O futebol como um fenômeno da cultura brasileira

As coisas só acontecem por acaso, necessidade ou vontade nossa! Epicuro - filósofo.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Campeonato do Nordeste 2010

Ainda na lanterna

BOTAFOGO EMPATA EM CASA E DEIXA DE SUBIR QUATRO POSIÇÕES
 NA CLASSIFICAÇÃO DA COPA DO NORDESTE
Botafogo apenas empata com o Náutico em casa: ainda na lanterna
Mais uma vez. Acontece sempre. Nas ocasiões em que o time depende apenas de uma vitória em casa para superar situações adversas, o Botafogo, de João Pessoa, decepciona a sua torcida. Desfalcado de três dos seus titulares, o lateral esquerdo Camilo (machucado); o zagueiro e capitão do time, Ricardo Mamborê (suspenso por cartão amarelo) e o atacante Maurício Pantera (também contundido), o Belo outra vez deixou escapar a grande chance de sair da lanterna do Campeonato do Nordeste. Jogando nesta quinta (29), no estádio Almeidão, em João Pessoa, o time pessoense apenas empatou com “expressinho” do Náutico por 1 a 1, no fechamento da 11ª rodada da competição.
Chapinha marcou o tento dos paraibanos, aos 19 minutos do primeiro tempo, enquanto que Eric fez o gol dos pernambucanos aos 21 minutos do segundo.
Com o resultado - e ainda com um jogo a menos que todos os adversários -, o Belo segue na lanterna com 8 pontos ganhos, um a menos que o Fluminense-BA, o penúltimo colocado. Se tivesse ganho a partida, o Botafogo superaria de uma só vez quatro dos seus concorrentes diretos: Fluminense-BA, Sergipe, Confiança-SE e Fortaleza e assumiria a 11ª posição na tabela de classificação.
Já o Náutico, que poupou todos os titulares, já que defenderá a liderança da Série B do Brasileiro neste sábado, encostou no G4 com 16 pontos, ocupando a quinta posição.
O próximo compromisso do time paraibano no torneio, será o clássico regional diante do Treze, quinta-feira que vem no estádio Amigão, em Campina Grande. O Timbu pegará o CSA, na quarta, nos Aflitos.
Ficha Técnica:
Botafogo: Genivaldo; Danilo (Cláudio Ribeiro), Alisson, Zaqueu e Nininho; Célio, Val, Jean (Manú) e Chapinha; Washington (Tinho) e Paulinho Macaíba. Técnico: Francisco Diá.
Náutico: Rodrigo Carvalho; Ananias, Saulo, Nilson e Wellington; Auremir; Helder, Dinda e Diego Costa; Thiaguinho (Filipinho) e Erivélto (Eric). Técnico: Sérgio China
Árbitro: Cleston Santino Pereira/CE
Assistentes: Arnaldo Rodrigues de Souza e Marcione Mardonio/CE
Gols: Chapinha (B), aos 19min do 1º tempo; Eric (N), aos 21min do 2º tempo
Renda- R$ 13.785,00
Público – 1.378 pagantes
EM TEMPO: A 11ª rodada da Copa do Nordeste só será concluída no dia 11 de agosto com o jogo entre o Fortaleza e o ABC de Natal, na capital cearense. Confira os demais resultados desta rodada:
América-RN 4 x 1 Sergipe - Machadão - Natal
 Confiança-SE 1 x 2 Bahia - Batistão - Aracaju
 Fluminense-BA 0 x 1 CRB - Jóia da Princesa - Feira De Santana
CSA 1 x 1 Ceará - Rei Pelé - Maceió
Santa Cruz-PE 2 x 0 Treze-PB - Arruda - Recife
Botafogo-PB 1 x 1 Náutico-PE - Almeidão - João Pessoa





quarta-feira, 28 de julho de 2010

Campeonato do Nordeste 2010

CLUBES DO  NORDESTE VOLTAM A SE ENFRENTAR
HOJE PELO CAMPEONATO REGIONAL

Depois de uma relativa parada por causa dos calendários dos clubes que também disputam as séries B, C e D do Campeonato Brasileiro, a Copa do Nordeste prossegue hoje (28), com a realização da sua 11ª rodada nos vários estádios da Região. Ela foi aberta dia 20 deste mês com a partida em que o América de Natal venceu o Sergipe pelo placar de 4 a 1, no estádio Machadão. E será concluída no dia 11 de agosto, às 20h30, com o jogo entre o Fortaleza e o ABC, de Natal, no Castelão. Até a data de hoje a classificação do Nordestão está assim (clique aqui), o que deve ser modificado com a finalização das partidas desta 11ª rodada, LEMBRANDO QUE O BOTAFOGO-PB TEM DOIS JOGOS A MENOS.

11ª RODADA – HOJE: 28/07/2010

Às 18h00: Confiança-SE x Bahia - Batistão - Aracaju

Às 20h00: Fluminense-BAx CRB - Jóia da Princesa - Feira De Santana

 Às20h00: CSA x Ceará -Rei Pelé - Maceió

Às 20h30: Santa Cruz-PE x Treze-PB - Arruda - Recife

11ª RODADA – AMANHÃ: 29/07/2010

Às 20h30:  Botafogo-PB x Náutico - Almeidão - João Pessoa

 DIA 11/08/2010
Às 20h30: Fortaleza x ABC - Castelão - Fortaleza

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Copa de 2014

Bem ao gosto da CBF
MANO MENEZES MONTA A PRIMEIRA SELEÇÃO BRASILEIRA DEPOIS DA COPA DE 2010

Coletiva em que Mano Menezes anuncia o novo time nacional
Com equipe UOL
Preteridos para a Copa do Mundo da África do Sul, a dupla Neymar e Paulo Henrique Ganso, enfim, ganhou espaço na seleção brasileira. Os dois jogadores do Santos são o destaque do renovado time nacional, que foi convocado nesta segunda-feira pela primeira vez por Mano Menezes, substituto de Dunga no comando da equipe.
O ex-corintiano, por sinal, convocou apenas um jogador do time que comandou até o último domingo. Mesmo sem ser um titular indiscutível do Corinthians, o meio-campista Jucilei foi lembrado por seu ex-comandante.
As grandes surpresas, no entanto, ficaram por conta dos goleiros Jefferson, do Botafogo, e Renan, do Avaí. Além deles, também foram lembrados pela primeira vez o zagueiro David Luiz, do Benfica, o lateral-direito Rafael, do Manchester United, e o meio-campista Éderson, do Lyon, e o atacante André, do Santos.
A primeira convocação de Mano Menezes ainda serviu para o retorno de alguns atletas ao time nacional, como os laterais Marcelo (Real Madrid) e André Santos (Fenerbahce), os volantes Lucas (Liverpool) e Sandro (Internacional), e os atacantes Diego Tardelli (Atlético-MG) e Alexandre Pato (Milan).
O novo treinador da seleção brasileira convocou 24 atletas, um a mais do que o normal, por conta das participações de São Paulo e Internacional na Copa Libertadores. A equipe que avançar à decisão terá o seu representante (Hernanes e Sandro) cortado do jogo contra os norte-americanos.
A prioridade do ex-técnico do Corinthians era renovar a seleção após o fracasso na última Copa do Mundo e, por isso, ganharam preferência os atletas que atuam no país. No total, 12 dos 23 chamados para o amistoso contra os Estados Unidos, no próximo dia 10, em Nova Jersey, disputam o Campeonato Brasileiro atualmente.
Até por isso, do grupo chamado por Dunga para a última Copa do Mundo, apenas quatro atletas foram lembrados por Mano Menezes (Robinho, Ramires, Thiago Silva e Daniel Alves). Kaká, que disputou o Mundial com problemas físicos, ficou fora da primeira lista de convocados do novo treinador da seleção.


Brasileirão - Séries C e D

Campinense joga bem mas perde na estréia da série C

Na sua estréia na competição e com um gol marcado pelo atacante Somália aos 27 minutos do segundo tempo, em partida válida pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro da Série C, o Campinense perdeu por 1 a 0 para o Alecrim, de Natal, num jogo marcado pelo campo pesado do estádio Machadão.
Com o resultado, o Alecrim, equipe comandada pelo técnico Ferdinando Teixeira, assumiu a liderança isolada do grupo B com 4 pontos, seguido pelo ABC com 3, mas com um jogo a menos. Na terceira rodada, haverá o clássico entre Alecrim e ABC, no próximo domingo, às 17h, no Frasqueirão. Na lanterna da compeição, o Campinense joga agora em casa com o Salgueiro, de Pernambuco, em jogo marcado para domingo, 01/08, às 16h00, no estádio Amigão, em Campina Grande. Com um time montado às pressas, o Campinense até que jogou bem. Mandou no jogo durante a partida, mas seus atacantes não conseguiram definir as jogadas criadas pelo seu meio de campo. O resultado final pode ser creditado àquelas situações em que no futebol a bola pune os incompetentes e beneficia os competentes.
Ficha Técnica:
Alecrim: Jair; Angelo (Magno), Fabiano, Márcio Blot e Nego; Odair, João Paulo e Marcelinho; André Cassaco, Helinho e Somália. Técnico: Ferdinando Teixeira.
Campinense: Diogo; Cafu, Henrique (Alemão), Maurício Gaúcho e Rogerinho; Marquinhos Mossoró (Stenio), Daniel, Lima e Márcio Tarrafas; Zé Maria e Gustavo (Jailton). Técnico: Suélio Lacerda.
Árbitro: Marcos Antônio da Silva
Gol: Alecrim (Somália, 27', 2º tempo)
Cartões Amarelos: Marquinhos Mossoró (Campinense); Nêgo, Marcelinho e Somália (Alecrim)
Público: 1.162 torcedores
Renda: R$ 11.740
Treze também perde pela série D


Jogando no Estádio Joia da Princesa, na cidade de Feira de Santana, a equipe do Treze não suportou a pressão e acabou conhecendo a primeira derrota no Campeonato Brasileiro da Série D.
O Galo empatava por 2x2 até os 44 minutos do segundo tempo, quando levou o terceiro gol e perdeu por 3x2. Os volantes Pio e Fernando foram expulsos e vão desfalcar o alvinegro no jogo contra o Central, no próximo domingo em Caruaru-PE. O atacante Cléo marcou duas vezes para os trezeanos, enquanto que Sandrack, Cicinho e Oliveira anotaram os tentos do time baiano.
Apesar da derrota, o Treze segue na zona de classificação para segunda fase, pois no outro jogo da rodada do Grupo A-05, River Plate-SE e Central de Caruaru empataram por 3 a 3, obtendo o primeiro tempo cada um. O Flu lidera com seis pontos e 100% de aproveitamento.
Ficha Técnica:
Fluminense: Aloísio, Thiaguinho, Oliveira, Roni Sousa e Sadrack; Gaúcho, Gladstone, Gil Bitbull e Ribinha; Júnior Mineiro e Cicinho.
Técnico: Ubirajara Veiga
Treze: Wanderson, Niel, Thiago Messias, Anderson e Cleidson; Pio, Fernando, Rone Dias e Miltinho; Cléo Paraense e Vavá. Técnico: Marcelo Vilar
Árbitro: Francisco Carlos Nascimento (AL)
Assistentes: Pedro Jorge Santos Araújo e Rondinelle dos Santos Tavares (AL) Gols - Miltinho (T), aos 20min, Sadrack (F), aos 30min do 1º tempo, Cicinho (F), aos 5min, Cléo Paraense (T), aos 22min, Oliveira (F), aos 44min do 2º tempo
Cartão amarelo – Niel, Cléo, Fernando (T), Gaúcho, Cicinho (F)
Cartão vermelho – Pio, Fernando (T)

BOTAFOGO EMPATA COM ABC EM JOGO DE PREPARAÇÃO


Sábado passado, dia 24, as equipes do ABC de Natal e Botafogo da Paraíba empataram em 1 a 1 em uma partida amistosa que, pelo lado do Belo, de João Pessoa, serviu para dar mais ritmo ao time que enfrenta o Náutico, do Recife, nesta quinta-feira, às 18h30, no estádio Almeidão, pelo Campeonato do Nordeste. Por conta disso, o Botafogo-PB jogou com os seus titulares, exceção para o lateral Camilo, que está se recuperando de uma lesão no joelho, e para o zagueiro Ricardo Mamborê, que não foi relacionado para este amistoso. O gol do Botafogo-PB foi aos 34 min. do primeiro tempo, em uma jogada individual do meia Chapinha, já o “time do povo” empatou com Edson aos 47 min. do segundo tempo e logo em seguida o árbitro Antônio Márcio da Silva Rosário encerrou a partida.

As belas do BELO


As empresas Plano PRIME Compra Planejada (http://www.planoprime.com.br/) e Sazaki Motos (http://www.sazaki.com.br/) fecharam contrato de publicidade para patrocinarem o time feminino do Botafogo-PB que vai disputar a Copa do Brasil de futebol feminino desse ano, campeonato organizado pela CBF. Com o objetivo de fazer uma boa campanha nessa temporada, a equipe de belas do BELO continua os treinamentos em tempo integral. As atividades de preparação tiveram prosseguimento neste final de semana, depois de uma intensa carga de exercicios fisicos, na segunda, quarta e sexta. Ocorreram treinamentos táticos no sabado à tarde e domingo pela manhã, ambos na Maravilha do Contorno. Depois, as atletas foram assistir a uma palesta com a nutricionista que fará um trabalho com as jogadoras até o inicio da competição. Nesta segunda-feira, haverá treinamento na praia, com corrida de 6km, a partir das 19h horas.



quarta-feira, 21 de julho de 2010

Futebol de casa II

OS CLUBES PARAIBANOS EM AÇÃO



Treze Futebol Clube
Pela série C do Campeonato Brasileiro, o Treze volta a atuar neste domingo, 25, contra o Fluminense de Feira de Santana, Bahia, em sua segunda partida na competição. Na primeira, derrotou o River Plate de Sergipe pelo placar de 1 a 0, em jogo realizado no estádio Presidente Vargas, em Campina Grande. Com isso, divide a primeira colocação do seu grupo justamente com o Fluminense baiano. A nota inquietante da estréia do Treze foi a suspensão do término da partida para o dia seguinte por causa de uma queda de energia no estádio Presidente Vargas. O jogo estava nos 28 minutos do segundo tempo quando faltou luz no estádio. Como não é a primeira vez que este fato ocorre nos domínios do Treze Futebol Clube, é de bom alvitre que se resolva logo o problema. Um clube de futebol não é apenas um time, se é que me entendem os trezeanos.

Campinense Clube

Já a Raposa Feroz, o nosso simpático Campinense Clube, estréia pela série C do Brasileirão neste domingo, 25, em Natal, contra o Alecrim local. A torcida rubro-negra promete invadir o Machadão, na capital potiguar, para apoiar o seu time. Com um elenco montado às pressas, espera-se, mesmo assim, que a Raposa não faça feio e que possa ao menos se manter na competição para o ano que vem. Vamos apoiar os meninos do técnico Suélio Lacerda.

BOTAFOGO-PB

O Botafogo de João Pessoa continua se preparando para subir na tabela de classificação do Campeonato do Nordeste deste ano. A estratégia é ir fazendo jogos amistosos para não perder o ritmo com que vinha atuando nas últimas partidas. Neste sentido, fez um amistoso sábado passado contra o CSP, no Almeidão, oportunidade que usou para treinar a nova equipe que participará da Copa Paraíba com vistas numa vaga para a Copa do Brasil do ano que vem. Isso ele fez no primeiro tempo do amistoso. No segundo, pôs em campo o time titular que disputa o Nordestão para dar ritmo à rapaziada. Neste sábado, 24, seguindo o mesmo planejamento, o Belo enfrenta o ABC, em Natal, num amistoso de preparação para o jogo da quarta-feira, 27, no Almeidão, contra o Náutico do Recife. Se vencer esta partida, o Botafogo pula para o grupo de cima da tabela e fica próximo do G4, afastando de vez o fantasma do descenso. Vamos torcer e muito!

domingo, 18 de julho de 2010

Futebol de casa

Depois da África do Sul, voltemos ao nosso futebol

BRASILEIRÃO 2010

Encerrada a Copa do Mundo da África do Sul, voltemos à realidade local do futebol. O Campeonato Brasileiro está na sua 9ª rodada e apresenta o Corinthians liderando a ponta de cima da Tabela com 18 pontos, seguidos de perto pelo Ceará, também com 18 pontos, e pelo Fluminense com 16. Na parte de baixo, a zona da degola, estão Grêmio Prudente e Vasco, com 9 pontos cada, seguidos dos dois Atléticos, o paranaense, com 7 pontos, e o goianiense, com 4. Os jogos dessa 9ª rodada vão modificar essa ordem das coisas, claro. Confira aqui os jogos de hoje.


SÉRIES C e D do BRASILEIRÃO
Mas o que nos interessa mais diretamente em relação ao futebol são as series C e D do Brasileirão, em que estão os nossos clubes, Campinense e Treze, respectivemente. O Treze estréia hoje em casa pelo Grupo 5 da série D contra o River Plate, de Sergipe, às 16h00. Já o Campinense entra em campo pela série C no dia 25, em Natal, no Machadão, às 17h00, contra o Alecrim local.

CAMPEONATO DO NORDESTE 2010
Após a Copa do Mundo, o Campeonato do Nordeste deste ano deve ganhar mais visibilidade, uma vez que estava disputando as atenções do torcedor durante a maior festa do futebol mundial com as cenas da África do Sul, nas suas rodadas iniciais. Nesta competição, destaque para o Treze, de Campina Grande, que lidera o campeonato com 19 pontos. João Pessoa inteira também está de olho no Nordestão, já que o Botafogo-PB, que é o time da capital na competição, está em fase de ascensão e busca, a partir da quarta-feira, 28, subir na Tabela de Classificação em jogo contra o Náutico do Recife. Se vencer, sobe umas quatro posições na tabela, e como tem ainda quarto jogos em casa (o time está com dois jogos atrasados), pode ainda chegar ao G4 do Nordestão. A torcida confia nisso, principalmente depois das duas últimas vitórias por goleada contra o Sergipe, em casa, e contra o poderoso Ceará, fora de casa. Vamos a guardar. Enquanto isso, veja aqui a classificação do Nordestão 2010.
Por fim, sugiro a leitura desta interessante matéria sobre a Série D do Brasileirão deste ano.

Série D começa neste sábado com divisão similar  à da Copa do Mundo
O fundo do poço do Campeonato Brasileiro é hoje o que mais se aproxima do que será a Copa do Mundo-2014. A Série D, que começa neste sábado com dois jogos, é a única das divisões do Nacional organizado pela CBF que realizará duelos em todos os 12 Estados do país listados hoje para receber partidas do Mundial.
Com 22 de seus 40 times nos Estados da Copa, a quarta divisão do país se assemelha ao torneio da Fifa pela divisão geográfica feita no certame e pelo sonho de clubes herdarem arenas de 2014. A Fifa fatiou a Copa no Brasil em quatro áreas por proximidade de sedes, e a CBF dividiu a Série D em dez grupos, também visando aproximar os locais de jogos.
Mas, enquanto a Fifa adotou a medida por temer caos nos aeroportos e para evitar longos deslocamentos das seleções, a CBF o fez para não ver minguar seu mais pobre certame, já que poucos clubes podem viajar de avião. No mapa da Copa, o maior deslocamento na primeira fase será na área 4 e envolve cerca de 2.300 km, de Manaus a Brasília, que significa menos de três horas de voo.
Já na Série D, onde a CBF não paga nem a taxa de arbitragem, a maior viagem será de Mâncio Lima (AC) a Cuiabá, em 2.570 km. "Vamos de avião até Rio Branco e de lá não sei se iremos de carro, ônibus ou barco’’, diz a assessora de imprensa do Mixto-MT, Caroline Pilz Pinnow.
Segundo ela, o clube já mira frutos da Copa. "Nosso projeto é estar na Série B em 2014 e aí usarmos o Verdão [que será erguido em Cuiabá]. Por que não adiantará nada ter estádio novinho para só os de fora jogarem.’’
Já o Botafogo-DF só espera o fim das eleições para saber que rumo tomar para usar o futuro Estádio Nacional de Brasília, de R$ 696 milhões. Em meio a sonhos, há o desafio da quarta divisão. "Jogar a Série D é ato de teimosia, necessário, pois é a porta dos fundos para jogar o Brasileiro’’, diz Mauro Guerra, diretor do Oeste, que viajaria 14 horas do interior de SP até Joinville.
Como na Copa, um time pode deixar a Série D após encarar três rivais (só que em ida e volta) na primeira fase - serão seis fases ao todo. Com olhos na Copa, a CBF já exige na Série D de 2011 estádios para 5.000 torcedores e aptos a jogos à noite. A Folha de S. Paulo procurou a CBF, mas esta se negou a falar com o jornal.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Copa da África do Sul - O melhores do Mundo em 2010

FIFA DIVULGA A SELEÇÃO DA COPA DA ÁFRICA DO SUL
Fechamos, hoje (16/07), o nosso Diário da Copa de 2010, com a divulgação da seleção dos melhores jogadores do mundial.  Foram 736 jogadores que disputaram a 19ª Copa do Mundo, mas o Time dos Sonhos que saiu da competição teve 11 atletas de várias nacionalidades — todos escolhidos pelos membros do Clube FIFA.com. São eles:


Iker Casillas: O erro do goleiro na partida de estreia contra a Suíça — que acabou com a derrota da Espanha — deu mais argumentos aos seus críticos. Porém, seis atuações impecáveis na sequência mudaram por completo essa impressão inicial. Casillas defendeu um pênalti e fez mais duas grandes defesas na vitória das quartas de final sobre o Paraguai. O seu reflexo rápido também foi fundamental para que os espanhóis superassem a Holanda na final, garantindo o quarto triunfo consecutivo por 1 a 0. Por isso, ele levou a Luva de Ouro adidas com 41% dos votos — 29 pontos a mais que o segundo colocado.
Philipp Lahm: O jogo impecável do lateral-direito e a sua influência como capitão substituto foram fundamentais para a inesperada campanha da Alemanha rumo ao terceiro lugar. O atleta de 26 anos pode até não intimidar os adversários com o seu 1,70m de altura, mas exibe grande habilidade para roubar a bola com categoria, sem precisar recorrer à força. Além disso, Lahm dá passes sempre com inteligência e, por tudo isso, recebeu 43,81% dos votos, tornando-o o único integrante do último Time dos Sonhos da Copa do Mundo da FIFA a ser reeleito neste ano.
Carles Puyol: O zagueiro de 32 anos talvez não estivesse na sua melhor fase durante a primeira etapa do Mundial, mas logo conseguiu recuperar a grande forma que exibiu nas campanhas vitoriosas do Barcelona e da Espanha nos últimos anos. Puyol marcou o gol da vitória na semifinal contra a Alemanha, superando a zaga e acertando uma cabeçada indefensável para o goleiro Manuel Neuer. Ao mesmo tempo, o seu incansável trabalho na defesa foi fundamental para que ninguém vazasse o gol espanhol em cinco dos sete jogos na campanha do título.
Maicon: Em dificuldades na sua estreia no Mundial, o Brasil precisava de algo especial para dobrar a Coreia do Norte. Foi exatamente o que o camisa dois da Seleção fez: marcou um gol com um chute de um ângulo impossível e ajudou os brasileiros a começarem a sua campanha com o pé direito. As rápidas subidas do lateral pela direita deram muita dor de cabeça aos adversários. Mas o bom trabalho de Maicon na marcação também lhe garantiu 31,45% dos votos.
Sergio Ramos: Defensor inflexível, mas também muito criativo no ataque, o número 15 da Espanha foi o vencedor do Índice Castrol. Ele conseguiu segurar craques como Cristiano Ronaldo e Lukas Podolski e criou um importante corredor pela direita na saída de bola da seleção de Vicente del Bosque. Por isso, recebeu 30,21% dos votos dos usuários.
Wesley Sneijder: Os 60,60% dos votos e a segunda posição no quadro geral desta eleição são um indicativo do que o meia-atacante holandês apresentou na África do Sul. O jogador de 26 anos buscou a bola constantemente e, quando a recebia, tentava sempre abrir espaços. Além disso, foi o artilheiro da sua seleção com cinco gols, incluindo ambos da vitória por 2 a 1 sobre o Brasil nas quartas. O atleta da Inter de Milão também deu um passe excepcional para deixar Arjen Robben na cara do gol na decisão. O seu companheiro de seleção pode até ter perdido a chance, mas Sneijder não deixou passar a oportunidade de brilhar na Copa do Mundo da FIFA.
Bastian Schweinsteiger: O atleta de 25 anos alcançou a sua maturidade futebolística na África do Sul. Ele correu 79,8 km em campo — distância só superada pelo espanhol Xavi —, fez cortes decisivos e confirmou a sua grande qualidade no passe. Além disso, oferecia orientação e ânimo à equipe desde a sua posição no setor defensivo, fazendo as vezes de capitão informal do conjunto alemão. Teve atuações excelentes nas vitórias sobre a Austrália, a Inglaterra e a Argentina e, assim, ficou com 39,96% dos votos.
Andrés Iniesta: O homem certo aparece na hora certa. Quando a decisão da Copa do Mundo da FIFA chegava ao final da prorrogação sem que o placar tivesse sido aberto, o craque espanhol dominou a bola com perfeição dentro da área e tocou para o fundo da rede, na saída do goleiro holandês Maarten Stekelenburg. Iniesta também se sobressaiu no caminho da Espanha rumo à final, mostrando a sua grande habilidade e dando passes inteligentes.
Xavi: Cérebro da Espanha, ele correu mais e deu mais passes (alguns deles, extraordinários) que qualquer outro jogador na África do Sul. Por isso, a peça-chave da seleção espanhola recebeu 36,96% dos votos.
David Villa: O atacante do Barcelona esteve sob pressão durante todo o torneio, mas mesmo assim brilhou. Foi um dos artilheiros da competição, com cinco gols — entre eles os decisivos contra Portugal, nas oitavas, e Paraguai, nas quartas. O fato de ter conseguido a mais alta porcentagem de votos (61,33%) já diz tudo sobre a sua atuação na África do Sul.
Diego Forlán: Ficar entre os quatro melhores colocados era uma tarefa hercúlea para o Uruguai. Mas, aos 31 anos, Forlán assumiu esse necessário papel de herói da sua seleção. Marcou cinco gols e a sua dedicação ao grupo (de quem foi fonte constante de motivação) lhe valeu a Bola de Ouro adidas e uma vaga garantida neste Time dos Sonhos.

Técnico
Vicente del Bosque: Algumas das suas decisões foram questionadas. Mas todas acabaram sendo justificadas pela conquista do troféu mais cobiçado do futebol mundial.



segunda-feira, 12 de julho de 2010

Copa da África do Sul - 31º dia

Grande final
ESPANHA VENCE A HOLANDA POR 1 a 0
e torna-se campeã mundial de futebol

O goleiro e capitão espanhol, Iker Casillas, ergue a taça do mundo no Soccer City
Com equipe UOL
A partida final da Copa do Mundo da África do Sul, realizada neste domingo, 11/07, deixou um recado para o mundo do futebol: agora ninguém mais vai poder chamar a Espanha de "amarelona". A Fúria venceu a Holanda por 1 a 0 no estádio Soccer City, em Johannesburgo, e se sagrou campeã mundial. O gol marcado por Iniesta na prorrogação serviu para encerrar de vez a série de fracassos espanhóis nas Copas. Embora não tenha sido brilhante em nenhum momento do torneio, o time de Vicente del Bosque aproveitou a força da defesa, o excelente toque de bola e o oportunismo do atacante Villa para conquistar o mundo pela primeira vez. O título premia um país apaixonado por futebol, que conta com um dos melhores campeonatos do mundo, e coroa uma geração que venceu trocando a tradicional garra pela técnica apurada. Assim, entrou para o seleto grupo dos oito países campeões mundiais consagrando um estilo de jogar futebol que há muito tinha desaparecido do planeta da bola. Mostrou que é possível jogar bem, bonito e com objetividade.

O JOGO EM SI

Depois de 64 jogos, 145 gols e um mês de bola rolando na África do Sul, a Espanha deixou todos para trás e fez história. Para conseguir isso, porém, os espanhóis sofreram com a violência e com a retranca da Holanda. Precisaram da prorrogação para vencer por 1 a 0 em um Soccer City abarrotado e diante dos olhos de Nelson Mandela, lenda viva da África do Sul.
O gol heroico foi de Iniesta, aos 11min do segundo tempo da prorrogação. O camisa 6 da Espanha levou todos à loucura quando recebeu o passe de Fábregas. Ele já tinha perdido uma chance e mostrado relutância em chutar. Mas no lance decisivo, não pensou duas vezes. Livre, dominou na área e fuzilou para o gol.
Como fez em todos seus jogos no mata-mata, a Espanha venceu “só” por 1 a 0. Mas esse gol não será esquecido tão cedo pelos espanhóis. Nem pelos holandeses. No final, os dois times caíram em lágrimas, mas só um pôde festejar.
O principal evento esportivo do planeta começou em marcha lenta, mas terminou acelerado. A Espanha acompanhou o ritmo. Perdeu para a Suíça na estreia e depois se achou. Passou por Honduras, Chile, Portugal, Paraguai, Alemanha e Holanda até chegar ao topo do futebol mundial. E no jogo mais importante de sua história fez o que um campeão precisa fazer: se impôs e impôs seu futebol.
Mas para isso a Espanha apanhou. E não foi pouco. Os holandeses miraram mais os adversários que a bola nas divididas. Xabi Alonso tomou um chute no peito de De Jong. Sneijder acertou o joelho de Pedro. Van Persie e Van Bommel também exageraram. Com os dois times marcando a saída de bola, ficou claro no primeiro tempo o estilo de cada um.
A Holanda recorreu aos chutões para frente. A Espanha tentou sair jogando, mas encontrou dificuldades diante da retranca laranja. A Holanda chegou a ter os 11 jogadores atrás da intermediária defensiva. A Espanha chegou a ter 63% de posse de bola e sempre esteve à frente nesse quesito.
Durante os 90 minutos do tempo normal e nos 30 da prorrogação, a Holanda teve medo de atacar. A seleção que já foi representada pelas gerações de Cruyff e Van Basten viu, neste domingo, uma maioria de brucutus. Os holandeses tomaram sete amarelos, um vermelho (após dois amarelos de Heitinga) e contribuíram para a final de Copa com maior número de cartões.
Já a fama da Espanha de amarelar em momentos decisivos ficou no passado. O presente da Fúria é vitorioso. Em 2008, a equipe faturou a Eurocopa. Depois se classificou com 100% de aproveitamento nas eliminatórias. Mas faltava algo. Faltava a Copa do Mundo. Não falta mais. O amarelo da gozação deu lugar ao vermelho da “La Roja”.
A Espanha conquistou seu título mais importante sem ter um craque. A equipe de Vicente Del Bosque não possui um fora de série, alguém que faça a diferença. O diferencial espanhol é o todo, o coletivo. As trocas de passes são velozes e parecem automáticas. O resultado é um futebol que envolve o adversário. Lances espetaculares são raros nesse time, mas o controle da partida é frequente.
A Espanha se tornou o oitavo país campeão do mundo e o sexto a passar pela prorrogação na final. E conseguiu o feito mais almejado por todas as seleções do planeta em uma Copa do Mundo histórica, a primeira em continente africano. Todos tiveram que se render ao talento da Espanha. Até o polvo Paul se rendeu. A Holanda não mereceu o título pela postura que teve na final. Conformou-se em ver a festa espanhola. 2010 é o ano da Roja, não da Laranja.

Clique aqui e confira a premiação dos mlhores da Copa da África do Sul feita pela FIFA

domingo, 11 de julho de 2010

Copa da África do Sul - 30º dia

ALEMANHA VENCE O URUGUAI E FICA COM O 3º LUGAR NA COPA

Neste sábado, 10/07, a Alemanha deixou de lado toda a frustração pela derrota na semifinal e derrotou o Uruguai por 3 a 2, de virada, em um duelo aberto e vistoso em Port Elizabeth. Com isso, repetiu a campanha de 2006 e ficou com a terceira colocação do Mundial na África do Sul.
Ninguém havia feito mais gols do que a Alemanha na África do Sul até a partida de ontem. Foram 13 gols antes da disputa de terceiro lugar. E foi graças ao poder ofensivo que a equipe comandada por Joachim Low se despediu da Copa com vitória. O time alemão marcou o primeiro, levou a virada, mas foi ao ataque e contou com a ajuda do goleiro Muslera para repetir a posição conquistada em casa há quatro anos. O atacante Klose, com 14 gols, não jogou, logo, não marcou, e Ronaldo segue como o principal artilheiro da história dos Mundiais com 15. Pelo bom futebol, a Alemanha queria mais que o 3º lugar. O Uruguai, de azarão a grata surpresa, também. Lutou e garantiu a melhor campanha de um time sul-americano desde a conquista do Brasil em 2002. Já a Alemanha voltou a exibir flashes do futebol ofensivo que caracterizou a equipe, dona do melhor ataque do torneio com 16 gols. No fim, o time germânico levou a melhor com gols de Müller, Jansen e Khedira. Cavani e Forlán marcaram para o Uruguai.





quinta-feira, 8 de julho de 2010

Copa da África do Sul - 27º dia

ESPANHA VENCE A ALEMANHA POR 1 a 0
e faz final inédita da Copa do Mundo

Zagueiro Puyol testa para o gol e decreta a derrota alemã
O dia de ontem, 07/07, vigésimo sétimo de competições da Copa da África do Sul, foi ocasião para uma partida de futebol, realizada pela fase semi-final entre Alemanha e Espanha, marcar, a partir mesmo do resultado do jogo, 1 a 0 para a Espanha, uma sequência de fatos inéditos na história dos mundiais de futebol. A começar pela performance dos dois times em campo. Foi inédito, por exemplo, o fato de a Alemanha abdicar de impor seu ritmo de jogo ao time espanhol, algo que vinha sendo justamente a marca de sua bela campanha nesta Copa até o dia de ontem. Ao invés disso, a Alemanha respeitou demais a Espanha cedendo espaço no campo para que a Fúria desenvolvesse o seu conhecido estilo de jogo, baseado no domínio espacial sistemático, algo que sempre consegue devido a grande habilidade técnica dos seus jogadores. Tal domínio é imposto ao adversário através de um toque de bola permanente e criativo, que quase sempre culmina com o arremate para o gol por um dos seus atacantes. Jogando em seu próprio campo, e impondo uma marcação forte, a Alemanha parecia que detinha o controle racional da partida, o que lhe permitiria defini-la a seu favor sem muito esforço e quando aparecesse a oportunidade em forma de contra-ataques. Tudo aparências, nada mais. O toque de bola espanhol era vigoroso e produtivo, e aos poucos foi comunicando à Alemanha que era a Fúria que controlava a partida tanto técnica quanto racionalmente. E aqui entra a qualidade do seu técnico, Vicente del Bosque, que soube anular as peças de investida da Alemanha: Lahn, pelo lado esquerdo – sobre quem jogou o jovem Pedro na marcação -, e Podolski, idem, vítima da marcação implacável de Sérgio Ramos. Restavam Özil e Schweinsteiger para criar as jogadas de ataque, mas a Alemanha abdicou de atacar pelos motivos já apresentados. Com o conhecido revesamento de ocupação dos espaços – desta vez dentro do campo alemão – feito por parte dos jogadores espanhóis, que para isso giram e investem por meio de uma dinâmica troca de funções durante o jogo, a Espanha reinou em campo e soube esperar o momento certo para definir a partida. A ocasião veio de uma bola parada, na cobrança de um escanteio vinda da esquerda. O vigoroso zagueiro Puyol subiu mais do que a alta zaga germânica e testou inapelavelmente para o gol: Espanha 1 a 0, e a Fúria disputa agora a sua primeira final de Copa do Mundo contra a Holanda, inaugurando uma série de novidades na história dos mundiais, a seguir elencadas:

1º duelo entre os dois países em Copas

Holanda e Espanha se enfrentaram nove vezes, mas nunca em um Mundial. O confronto mais antigo foi a final dos Jogos Olímpicos de 1920. Os espanhóis levaram a medalha de ouro. No total, são quatro vitórias para cada lado e um empate.

Primeira final da Espanha

Antes de alcançar a final de 2010, a melhor posição dos espanhóis em uma Copa havia sido em 1950, com um quarto lugar. Depois disso, a Espanha ainda conseguiu uma quinta posição em 2002.

Primeira final europeia fora do continente

Nas oito Copas disputadas anteriormente fora da Europa, somente Tchecoslováquia (1962), Itália (1970 e 1994), Holanda (1978) e Alemanha (1986 e 2002) chegaram a uma final. Seus adversários foram sul-americanos.

Um europeu ganhará fora do continente

Nas seis finais disputadas por europeus em outro continente, os sul-americanos ganharam todas. Brasil bateu Tchecoslováquia (no Chile), Itália (no México e nos EUA) e Alemanha (Coreia/Japão). Argentina superou Holanda (em casa) e Alemanha (no México).

Primeiro título de Holanda ou de Espanha

A Espanha faz sua 1ª decisão e a Holanda já perdeu duas. Na primeira, comandada por Cruyff, o Carrossel Holandês foi batido pela Alemanha, em 1974. Quatro anos depois, caíram diante da Argentina, em Buenos Aires.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Copa da África do Sul - 26º dia

Resultado digno
Holanda bate o bravo Uruguai pelo placar de 3 a 2
 e está na sua terceira final de Mundiais


Voltemos ao nosso Diário da Copa nesse 24º dia de competição com o resultado da primeira partida das semi-finais, disputada entre Holanda e Uruguai. E voltemos para dizer que o placar de 3 a 2 dos holandeses para cima dos uruguaios não diz nada e ao mesmo tempo diz tudo. Não diz nada em matéria de novidade, uma vez que era seguramente esperado que a Holanda vencesse o jogo porque tem um time melhor e mais encorpado do que a esquadra celeste, com o agravante de que esta jogou hoje sem quatro dos seus principais jogadores: os zagueiros Lugano e Fucile; o meia Lodero e o seu principal atacante, Luis Suarez, um dos artilheiros e boa surpresa desta Copa. Mas também diz tudo esse placar de 3 a 2 da derrota uruguaia. Diz enfaticamente, por exemplo, que o Uruguai caiu, mas caiu em pé, se me permitem a licenciosidade do oxímoro. Algo que foi ressaltado logo após a partida até pelo seu técnico Oscar Tabarez, na entrevista coletiva que deu aos jornalistas na África do Sul. Disse ele que o Uruguai protagonizou uma das derrotas mais dignas da história das Copa e eu assino embaixo. O jogo iniciou com a atitude clássica da Holanda em gastar os primeiros 15 minutos da partida em estudar o adversário. Deve a Holanda ter percebido de cara que a Celeste não estava ali para jogar com medo; que os uruguaios entraram em campo para enfrentar de igual para igual um oponente que merecia respeito mas nunca temor. Assim que a bola rolou, por exemplo, o Uruguai mostrou que tinha ambições na partida. Ainda que jogando com três volantes – Perez, Gargano e Arevalo –, a Celeste marcava a saída de bola com cinco jogadores no campo da Holanda. Para uma seleção que evita o chutão para frente a qualquer custo, como a holandesa, tal recado foi logo entendido. Assim, o jogo transcorreu com relativa igualdade nas ações até o 17º minuto do primeiro tempo, ocasião em que o capitão holadês, Van Bronckhorst, acertou um daqueles chutes que de tão belos e certeiros, tem o condão de no futebol desequilibrar tudo. A vantagem de 1 a 0 no placar para os holandeses, contudo, não tirou os nervos dos uruguaios. Prontamente o excelente meia, Diego Forlán, deu o troco. Acertou também um daqueles chutes que de tão belos e certeiros no futebol, tem o condão de equlibrar tudo. O empate de 1 a 1 no placar fez as coisas voltarem a estaca zero. E como as coisas na estaca zero já eram favoráveis aos holandeses, porque eles têm um melhor time e contam com jogadores mais técnicos e aptos a decidirem a partida a qualquer momento, foi justamente o que aconteceu. Aos 24 minutos do segundo tempo, um desses, o meia Sneijder, marcou o segundo gol do time laranja, algo repetido três minutos depois pelo atacante Kuyt, que decretou 3 a 1 no placar liquidando a futura. Liquidando a fatura não porque os bravos uruguaios não desistiram de lutar até o fim e foram premiados com o gol que selou a dignidade da renhida batalha que travaram, perderam, mas não cairam. Os numeros finais foram dados ao jogo pelo defensor, Maxi Pereira, num outro belo chute de fora da area: 3 a 2, e não se fala mais nisso. A não ser para dizer que o Uruguai pode até vir a ser o terceiro melhor time dessa Copa, com uma campanha digna da sua estatura no futebol mundial. Quem diria!
Quanto a Holanda, diga-se que seus bons jogadores repetem o roteiro da Copa de 1974, quando chegaram à final depois de passar pelo Uruguai na primeira fase e pelo Brasil na fase semi-final, com a ordem dos fatores não alterando o produto.

sábado, 3 de julho de 2010

Copa da África do Sul - 24º dia

Adiós hermanos
Alemanha dá show e com quatro gols
tira a Argentina da Copa

                                               

Apresentando um futebol consciencioso, muito técnico e aplicado taticamente, a Alemanha despachou a Argentina da Copa da África do Sul com um placar que calou o adversário: 4 a 0. O resultado enfático do futebol alemão sobre o argentino deixa um recado tácito para quem gosta do bom futebol. Nas entrelinhas, ele permitiu que se possa fazer a diferença fundamental entre o que seja um elenco de jogadores e o que seja verdadeiramente um time de futebol; uma equipe postada em campo sob o comando de um técnico. A Argentina era esse elenco; já a Alemanha era esse time em campo. Desde a sua estréia nesse Mundial, a Alemanha vem demonstrando que joga com consciência tática apoiada na versatilidade técnica dos seus jogadores. E mais: que por trás disso há um comandante técnico que pensa, que planeja o jogo do seu time e que expõe claramente uma idéia em campo, algo que nem o Brasil nem a Argentina fizeram nesse Mundial, seguramente por causa da inexperiência dos seus técnicos. Tanto Dunga quanto Maradona nunca exerceram a função de técnico antes de chegarem ao comando das suas respectivas seleções nacionais e isso para mim pesa muito, contrariando o que parece ser, no caso brasileiro, o pensamento da CBF. A meu ver, repito, é isso que está fazendo a diferença nesta Copa do Mundo de futebol globalizado. A Argentina entrou em campo mais uma vez de forma voluntarista, confiando na força, velocidade e habilidade dos seus atacantes, já que não contava muito com a eficiência de sua defesa, o ponto fraco do time. Como seus melhores jogadores (os do meio de campo para a frente) não funcionaram hoje, categoricamente anulados pelo esquema tático alemão, o revés foi inevitável. Tal revés, portanto, foi o resultado prático de uma idéia; uma filosofia de jogo, um plano sagazmente definido pelo técnico Joachim Low e primorosamente executado em campo pelos jogadores alemães contra os da Argentina. Consistia basicamente na anulação - dentro ainda do próprio campo portenho - das jogadas de criação que a Argentina poderia fazer com o concurso dos seus melhores jogadores. Para isso seriam utilizados os jogadores alemães mais eficientes na marcação e no cumprimento das ações táticas, a exemplo de Mertesacker, Jerome Boateng e Khedira, que se encarregariam de tomar a bola de saída dos argentinos e entregarem-na ao armador Schweinsteiger. Este, uma mistura de jogador técnico (o melhor da partida, a meu ver) e de detentor de rara visão de jogo, tinha a função de ditar o ritmo da partida a favor da sua equipe e ao mesmo tempo criar os espaços necessários para o passe com que os atacantes teutônicos envolveriam a fraca defesa dos argentinos, que, diante da rara habilidade de um Osir, das insinuantes investidas de Podolski ou Lahn, e, principalmente, diante do letal poder de definição do atacante avançado Klose, finalmente captulariam como assim o fizeram. Tal plano foi executado à risca e em forma de um grande espetáculo de futebol. Indefesa, porque não planejou nada para enfrentar idéias em campo, a Argentina caiu e caiu feio, humilhada, vergonhosamente batida. Os gols de Müller, aos 3 minutos e de Klose aos 22 do primeiro tempo; de Friedrich aos 28 e novamente Klose ao 44 do segundo tempo que o digam. E que fique claro para a Argentina e para todos que interessar possam (incluindo aqui o Brasil) que o futebol é um jogo jogado com a cabeça e não com os pés. Por incrível que pareça.

ESPANHA SOFRE MAS VENCE O PARAGUAI INDO À SEMI-FINAL

David Villa conseguiu furar a aplicada defesa paraguaia e comemora
No segundo jogo do dia de hoje, na Copa da África do Sul, a Espanha venceu o Paraguai por 1 a 0 e se classificou para as semi-finais da Copa do Mundo. Não foi facil, mas agora a Fúria, que tenta chegar à decisão do Mundial pela primeira vez em sua história, vai enfrentar a Alemanha. Os dois países decidiram a Eurocopa de 2008, com vitória espanhola. Para chegar às semis, apesar de desperdiçar um pênalti com Xabi Alonso, a Espanha contou com uma grande atuação do goleiro Casillas, que também defendeu um pênalti e pegou uma bola incrível do paraguaio Roque Santa Cruz no final do confronto. Os espanhóis ainda puderam contar com a estrela do atacante David Villa, que marcou o seu quinto gol neste Mundial e se isolou na artilharia da competição.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Copa da África do Sul - 23º dia

Fora da Copa:
BRASIL PERDE OS NERVOS
E É DERROTADO PELA HOLANDA DANDO ADEUS AO MUNDIAL

Robinho é consolado pelos holandeses após se despedir da Copa

Depois de dois dias sem jogos na Copa da África do Sul, voltemos, por fim, infelizmente, à data em que o Brasil foi eliminado da competição ao perder para a Holanda por 2 a 1.  Comecemos do começo as explicações desse fracasso. Quando Dunga convocou esta Seleção, este blog caracterizou assim o time que ia à 19º Copa do Mundo na África do Sul (ver matéria): “a equipe brasileira fica a cara do seu treinador: chata, sem criatividade - embora teimosa - e conservadora, embora coerente e determinada, nos seus princípios organizadores”. Pois, bem! Faltou acrescentar aí um traço fundamental incorporado ao time por osmose a partir do seu treinador: o descontrole emocional. Na minha opinião, dois fatores decretaram, hoje, nossa derrota contra a Holanda: o péssimo desempenho da defesa – setor da equipe que nunca me enganou porque é lenta e fora dos padrões de idade para o futebol moderno -, e a nossa conhecida falta de estabilidade emocional. Isso ficou patente com a circunstância de que, depois de um primeiro tempo em que o time jogou um futebol primoroso, perfeito tática e técnicamente, fez uma segunda etapa horrorosa, em que ninguém jogou nada, justamente quando precisávamos de força – e técnica, claro - para poder reagir e virar o jogo. Ao invés disso, o que se viu foi um filme cujo enredo toda a imprensa brasileira já havia esmiuçado em todo o seu script. Estava evidente que em momentos assim, faltariam jogadores técnicos no banco para superarem, com o talento, aquilo que no planejamento tático foi superado pelo adversário. Não preciso dizer que todo mundo lembrou, a partir da metade do segundo tempo, dos nomes de Paulo Henrique Ganso e de Neymar, por exemplo. Menos, Dunga, claro. Não tenho dúvidas também que todo torcedor se lembrou que a vocação no nosso futebol não é a de priorizar as ações de defesa em detrimento do ataque. Que, nesse sentido, o contra-ataque não deve ser uma estratégia única, mas, apenas, uma própria decorrência do jogo, que o Brasil deve determinar ao oponente pela sua histórica qualidade técnica. Isso ele fez no primeiro tempo, mas, diante da adversidade de ter tomado dois gols, experimentando do seu próprio veneno – a bola parada alçada na área – não teve condições nem qualidade para reagir. E não é que a Holanda seja melhor do que nosso time; ela é apenas mais segura e consciente, mais equilibrada tática e emocionalmente, e foi isso que fez a diferença. Ela soube reagir e definir o jogo na adversidade, algo que o Brasil não conseguiu fazer. E por que? Porque é um time melhor comandado do que o nosso. Tanto pelo seu treinador quanto pelos seus próprios jogadores que se comandam a si mesmos nas horas difíceis. O Brasil, portanto, perdeu para o seu próprio treinador, um homem descontrolado e sem preparo emocional para dirigir o futebol brasileiro.
E sabe de uma coisa? A partir de agora vou torcer pela Holanda, para que seja finalmente feita uma justiça histórica com essa seleção européia. Pela sua trajetória no futebol mundial, a Laranja Mecânica já merece o título de campeã, uma vez que as demais que estão verdadeiramente no páreo (Argentina, Uruguai e Alemanha, exceção também para a Espanha), todas já detém títulos mundiais. Sou Holanda desde criancinha!!!

Gana deixa escapar vitória e Uruguai está nas semi-finais

No segundo jogo de hoje pelas quartas de finais da Copa, teve de tudo. Nunca uma partida foi tão dramática. No último segundo, Luis Suarez colocou a mão na bola, dentro da área. Foi expulso. Em qualquer outra situação, seria o vilão. Mas ele se tornou o herói da classificação do Uruguai para sua primeira semifinal de Copa do Mundo em 40 anos. O lance aconteceu no último segundo da prorrogação. O gol de Gana era certo. O pênalti, a última alternativa. Quando Asamoah Gyan bateu, os uruguaios já choravam. Mas ele acertou a trave. O jogo foi para os pênaltis e a camisa da Celeste Olímpica pesou. Muslera pegou os pênaltis de Mensah e Adiyiah. Maxi Pereira ainda perdeu. E coube a Loco Abreu marcar o gol da vitória. O Uruguai está nas semi-finas da Copa.