou analítica da relação entre o jogo de futebol e a literatura. Tal ligação entre os dois campos, que sempre foi o objeto de meus estudos acadêmicos no campo do Jornalismo, pode-se dizer, tem como base o pressuposto de que tanto o futebol como a literatura encerram códigos de comunicação específicos, porém relacionais entre si.

A ideia que funda esse pressuposto é a noção de jogo, uma vez que o esporte futebol tem origem e se sustenta, tanto na teoria quanto na prática, no conceito antropológico de jogo. Assim também é a literatura, uma forma de expressão estética da linguagem (tal qual o futebol como linguagem corporal que também o é) que se realiza muito fortemente na estruturação de jogos de palavras.

Uma peça literária nada mais é, portanto – seja ela um romance, um conto ou um poema -, do que a formalização, em nível linguístico, da expressão verbal da língua sob a forma de um jogo de palavras que intenta transmitir algo, seja isso uma ideia, uma sensação, um conceito ou uma mera referência direta da realidade objetiva em que vivemos.

Nesse sentido, ao estudar bastante a presença do futebol na literatura brasileira em suas mais diferentes formas, pude comprovar, ao menos analiticamente, uma alvissareira constatação: a clara impressão de que, talvez motivada pela centralidade do tema do futebol na nossa cultura, a literatura brasileira já elaborou um conjunto de operações modelizantes, através da contribuição conjunta, sucessiva e pessoal dos seus mais distintos escritores, com as quais construiu um tipo específico de peça literária: o conto brasileiro de futebol. Não se diga o conto de futebol no geral, mas, precisamente, o conto brasileiro de futebol, significando isto uma peculiar formalização estética de um tema cuja efetivação literária só é possível graças à dimensão estruturante desse jogo no âmbito específico da nossa mentalidade e formação cultural.

Um bom exemplo para a comprovação dessa minha ideia é a presença de temas de formalização literária que só seriam possíveis na realidade peculiar da nossa cultura futebolística. Cito, neste caso, à guisa de exemplificação, um dos assuntos mais pautados pelos escritores brasileiros que escreveram sobre futebol no gênero conto: a derrota do Brasil para o Uruguai na final da Copa do Mundo de 1950 em pleno estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Pelo trauma que o fato causou na memória emocional brasileira, o chamado “maracanazzo” tem mobilizado a inteligência narrativa de vários de nossos escritores tornando-se, assim, um assunto típico do conto futebolístico brasileiro de futebol.

É o que os teóricos da literatura chamam de um "verdadeiro topoi", isto é, no caso, um tema recorrente e representativo de questões gerais do nosso imaginário futebolístico decorrente de representações que suscita do âmago mais profundo de nossa alma. A questão das inevitáveis frustrações que a vida nos impõe; a questão das perdas irreparáveis que acumulamos ao longo da nossa existência individual e social; a questão da inversão radical das expectativas que depositamos nas coisas e nos homens etc. O futebol, portanto, junto com a literatura, são formas de expressão estética de coisas humanas que estão muito além das letras e muito para além da bola, se é que me entendem.
 

 

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Campeonato Brasileiro_Série D_Sexta Rodada


De volta ao G2
BOTAFOGO-PB VENCE O CSA-AL E SÓ DEPENDE DELE PARA SE CLASIFICAR
 
 
Neste domingo dia dos pais (11/08), o Botafogo-PB recebeu o CSA-AL no Almeidão, em busca de conseguir sua terceira vitória na Série D do Campeonato Brasileiro, e, com isso, voltar à zonda de classficaçao à próxima fase da série D. A vitória por 2 a 0 colocou o Belo de volta ao G2, ficando dois pontos atrás do líder Sergipe e um à frente do Vitória da Conquista, terceiro colocado.

O jogo começou morno, com poucas oportunidades para as duas equipes. Vindo sem responsabilidades por já não ter chances de classificação, o CSA partiu para cima do Belo, e aos 8 minutos quase abre o placar. Após bola enfiada, Rone, atacante que disputou o Paraibano de 2013 pelo Sousa, driblou o goleiro Remerson e chutou. Zaquel, de carrinho, salvou o Belo e tirou a bola em cima da linha.

O Botafogo-PB não se acertava em campo. Sem o lateral-direito Ferreira, quem assumiu a posição foi o volante Pio, que não conseguia render. Tanto que o treinador Marcelo Vilar mudou o esquema no meio do primeiro tempo, e colocou Pio como volante, recuando Zaquel para a zaga, atuando entre Marcel e André Lima.

Aos 24 minutos, o Belo teve uma boa chance quando o árbitro marcou tiro livre indireto de dentro da área do CSA, quando o goleiro Manoel demorou demais para repor a bola. Na cobrança, Lenílson rolou para Pio, que chutou em cima da barreira. E aos 37, a melhor oportunidade. Warley foi lançado, dominou a bola no meio da área, deixou o zagueiro Sinval no chão e chutou, mas o arqueiro da equipe alagoana fez uma defesa cinematográfica e evitou a abertura do placar.

Pela fraca atuação, os jogadores do Belo deixaram o campo após o fim do primeiro tempo vaiados pela torcida.

Segundo Tempo

Querendo vencer, o treinador Marcelo Vilar substituiu Warley no intervalo da partida, e colocou Fausto em seu lugar para o segundo tempo. Vindo no abafa, o Belo teve boa chance logo aos 3 minutos. Pio cobrou falta da entrada da área por cima da barreira, mas o goleiro Manoel, do CSA, fez a defesa, e garantiu a permanência do empate até o momento.

A nova chance do tricolor da Maravilha surgiu aos 16 minutos. Após cobrança de escanteio a bola sobrou para o zagueiro Marcel do lado esquerdo. Ele cruzou para o meio da área, e Lenílson acertou belo voleio. A bola bateu no travessão, mas o auxiliar Roberto José de Oliveira já havia assinalado impedimento.

E de tanto tentar, o gol veio. As 27 minutos Fábio Neves fez boa jogada pela direita e cruzou para o meio da área. A bola passou por Rafael Aidar, mas Fausto, de carrinho, como um verdadeiro centro-avante, empurrou a bola para o fundo das redes, e fez a festa da torcida botafoguense no Almeidão.

Após o gol, o Belo seguiu indo para cima. Aos 36 minutos, em contra-ataque, Paulinho Macaíba tocou para Lenílson, que tocou para Fábio Neves. O meia devolveu para o camisa 11, que de fora da área chutou por cima do gol defendido pelo arqueiro Manoel. Três minutos depois veio o segundo gol. Celico cobrou falta pela esquerda, a defesa alagoana afastou mal, e a bola sobrou nos pés de Fausto. O atacante teve calma para limpar o zagueiro e deslocar o goleiro para fazer o seu segundo gol no duelo, fechando o placar da partida.

Com a vitória o Botafogo-PB chega a 11 pontos, e volta a segunda colocação do Grupo A4, e fica dois pontos atrás do líder Sergipe. As duas equipes, inclusive, se enfrentam no próximo domingo (17), na cidade de Itabaiana-SE. Já o CSA-AL permanece com 3 pontos, na lanterna do grupo.

domingo, 11 de agosto de 2013

Futebol_COLUNA


O futebol e a TV pública

 

Por Edônio Alves
 

Pela órdem: Yuri Queiroga, Edilson Campos, Edônio Alves e Tiago Marques
 

A Empresa Brasil de Comunicação S/A, a EBC, como chamamos, é uma rede de comunicação pública que envolve várias plataformas e veículos tais como Televisão, Rádio e Internet. No conjunto, forma um conglomerado de mídia que tem como função básica municiar o cidadão brasileiro de informações úteis e necessárias a administração de sua vida prática e profissional.

É, portanto, uma das formas de que o Estado brasileiro dispõe para fazer trafegar, no meio social, a informação de interesse público bem como promover a integração de todos os brasileiros e brasileiras num sentido prático de pertencimento a uma Nação comum. E isso é feito de várias maneiras: através da visibilidade que dá às formas diversas da cultura do nosso País; através do acesso que possibilita ao cidadão se pronunciar sobre as questões mais caras a sua vida existencial e política e, principalmente, através de uma descentralização que permite sentir o Brasil um país muito maior do que fazem ver os meios de comunicação de massa com modelo centralizado e fazendo emissões das regiões Sudeste e Sul para o resto do nosso território.

É, por assim dizer, a comunicação pública do Estado brasileiro para com os cidadãos que o formam e que pagam impostos para se sentirem protegidos, unidos e acolhidos por Ele.

Fazendo parte desse conglomerado acima descrito está a TV Brasil.

A TV Brasil tem sede em Brasília mas está espalhada por quase todo território nacional através das emissoras afiliadas que formam a rede pública brasileira de televisão. Aqui, na Paraíba, a emissora afiliada é a TV UFPB, que tem sede no Campus da I da Universidade Federal da Paraíba e que desde o ano passado transmite seu sinal em TV aberta pelo canal 43 em VHF. Quem quiser, pode assistir à TV UFPB também pela TV fechada nos canais 166 da SKY ou 22 da NET.

Pois bem! Dentro da ideia geral de integrar o Brasil inteiro por meio da sua diversidade cultural, a TV Brasil comprou os direitos de transmissão da Série C do Campeonato Brasileiro e está transmitido os jogos para todo o País. Isso foi feito porque além da Copa do Brasil, é a série C que apresenta o maior número de clubes integrantes de todas as regiões do País, dando, através dele, uma ideia mais ampla do que é o futebol brasileiro para além do elitizado Brasileirão da Série A.

Do futebol paraibano, temos o Treze, de Campina Grande, como representante do estado na série C deste ano. A TV Brasil, portanto, incluiu na sua grade de transmissões da série C vários jogos do Treze e convidou a afiliada local, a TV UFPB, para participar dessas transmissões. Como professor de Jornalismo Esportivo do curso de Comunicação da Universidade, fui convidado a integrar a equipe da TV UFPB nesse desafio de levar o futebol e a cultura da Paraíba (sim, futebol também é cultura) ao resto do País através do sinal da TV Brasil. Não preciso dizer do orgulho e da responsabilidade de poder comandar o jornalismo esportivo da TV UFPB nessa empreitada.

Já transmitimos três partidas do Treze no primeiro turno do Campeonato (contra Sampaio Correia, CRB e Brasiliense) e ainda vamos transmitir ao menos mais três: contra o Santa Cruz, de Pernambuco, duas vezes, e contra o Fortaleza, do Ceará.

Desde já, agradecemos a audiência que estamos tendo em toda a Paraíba e em todo o território brasileiro. São inúmeros os paraibanos espalhados pelo País que interagem conosco durante as transmissões através das redes sociais. É para eles - e para todos - que dedicamos o esforço e trabalho da nossa equipe: Wilfredo Maldonado: Diretor do Núcleo de Produção em Comunicação e Artes - Júnior Pinheiro: Coordenador da TV UFPB - Daniella Huebra: Diretora de Jornalismo - Laena Antunes: Coordenadora de Produção - Yuri Queiroga e Amanda Ferreira: Estagiários de Produção - Edônio Alves: Editor de Esportes e Repórter - Patrício Rocha: Editor de imagens e Tiago Marques: Cinegrafista.

 

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Futebol_ANÁLISE


 
O gol como exclamação!

 
 Por Edônio Alves
 

Já falei aqui, neste BLOG, da grandeza e dos aspectos multifacetários do jogo de futebol. Vou apresentar aos leitores hoje, nesta mesma direção, mais uma faceta desse jogo mágico e fantástico que tanto amamos. Trata-se da sua relação com a ou as linguagens humanas. Sua dimensão comunicativa, por assim dizer.

Conforme uma sugestiva proposição do historiador Hilário Franco Júnior, o futebol pode ser entendido como uma integral metáfora de várias instâncias do viver humano. Isso porque, em sua abordagem do jogo, ele o compreende como um fenômeno cultural que em última instância se exerce como linguagem; uma linguagem que a nosso ver é irredutível (tem sua autonomia própria) e é imanente (produz efeitos no interior de si mesma), mas também dotada de um potencial de narratividade que força, por isso mesmo, uma aplicação transcendente do seu universo temático.

Explica-se: graças ao fato de nutrir-se de códigos verbais (o vocabulário utilizado por jogadores, torcedores e imprensa para falar do jogo) e também não-verbais (a sua linguagem corporal; como numa dança), o fenômeno do futebol poder ser pensado, segundo ainda Franco Júnior, “como ao mesmo tempo [uma linguagem] natural (correr, fugir, enganar, chutar e pegar fazem parte da história evolutiva da espécie); e artificial – [um conjunto de] regras para organizar a representação moderna desses atos primordiais”.

Neste sentido, ainda na sua compreensão do futebol como sendo uma específica linguagem de fundo gestual, Franco Júnior faz uma sugestiva relação entre este jogo e a linguagem verbal tipicamente humana. Diz ele, nesse sentido, que o futebol se constitui numa linguagem porque possui morfologia, semântica e sintaxe próprias, apresentando, no entanto, uma particularidade que lhe é essencial: cada falante é coletivo (o time) e seu discurso construído com material dos vários indivíduos (jogadores) que fazem parte de tal comunidade linguística e que, submetidos à gramática do jogo, desenvolvem roteiro predefinido (tática), porém adaptável às intervenções do interlocutor (o time adversário). Tudo isso – acrescenta o historiador – sob o olhar de muitíssimos outros indivíduos (torcedores), que veem naquela troca de mensagens, na interatividade daqueles discursos, um sentido que os sensibiliza.

Numa curiosíssima e pertinente teorização comparativa, Hilário Franco Júnior segue traçando as sugestivas relações entre o futebol e a linguagem verbal humana, instrumentalmente transformada numa língua. E já que a unidade básica de todas as línguas é o fonema, conforme sabemos, esta constatação linguística aplica-se perfeitamente ao futebol, segundo ele. “Já comentamos as unidades menores de forma isolada (passe, drible, chute). Lembremos agora de passagem, que a combinação daqueles gestos compõe frases futebolísticas. Uma troca de passes, mesmo na zona defensiva, apenas esperando melhor posicionamento dos jogadores de frente, constitui uma frase ou sentença, ainda que não faça de imediato o discurso avançar. Na classificação funcional das frases, seria uma interrogação”, diz, para concluir mais à frente, que o chute a gol, com a respectiva marcação do tento, nada mais é, no domínio do futebol, do que uma sentença de exclamação, aquela cuja função é exprimir os sentimentos do falante (e de toda a sua comunidade).]

“Gol é enunciação emocional”, arremata o historiador.

Talvez seja por isso que gritamos tanto ao comemorar um gol, arremato eu.
 
 

Campeonato Brasileiro - Série D_ Quinta Rodada

Tropeço alerta
BOTAFOGO-PB PERDE A INVENCIBILIDADE
 E SAI DA ZONA DE CLASSIFICAÇÃO
 
Foto: Júnior Patente
Com um gol sofrido a dez minutos do fim da partida, o Botafogo de Celico (Esq) e Doda (Dir) tem que vencer agora em casa

O Botafogo perdeu fora de casa, em jogo realizado na tarde deste domingo (04), no Estádio Lomanto Junior, em Vitória da Conquista, Bahia, diante da equipe de mesmo nome. A partida foi válida pela sétima rodada da primeira fase do Campeonato Brasileiro da Série D 2013.
O placar terminou em 1 a 0, com o único gol do confronto sendo marcado por Edmar aos 35 minutos do segundo tempo. Um jogo bem movimentado, principalmente na etapa final, com uma boa apresentação do alvinegro da estrela vermelha.
Com o resultado, o Belo passou a ocupar a terceira posição na classificação do Grupo A4, com oito pontos ganhos, dois a menos que o Vitória da Conquista, que tem dez pontos conquistados.
Agora, o Botafogo se prepara para enfrentar o CSA, no próximo domingo (11), às 16h, no Estádio José Américo de Almeida Filho, O Almeidão. O embate será válido pela oitava rodada desta primeira fase da Série D e terá transmissão da Rádio Voz da Torcida. Se vencer, o Belo retorna à zona de classificação do seu grupo.
O jogo
O primeiro tempo da partida na Bahia foi pouco movimentado. Com os dois times sonolentos, apenas duas oportunidades com algum perigo aconteceram, uma para cada lado. Do lado do Belo, Lenílson recebeu lançamento e chutou, mas a zaga desviou e a bola saiu pela linha de fundo. Na cobrança do escanteio, Pio cruzou e André Lima cabeceou. A bola explodiu no travessão.
Do lado do Vitória da Conquista, Roni recebeu cruzamento de Rafael Granja e chutou para fora. O time da casa chegou ao ataque novamente com Sílvio, que chutou forte de longe e Remerson fez uma bela defesa.
Segundo Tempo
Na segunda etapa o jogo ganhou em movimentação. O time da casa precisava ir para cima do Belo, já que o empate favorecia o clube pessoense na classificação, e deixava o time baiano com dificuldades para conseguir a classificação.
Tentando pressionar, o Vitória da Conquista foi para cima. Num chute de Rafael Granja, Remerson fez uma grande defesa. A resposta do Belo veio com Pio, que fez boa jogada e chutou, mas a bola sai a direita da meta.
O Bota-PB chegou com perigo novamente com Pio, que chutou de fora da área direto para o gol, mas o goleiro desviou a bola para a linha de fundo. Na cobrança de escanteio, Pio mandou para a área, mas a zaga afastou o perigo. Melhor na partida, os paraibanos mais uma vez tiveram oportunidade de abrir o placar. Doda fez uma linda jogada e lançou para Ferreira, que cruzou para a área, mas a defesa tirou de qualquer maneira, e quem não fez, levou.
No futebol, as velhas máximas costumam não perdoar. Aos 35 minutos, Junior Gaúcho cruzou, Roni recebeu e tocou para Edmar, que chutou de primeira, sem chance de defesa para Remerson, abrindo o placar.
Ficha Técnica
Vitória da Conquista/BA: Augusto; Zé Leandro, Sílvio, Junior Gaúcho e Diego Prates; Edmar, Éder Silva, Ramires (Daniel Santos), Rafael Granja; Humberto (Tércio) e Roni (Alexsandro). Técnico: Bira Veiga
Botafogo: Remerson, Ferreira, Marcel, André Lima e Celico; Zaquel (Fábio Neves), Pio, Doda e Lenílson (Hércules); Warley (Paulinho Macaíba) e Rafael Aidar. Técnico: Marcelo Vilar