O futebol como um fenômeno da cultura brasileira

As coisas só acontecem por acaso, necessidade ou vontade nossa! Epicuro - filósofo.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Campeonato Paraibano 2013_FINAL


Chegando na frente
BOTAFOGO VENCE O TREZE POR 3 a 0
E É CAMPEÃO NA CASA DO RIVAL
 
Fotos: Pedro Alves
Jogadores do Belo recebem as medalhas de campeão paraibano após um jejum de nove anos sem títulos
 
A espera foi longa. A superação foi sofrida. No entanto, a volta por cima foi fantástica e contornada por um desenho épico. O Botafogo-PB tornou-se campeão paraibano de 2013 após vencer o Treze nos seus próprios domínios. E fez mais: calou cerca de quinze mil pessoas com um placar de 3 a 0, superando uma vantagem do adversário que jogou podendo até perder por uma diferença de um gol. A façanha aconteceu nesta quinta-feira (30), no estádio Amigão, em Campina Grande, numa tarde-noite mágica.
Festa: pose tradicional da alegria dos vencedores numa competição difícil e equilibrada entre os grandes do Estado
Na casa do adversário, após perder a primeira final por 1 a 0 e precisando vencer o Treze por dois gols de diferença para ser campeão, poucos acreditavam. Mas o Botafogo conseguiu.
Após um primeiro tempo sem gols e depois de levar pressão no início do segundo tempo, o Belo foi para cima. Tinha que ir se quisesse ser campeão. E conseguiu. Marcou dois gols, aos 22, com Wanderley e aos 26, nos pés de Hércules, e mesmo com o resultado que lhe dava o título não recuou. Permaneceu jogando para frente e mesmo correndo riscos seguiu atacando. Já nos acréscimos, liquidou a tarefa. De pênalti, com Ferreira, fez 3 a 0 e sacramentou a volta do clube ao rol dos campeões paraibanos.
Equilíbrio no primeiro tempo
O jogo já começou equilibrado, mas com o Treze claramente na defensiva. Tal como no primeiro jogo, o Botafogo tinha mais posse de bola, tentava atacar, mas sem muita efetividade. Tinha dificuldade de superar a boa zaga trezeana e se aproveitava mais das bolas paradas, quando tinha faltas em seu favor.
O primeiro lance de perigo do clube pessoense saiu exatamente desta forma. Celico cobrou falta para dentro da área. A bola foi para Hércules, que cabeceou com perigo. A bola saiu por pouco e assustou a torcida galista que lotava o estádio Amigão.
Um minuto depois, contudo, era o Treze quem respondia. Após reposição de bola rápida por parte de Beto, Daniel Costa recebeu a bola na área. Ele chutou para a perna direita e soltou uma bomba, obrigando Genivaldo a fazer uma difícil defesa. Era a primeira vez que o torcedor trezeano se incendiava nas arquibancadas.
Depois disto, o Belo chegou mais duas vezes. Novamente a partir de lances de bola parada. Na primeira, a bola passou raspando a trave. Em seguida, Beto defendeu em favor do Treze. O Botafogo seguia com mais posse de bola, mas o Treze, dono da melhor defesa da competição, ia com segurança mantendo o resultado que lhe favorecia.
Três gols e festa na casa do rival
O Botafogo precisava fazer dois gols para ser campeão paraibano. Mas no início do jogo, quem procurava o gol era o Treze. Evandro Russo soltou uma bomba logo aos dois minutos e Daniel Costa no minuto seguinte chutou outra. O goleiro Genivaldo chegou a fazer duas belas defesas, e Sandoval levou perigo com uma cabeçada.
O Belo chegou pela primeira vez aos nove minutos de segundo tempo. Wanderley recebeu bola na área e deu de cabeça, mas Beto já tinha saído nela e acabou atrapalhando o atacante. A bola acabou indo para fora. Depois deste lance, o clube de João Pessoa aos poucos foi melhorando em campo.
Mas o tempo ia passando e a situação ficava cada vez mais difícil. Thuram recebeu cruzamento, cabeceou, mas Beto defendeu de novo. No lance seguinte, o técnico Vica tirou o atacante Kauê e colocou Ênio. Dava mostras claras de que o Treze iria se fechar.
Foi quando aconteceu o que poucos ainda acreditam. Dois gols relâmpagos em favor do Botafogo. Aos 22 minutos, Ferreira cobrou escanteio para Wanderley, que só deu um toquinho para gol. A bola passou pelas pernas de Beto e entrou. Mas ainda faltava mais um. Este saiu quatro minutos depois. Hércules recebeu cruzamento e de perna esquerda ampliou: 2 a 0.
Festa da minoria botafoguense no Estádio Amigão. No entanto, ainda restava a segunda metade da etapa complementar. O Treze inverteu a lógica, avançou sua equipe e passou a atacar. O Botafogo, contudo, não se intimidou e continuou atacando. Jogando de igual para igual, continuou de forma ofensiva mesmo já tendo o resultado ao seu favor.
A recompensa saiu já nos acréscimos, aos 47 minutos do segundo tempo. Thiaguinho avançou e tocou para Edgar, que foi derrubado por Beto dentro da área. Ferreira foi para a cobrança e colocou no canto direito de Beto. Mais um gol. Placar irreversível. E festa botafoguense em plena casa trezeana.
 Ficha técnica
Treze 0 x 3 Botafogo-PB

Data: 30/05/2013 – 17h
Local: Estádio Governador Ernani Sátyro – “O Amigão” / Campina Grande-PB
Competição: Campeonato Paraibano 2013 – Final (volta)
Arbitragem: Wilton Sampaio (Fifa/Goiás)
Assistentes: Alessandro Rocha Mattos (Fifa/Bahia) e Emerson de Carvalho (Fifa/São Paulo)


Treze: Beto, David Modesto, Negretti, Sandoval (Birungueta), Ramon Zanardi; Charles Wagner, Sapé, Daniel Costa, Kauê (Ênio); Evandro Russo, Tiago Chulapa (Tiago Sousa). Técnico: Vica

Botafogo-PB: Genivaldo, Ferreira, Thuram, André Lima, Celico; Zaquel, Hércules, Fábio Neves, Doda; Warley (Edgar), Wanderley (Izaías). Técnico: Marcelo Vilar.

Gols: Wanderley, Hércules e Ferreira para o Botafogo-PB.

GALERIA DA FESTA DO BELO
 

terça-feira, 28 de maio de 2013

Campeonato Paraibano_FINAIS_1ª Partida


Largando na frente
TREZE VENCE O BOTAFOGO EM JOÃO PESSOA
E AMPLIA VANTAGEM RUMO AO TÍTULO

Jogadores do Treze comemoram com a torcida presente no Almeidão a vitória que amplia a vantagem nas finais do estadual
Com a vantagem de jogar por dois resultados iguais nas finais para ser campeão paraibano, o Treze entrou em campo na noite desta segunda-feira (27), no Estádio Almeidão, com a missão clara de se defender. A ideia era arrancar um empate fora de casa contra o Botafogo-PB para que no jogo de volta, em casa, tivesse mais tranquilidade para conquistar o título. Entretanto, o time de Campina Grande conseguiu mais. Sabendo se aproveitar dos contra-ataques, o Galo foi inteligente em campo e depois de ameaçar algumas vezes, acabou marcando um gol no segundo tempo de jogo, fazendo 1 a 0 e ampliando a sua já confortável vantagem.

O gol da vitória trezeana em pleno Almeidão foi marcado por Birungueta, que entrou no segundo tempo da partida para se tornar o principal nome da primeira final do Campeonato Paraibano de 2013. O Treze, inclusive, pode agora perder por um gol de diferença que ainda assim será o campeão.

Ao Botafogo, resta partir para cima do rival e arrancar uma vitória por dois gols de diferença no Estádio Amigão, em Campina Grande, para quebrar o jejum de títulos que já dura dez anos. A partida decisiva acontece na quinta-feira, a partir das 17 horas.

O jogo

O Belo começou a primeira etapa indo para cima com tudo, se aproveitando do esquema defensivo armado por Vica, que não pôde contar com o goleiro Éder e com o atacante Rafael Aidar, que se machucaram no último treino antes da partida. As duas maiores oportunidades do time da capital surgiram com o volante Hércules, que em dois chutes de fora da área obrigou Beto a fazer duas grandes defesas.

Os primeiros 45 minutos de jogo, portanto, foram de um time só. O Botafogo atacava e o Treze se defendia numa retranca cujo fundamento era uma forte marcação e a devolução da bola para o campo do adversário. A ideia central era jogar no erro do oponente, que, no caso, o Botafogo, tinha a obrigação de sair para o jogo em busca do gol para diminuir a vantagem de quem joga por dois resultados iguais. O Treze impôs essa lógica em campo da mesma maneira que havia feito contra o Campinense, nas partidas semifinais do estadual saindo classificado para a decisão do título.

As coisas ficaram assim mesmo no segundo tempo quando diante da falta de pontaria dos atacantes do Botafogo para marcar o almejado gol, o técnico Vica, do Treze, sentiu que poderia também contra-atacar e vencer o jogo. Parar isso, ele mudou o time e tirou o pilar do seu esquema, que é o atacante Thiago Chulapa. Junto com ele, saiu Evandro Russo, seu parceiro de ataque. Essas mudanças deram outro rumo ao jogo. Thiago Souza e Birungueta entraram e foi num cruzamento do primeiro vindo do lado esquerdo que a jovem promessa do Treze entrou por trás da defesa botafoguense e cabeceou para o gol aberto, marcando o único tento da partida.

Agora, tudo ficou mesmo para ser decidido na quinta-feira, quando Galo e Belo voltam a se enfrentar em Campina Grande, às 17 hora, no Estádio Amigão.

Para o Treze, até a derrota por um gol de diferença serve. Ao Botafogo, resta vencer por dois ou mais gols de diferença para poder levantar a taça.

 
Ficha técnica

Botafogo-PB 0 x 1 Treze

Data: 27/05/2013 – 20h30
Local: Estádio Almeidão / João Pessoa
Competição: Campeonato Paraibano 2013 – final (ida)
Arbitragem: José Renato Soares (CBF/João Pessoa)
Assistentes: Márcio Freire (CBF/Campina Grande) e Oberto Santos (CBF/Santa Rita)


Botafogo-PB: Genivaldo, Ferreira, Thuram, André Lima e Celico; Hércules, Zaquel (Gil Bala), Fábio Neves (Zabotto) e Doda; Thiaguinho (Wanderley) e Warley. Técnico: Marcelo Vilar.
Treze: Beto, David Modesto, Sandoval, Ênio e Ramon Zanardi; Charles Wagner, Sapé, Daniel Costa (Téssio) e Kauê; Evandro Russo (Birungueta) e Tiago Chulapa (Tiago Sousa). Técnico: Vica.
Publico pagante: 14.579
Não pagante: 705

Total: 15.384
Renda: R$ 170.030,00

domingo, 26 de maio de 2013

Campeonato Paraibano_Finais_ANÁLISE



O melhor e o pior dos mundos

 
por Edônio Alves

 
 

Enfim, chegamos na fase final do campeonato paraibano com as duas últimas partidas que definirão o campeão estadual desse ano marcadas para esta segunda-feira, amanhã, às 18h30, jogo de ida, e a partida de volta acontecendo na quinta-feira, no mesmo horário. É o momento oportuno, portanto, para fazermos um balanço prospectivo da situação a que chegaram os dois times que vão se enfrentar na disputa pelo título, uma vez que cada um desses clubes empreenderam trajetórias diferentes rumo a tão sonhada conquista do campeonato estadual.

Escrevo essa coluna na quinta-feira (23), um dia antes, portanto, das segundas partidas entre os quatro clubes postulantes a irem às partidas finais do estadual. Nos dois primeiros confrontos do cruzamento olímpico em que se enfrentam em João Pessoa, CSP e Botafogo, deu vitória do Belo por 1 a 0, tendo o time da capital ampliado a vantagem que já tinha de jogar por dois resultados iguais, podendo perder, agora, até por diferença de um gol nesse segundo jogo realizado na sexta-feira e sobre o qual, infelizmente, não posso falar aqui, pelo motivo já explicitado.

Na primeira partida realizada em Campina Grande entre Treze e Campinense, deu Treze também por 1 a 0, tendo o Galo igualmente ampliado sua vantagem de jogar por dois resultados iguais e, agora, forçado a Raposa a vencer o segundo jogo, realizado  na sexta-feira, por uma diferença mínima de dois gols e também sobre o qual não posso tratar aqui. 

Dito isto, o que ocorre é o seguinte: independentemente dos resultados dos jogos da sexta-feira passada que definiram de vez os dois times que irão à final do estadual (os quais neste momento da escrita desta coluna, na quinta-feira, não sei quem são) há um cenário que os envolve em relação ao futuro que é o que importa para além do título que um dos dois conquistará, após a partida final do estadual, marcada para esta quinta-feira, dia 30 de maio. Trata-se de como cada um ficará em relação ao calendário do futebol brasileiro do resto desse ano e início de ano que vem.

É aqui, todavia, que a coisa pega ao vislumbrarem-se cenários diferentes para cada um dos três grandes clubes da Paraíba que, por força de suas campanhas no campeonato estadual, selaram seus destinos rumo ao futuro próximo. Pelo que foi visto até agora, levando-se em consideração rigorosamente o desempenho dos três clubes no torneio estadual, planejamentos gerenciais terão sido premiados, confiança exagerada em elencos vencedores podem ter sido contrariadas e apostas na modéstia do talento técnico podem sair vencedoras.

Falo dos casos diferentes de Botafogo, Campinense e Treze (o CSP não entra porque é com méritos a quarta força do Estado, mas não passa disso) em relação ao que possam ter ganhado ou perdido ao fim deste campeonato estadual de 2013.

O Botafogo, por incrível que pareça - e a despeito de ter feito de tudo em termos de certo e errado neste campeonato - é o clube que ficará no melhor dos mundos. Se for para a final com o Treze (algo absolutamente plausível, dados os primeiros resultados do cruzamento olímpico), ficará com todos os prêmios da disputa: participação no Campeonato do Nordeste do ano que vem, a tão sonhada vaga na Série D do Brasileirão deste ano, principal projeto do clube (isso porque o Treze já está na Série C), e possível vaga na Copa do Brasil de 2013. Terá feito, então, um excelente campeonato, a despeito de até poder não sair dele campeão como prometeu à torcida.

O Treze, que tem o pior elenco comparado aos seus dois maiores rivais (Botafogo e Campinense), chegou neste momento decisivo com força ao jogar em função das suas limitações e, por causa, disso desfrutar objetivamente da possibilidade de chegar ao título, uma vez que decide o estadual com a vantagem de jogar por dois resultados iguais, já que somou o maior número de pontos ao longo da competição. Se tirar o Campinense do páreo, deixa o melhor dos mundos para o Botafogo (que passará do CSP, creio eu) e decide com o Belo o título em casa.

Já o Campinense, por sua vez, caso não tenha superado o Treze nessa segunda partida do cruzamento olímpico, herdará o pior dos mundos, uma vez que após ter sido campeão do Nordeste, entrou no estadual para disputar apenas um turno e com as credenciais de lutar pelo título nas partidas finais. Se isso acontecer (algo não muito improvável), o Campinense ficará sem calendário para o segundo semestre desse ano e sem a vaga no Nordestão do ano que vem, a despeito de ter sido o atual campeão do Regional. Enfim, são esses cenários futuros que estarão em questão nessas últimas e emocionantes partidas do competitivo campeonato paraibano deste ano.

sábado, 25 de maio de 2013

Campeonato paraibano_SEMIFINAIS_2º Jogo

Perto da Taça
BOTAFOGO GOLEIA O CSP E FAZ A FINAL
DO PARAIBANO CONTRA O TREZE
Jogadores do Belo comemoram com a torcida a volta a Série D do Brasileirão e a ida para as finais do Paraibano
Fazendo uma grande atuação e não dando oportunidade de reação ao adversário, o Botafogo goleou o CSP por 4 a 0, na noite da sexta-feira (24), e conseguiu a classificação para a grande final do Campeonato Paraibano de 2013. Mais que isso, encerrou um hiato de sete anos sem participação nos campeonatos nacionais. Com o resultado, arranca vagas na Série D do Brasileirão deste ano e na Copa do Nordeste de 2014, que valerá uma vaga na Copa Sul-Americana.
Um primeiro tempo irretocável
O Botafogo fez um primeiro tempo impecável e abriu 3 a 0, com gols de Fábio Neves, Warley e Thuram. Na segunda etapa, o jogo ficou morno e sem grandes chances de gol das duas partas, mas o Belo ainda marcou o quarto, com Wanderley, que entrou no intervalo.
Com o gol sofrido, o CSP até acordou na partida e chegou a levar algum perigo ao gol de Genivaldo, principalmente em finalizações de Robertinho. Mas o Botafogo seguia melhor e indo para cima. E aos 35 minutos o Alvinegro conseguiu o segundo gol. Doda e Celico trocaram passes e o lateral-esquerdo bateu cruzado. A bola caiu nos pés de Warley, que tocou na saída de Ferreira. Era o segundo do Belo na partida e o 14º do W9, artilheiro da competição.
O Tigre ainda tentava reagir, mas aos 45 minutos, o zagueiro Moisés acabou expulso após reclamar com a arbitragem, fazer falta dura e tentar atrapalhar a cobrança do Botafogo. Quando a falta, enfim, foi cobrada, Celico levantou na área e o zagueiro Thuram subiu mais que todo mundo, cabeceou para baixo e balançou as redes. Belo 3 a 0. Um show e a classificação para a final praticamente sacramentada ainda no primeiro tempo.
Segundo tempo apenas administrativo
Nos últimos 45 minutos no Almeidão, a bola pareceu rolar apenas por protocolo. Botafogo e CSP fizeram um jogo morno, com o Tigre tentando reagir, mas encontrando muitas dificuldades e o Belo mais administrando o bom resultado conseguido no primeiro tempo.
Os dois técnicos mexeram nos times. Ramiro Sousa, que já tinha os desfalques de Luís Paulo, Peu e Soares, precisava mandar o time para cima, mas tinha poucas opções. Durante a segunda etapa, Gegê, Leandro e Pelado entraram nos lugares de Júnior Coxinha, Carioca e Tazinho. No Belo, Fábio Neves, Doda e Thiaguinho deram vaga a Edgard, Zabotto e Wanderley.
E apesar da lentidão que tomou conta do segundo tempo, o Botafogo seguiu melhor e conseguiu o quarto gol já aos 38 minutos, com Wanderley. De cabeça, o atacante aproveitou cruzamento da direita e mandou para as redes, ampliando para o Belo e liquidando a fatura.
Com a goleada, o Botafogo se credenciou para os dois duelos contra o Treze na próxima semana. Já na segunda-feira, os dois alivinegros se enfrentam no Almeidão. Depois, na quinta, o confronto decisivo acontece no Amigão. Por ter feito melhor campanha no somatório das duas primeiras fases, o Galo joga por dois resultados iguais.
FICHA TÉCNICA:
BOTAFOGO – Genivaldo; Ferreira, William Thuram, André Lima e Celico; Hércules, Zaquel, Fábio Neves (Edgard) e Doda (Júlio César Zabotto); Warley e Thiaguinho (Wanderley). Técnico: Marcelo Vilar
CSP – Ferreira; Rhair, Moisés, Suélinton e Márcio; Mattheus, Jônatas, Tazinho (Pelado) e Robertinho; Júnior Coxinha (Gegê) e Carioca (Leandro). Técnico: Ramiro Sousa
Árbitro Central: João Bosco Sátiro (CBF/João Pessoa)
Assistente 1: Márcio Freire (CBF/Campina Grande)
Assistente 2: Filipe Messias (FPF/João Pessoa)
Árbitro Reserva: Josimarques Domingos (FPF/Cabedelo)
Assistente Reserva: Tarcísio José (FPF/João Pessoa)
Gols: Fábio Neves (06min30s/1ºT), Warley (35/1ºT), William Thuram (47/1ºT) e Wanderley (38/2ºT)
Cartões amarelos: Zaquel e Celico (BOT), Moisés e Rhair (CSP)
Cartão vermelho: Moisés (CSP)
Público pagante: 5.071
Público presente: 5.545
Renda bruta: R$ 60.610,00


Segunda semifinal
 TREZE PERDE PARA O CAMPINENSE
 MAS TAMBÉM GARANTE VAGA NAS FINAIS
 
Em jogo muito disputado e com uma forte retranca do Treze, o Campinense venceu mas não levou a vaga às finais
 
O Treze também está classificado para a final do Campeonato Paraibano de Futebol. Depois de segurar o jogo durante 90 minutos, o time ainda levou um gol do Campinense nos acréscimos do segundo tempo, mas nem mesmo a derrota por 1 a 0 foi capaz de atrapalhar a festa trezeana. Em jogo realizado também na noite desta sexta-feira (24), no Estádio Amigão, em Campina Grande, o Galo eliminou o Rubro-Negro e segue vivo na luta pelo seu 16º título estadual.

O gol da vitória raposeira saiu dos pés de Selmir, mas apenas aos 46 minutos da etapa final. O time raposeiro aos 48 ainda tentou no desespero um segundo gol, que o classificaria (precisava vencer por uma diferença de dois gols), mas não conseguiu. No minuto seguinte, o jogo acabava e começava a festa dos galistas, que haviam vencido o primeiro jogo também por 1 a 0.

Agora, o atual campeão do Nordeste se vê sem calendário para o resto do ano. Sem o título estadual, a Raposa não tem vaga na Série D do Brasileirão e agora vai passar oito meses sem futebol profissional. O time não vai poder nem mesmo defender o título nordestino conquistado neste ano.

Na final do Campeonato Paraibano, o adversário do Treze vai ser o Botafogo, que em João Pessoa, goleou o CSP por 4 a 0 e conquistou a vaga. É a reedição da final de 2006, quando o Galo foi campeão e o Belo vice.
 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Campeonato Paraibano_SEMIFINAIS


Quase lá
BOTAFOGO VENCE A 1ª PARTIDA CONTRA O CSP
 E ESTÁ A UM PASSO DAS FINAIS
 
Jogadores do Botafogo comemoram o gol do lateral Ferreira, que pode colocar o time nas finais do estadual
 
O Botafogo-PB deu um passo literalmente decisivo em direção às finais do Campeonato Paraibano. O timr venceu o CSP por 1 a 0 nesta terça-feira (21), no jogo de ida da semifinal, e pode até perder por um gol de diferença no jogo da volta que ainda assim garante um lugar na decisão. A partida aconteceu no Estádio Almeidão e o únigo gol foi marcado por Ferreira, no segundo tempo. A partida de volta está marcada para a próxima sexta-feira, no mesmo local.
As duas equipes entraram em campo com um esquema bastante conservador, com um volante fazendo o papel de terceiro zagueiro, sendo Pelado pelo lado do Tigre, e Zaquel no Botafogo-PB. Mas,  já aos 5 minutos o CSP chegou com perigo com Soares, que chutou de fora da área e acertou a trave do goleiro Genivaldo. Aos 13 minutos, mais uma vez o caçula de João Pessoa chegou, dessa vez com Leandro, que chutou da entrada da área com força, fazendo o camisa 1 do Belo espalmar com dificuldades.
Acuado, o Belo só chegou ao gol aos 22 minutos, com Doda que recebeu passe de Celico, driblou o defensor do CSP e chutou da meia-lua da grande área, para o goleiro Ferreira defender sem perigo. Já aos 30, a oportunidade mais perigosa. Celico cobrou escanteio do lado esquerdo, o zagueirão André Lima subiu no terceiro andar e cabeceou para grande defesa do arqueiro do Tigre. Após o lance, o CSP recuou e passou a priorizar a marcação. Mas no último momento da primeira etapa, o goleiro Ferreira se atrapalhou ao receber uma bola recuada, e quase Thiaguinho, que foi titular do Bota-PB no lugar de Wanderley, aproveitava o lance para marcar.
Segundo Tempo
Desde o início o Belo veio para cima com tudo. Celico desceu pelo lado esquerdo, invadiu a área e chutou cruzado, mas o goleiro Ferreira defendeu para o meio da área. A bola ia sobrar livre para Fábio Neves, mas o meia escorregou e desperdiçou grande oportunidade de abrir o placar. O tricolor da Maravilha do Contorno tentava pressionar, mas esbarrava na forte marcação da equipe do Tigre.
A resposta do CSP veio aos 18 minutos, quando Anderson Paraíba entrou na área pelo setor canhoto, chutou cruzado, e bola assustou Genivaldo, batendo nas redes pelo lado de fora. Mas a pressão que o Belo tentava exercer deu certo. Aos 20 minutos, após bate-rebate, a bola sobrou para Ferreira, que dominou e chutou com calma para abrir o placar no Almeidão. CSP 0 x 1 Botafogo-PB.
Após sofrer o gol, o CSP tentou reagir já aos 26 minutos com Márcio, que chutou do lado esquerdo da área com força, mas a bola passou por cima da meta de Genivaldo. Mas o Bota-PB não deixou por menos e respondeu no lance seguinte com Celico, que entrou na área e chutou forte. Ferreira defendeu, mas a bola ia entrar de mansinho se o zagueiro Moisés não chegasse afastando a bola de cima da linha.
Aos 29 minutos, o lance que poderá decidir o confronto. Soares colocou a mão na bola no meio do campo, sem necessidade alguma, e recebeu o cartão amarelo, e consequentemente o vermelho, e desfalcará o CSP no jogo da próxima quinta-feira (24). O atacante é o artilheiro, e, sem dúvida, o grande destaque do Tigre na competição.
Mesmo com a expulsão o CSP não se abateu. Rhair chutou da intermediária com força, Genivaldo espalmou, e no rebote Carioca chutou cruzado, com perigo para a meta botafoguense. E com um a menos o Tigre continuou pressionando, mas o lance mais perigoso aconteceu aos 47 minutos, quando Carioca recebeu bom lançamento e chutou no travessão, e no rebote, Júnior Coxinha quase marcou de peito.
Após 5 minutos de acréscimos, o juíz apitou o fim da partida. As duas equipes voltam a se enfrentar na próxima sexta-feira (24), novamente no estádio Almeidão. O Belo pode perder por até um gol de diferença para avançar às finais do Campeonato Paraibano.
TREZE E CAMPINENSE 
 
Assim como o Botafogo, o Treze ampliou a vantagem para as finais


Na outra semifinal, o Treze venceu o Campinense por 1 a 0, no Amigão, e também pode até perder por um gol no jogo de volta para ir à decisão. Caso o Galo confirme mesmo um lugar na final, quem passar entre CSP e Botafogo já garante vaga na Série D do Brasileirão deste ano, já que o Galo já está na Série C. Além, claro, de assegurar vaga na Copa do Nordeste do ano que vem, já que os dois primeiros colocados do Paraibano vão representar o Estado na competição regional.
 

domingo, 19 de maio de 2013

Copa das Confederações_ANÁLISE


O Brasil sob avaliação

 
por Edônio Alves

 

Não tem escapatória: o assunto da semana (ver matéria abaixo) foi a convocação, feita pelo técnico Luiz Felipe Scolari, dos jogadores brasileiros que vão disputar a Copa das Confederações aqui no Brasil, a partir de julho. E, sendo assim, não há como fugir do assunto. Ofereço-lhes, portanto, caro torcedor, este texto como minha modesta contribuição à abordagem do tema, já advertindo que ele é em si mesmo amplo e vai além, para nós brasileiros, da simples participação da nossa seleção de futebol nesta competição. Daí que, para destacar isso, resolvi dar a esta coluna de hoje o título acima, uma vez que ele recobre a amplitude do assunto no que ele tem de abrangente.
Todos sabemos que a Copa das Confederações é uma espécie de avant-premiere  da Copa do Mundo; uma espécie de evento-teste em que estará sob observação o país sede do torneio mundial em toda a sua potencialidade de atuação direta no sucesso ou fracasso do maior evento esportivo de escala planetária. Pelo menos, para o mundo do futebol e seus negócios: a Copa do Mundo, claro.

Pois bem! Registrado que a partir de julho o Brasil vai estar sob a observação mundial em todos os sentidos, resta dizer que no âmbito particular desta questão (o âmbito meramente futebolístico), o técnico Felipão deu a entender que vai - com a relação dos jogadores que apresentou ao País na última terça-feira - proceder, no foro interno, da mesma forma que o resto do mundo vai agir em relação a nós, no tocante a observar o que temos de bom ou ruim a oferecer como contributo à organização de um campeonato mundial de futebol.

Repisando, com efeito, que o campo de atuação de Felipão é o âmbito futebolístico, o mais importante de todos, portanto, analisemos a sua lista de convocados para a Copa das Confederações e as ideias que estão por trás dessa sua chamada ao feito, digamos assim. Feito esse que se resume na sua última chance real de, uma vez que já estará dentro de uma competição de verdade, tirar as suas últimas conclusões sobre o time que pretende montar para a Copa do Mundo no Brasil.

Peguemos posição a posição, para fazer nossa análise do time.

Goleiros: chamados Júlio César, Jefferson e Diego Cavalieri. A aposta aqui é em Júlio César como goleiro titular da Copa. O problema é que os dois outros estão (e são) melhores do que ele e ele quando precisou (veja-se a copa do Mundo de 2010), não demonstrou equilíbrio técnico para titular da posição numa Copa. Falhou feio na derrota do Brasil para a Holanda, fato que nos tirou do torneio em 2010.

Laterais: chamados Daniel Alves, Jean, Marcelo e Felipe Luis. Aqui, chamou os melhores da posição, a exceção de Felipe Luis, que embora muito bom, não é melhor do que o Marcos Rocha, do Atlético Mineiro.

Zagueiros: chamados Thiago Silva, Réver, David Luiz e Dante. Também aqui chamou os melhores do momento e de toda a fase anterior de suas observações em jogos. A nossa defesa é alta, jovem, tecnicamente bem dotada e segura. Nesse setor, não há restrições a fazer às ideias do Felipão quanto a nossa zaga.

Meio-campistas: Fernando, Hernanes, Luis Gustavo, Paulinho, Jadson, Oscar e Lucas. Aqui, por outro lado, há restrições a fazer, sim. Ficou do fora o volante Ramires, moderno na sua técnica de ao mesmo tempo defender e saber conduzir os ataques, algo que vem pautando, para a posição, o futebol contemporâneo de times como o Barcelona e, agora, o Bayern de Munique. Além do mais, o Ramires foi um dos jogadores mais regulares nas partidas da fase de preparação. Não podia ficar de fora.

Atacantes: chamados Neymar, Bernard, Leandro Damião, Fred e Hulk. Junto com a defesa, este é o setor mais bem servido da Seleção Brasileira. Cabe a aposta no talento de um futuro craque do futebol mundial, o Bernard, que junto com os seus pares aí mais experientes, poderá servir bem a Patria, quando chamado.

Ronaldinho Gaúcho: este jogador, ausente da lista do Felipão, eu deixei por último e resolvi destaca-lo em si mesmo como um setor do time. Não poderia sob hipótese alguma ficar de fora dessa lista. Isso pelo que já jogou, pelo que está jogando e pelo que pode ainda jogar. Só há uma explicação para a decisão de Felipão em deixa-lo de fora: como o Brasil sob sua ótica futebolística ainda está sob observação, não há mais o que observar em Ronaldinho Gaúcho. Daí, ele ter reservado este jogador para a Copa do Mundo e em seu lugar, ainda testar jogadores como Luis Gustavo, por exemplo. Do contrário, terá cometido uma monumental burrice.
 

Campeonato Paraibano_2º Turno_Décima quarta RODADA


Último vacilo
BOTAFOGO PERDE PARA O TREZE
 E É SUPERADO NA CLASSIFICAÇÃO GERAL


Belo falha muito nas definições de gol e é surpreendido com gol de falta do Treze, que venceu o jogo
Em um jogo morno na noite deste sábado (18), o time reserva do Treze conseguiu vencer o Botafogo-PB por 1 a 0 no estádio Amigão, em Campina Grande, pela última rodada do segundo turno do campeonato paraibano deste ano.
O resultado deu ao Galo a liderança geral do estadual, na junção da pontuação dos dois turnos. Isso significa que em uma eventual final contra o próprio Botafogo, o Treze vai ter a vantagem de decidir em casa e jogar por dois resultados iguais, mesmo com os pessoenses tendo conquistado a primeira fase invictos. Ou seja, o Galo está a quatro empates do título.
O gol trezeano foi anotado na cobrança de uma falta pelo meia-atacante Evandro Russo, aos 27 minutos da etapa final.
Agora, as atenções das duas equipes se voltam para as semifinais. Os primeiros duelos estão marcados para terça-feira (21), às 20h30.
Em Campina Grande, Campinense e Treze iniciam a disputa por uma vaga na final. Já em João Pessoa, o Botafogo-PB encara o CSP, no Estádio Almeidão. Os jogos de volta estão marcados para a sexta-feira (24).
O que foi o jogo
O Botafogo conseguiu chegar algumas vezes ao ataque, mas foi o Treze que levou mais perigo ao gol do Botafogo durante o primeiro tempo da partida. Logo aos dois minutos, Thiago Sousa arriscou um chute em direção ao gol de Genivaldo; a bola passou raspando a trave, mas foi para fora.
Aos quatro minutos, o Bota também tentou abrir o placar. Ferreira cobrou falta na entrada da área do Treze, mas o goleiro Beto se adiantou e fez boa defesa. No entanto, após esse lance, o Galo tomou conta da partida. Os atacantes Manu, Thiago Sousa e o meia Birungueta deram trabalho ao goleiro Genivaldo.

Como no lance que aconteceu aos 17 minutos, onde Birungueta chutou para o gol, forçando o arqueiro do Belo a fazer boa defesa. No rebote, o meia trezeano tentou novamente, mas desta vez o paredão botafoguense encaixou. O Botafogo ainda tentou chegar ao gol do adversário, mas não conseguiu se livrar da forte marcação. Na saída para o intervalo, o placar do confronto estava 0 a 0.
Segundo tempo
Após a conversa no vestiário, o Botafogo voltou outro no início da segunda etapa. Nos primeiros 10 minutos, o Belo chegou duas vezes com perigo ao gol do Treze. Um deles aconteceu aos nove minutos, quando Ferreira chutou forte em direção ao gol do Galo, mas Beto defendeu.
O Botafogo deu mais um susto no Treze aos 19 minutos. O meia Celico lançou a bola na área, mas Warley cabeceou para fora. Apesar da pressão botafoguense, quem balançou as redes foi o Treze.
O meia Evandro Russo cobrou uma falta rasteira no canto direito de Genivaldo e abriu o placar. Após o tento do Galo, o Botafogo tentou empatar, mas os ataques do time pessoense esbarravam na zaga trezeana ou nas mãos do goleiro Beto.  E assim, a partida chegou ao seu final.
 

terça-feira, 14 de maio de 2013

Copa das Confederações_BRASIL_Convocação


Ainda em teste
FELIPÃO REÚNE SELEÇÃO BRASILEIRA COM NOMES
 SOB OBSERVAÇÃO PARA A COPA
 

Sem Kaká e Ronaldinho, o técnico Luiz Felipe Scolari anunciou na manhã desta terça-feira no Rio de Janeiro a lista dos 23 nomes que defenderão a seleção na Copa das Confederações, em junho. A relação não trouxe nenhuma surpresa em relação ao grupo aproveitado nos primeiros amistosos do ano.

Com Ronaldinho Gaúcho descartado, a relação de Felipão acabou contemplando outro nome do Atlético-MG, sensação do futebol nacional no primeiro semestre deste ano. O jovem Bernard foi incluído na lista, mas por outro lado Jô e Diego Tardelli ficaram de fora.

A lista anunciada nesta terça-feira em um hotel em Copacabana apresentou Julio Cesar, Diego Cavalieri e Jefferson como os goleiros eleitos para o torneio da Fifa. Entre os zagueiros, Réver acompanha o trio da Europa Thiago Silva, David Luiz e Dante.

No ataque, Neymar parte para sua segunda competição oficial com a seleção principal ao lado de Fred, Leandro Damião e Hulk.

No meio-campo, sem Kaká e Ronaldinho, Felipão apostou em nomes mais jovens em atuação na Europa, como Luiz Gustavo, Hernanes e Lucas. O são-paulino Jadson, o corintiano Paulinho e o gremista Fernando também integram o setor.

"Nos baseamos que alguns dos jogadores ainda não jogaram uma competição oficial pela seleção. E para jogar uma competição como o Mundial eles precisam jogar essa competição pra analisarmos eles em competições que valem pontos e títulos. Esses critérios tiveram que ser analisados", argumentou o treinador da seleção após o anúncio da convocação.

Com Felipão, a seleção realizou cinco partidas em 2013, com apenas uma vitória (Bolívia). A equipe nacional ainda conseguiu três empates (Itália, Rússia e Chile) e foi batida uma vez (Inglaterra).

Atual campeã da Copa das Confederações, a seleção brasileira estreia na edição 2013 do torneio em 15 de junho, contra o Japão no estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. O time de Felipão ainda encara México (Fortaleza) e Itália (Salvador) na primeira fase.

A Copa das Confederações no país será a primeira competição oficial de Felipão à frente da seleção desde a conquista do Mundial de 2002, na Coreia do Sul e Japão.

Antes do torneio, no entanto, a seleção convocada por Felipão ainda encara duas partidas amistosas, contra a Inglaterra, 2 de junho na reabertura do Maracanã, e sete dias depois diante da França, na Arena Grêmio, em Porto Alegre.
 
VEJA OS JOGADORES CHAMADOS POR FELIPÃO:
 

 

domingo, 12 de maio de 2013

Campeonato Paraibano_ANÁLISE


 
O fator psicológico

 

por Edônio Alves

 

Chegado o final da segunda fase do campeonato paraibano (resta apenas a última rodada do segundo turno), é hora de projetarmos o que está por vir, no certame, agora que já se conhece ao menos um dos dois confrontos do cruzamento olímpico que deve apontar os clubes finalistas da competição.

Esse primeiro confronto já está definido desde a quinta-feira, quando o Campinense venceu o Atlético, de Cajazeiras, por 1 a 0, ficando já com a primeira colocação do segundo turno, uma vez que não pode mais ser superado por nenhum clube na última rodada dessa fase classificatória do estadual. Tal confronto é mesmo entre Treze e Campinense, ficando o Botafogo (vencedor do primeiro turno)  aguardando ainda seu possível adversário para fechar o tal cruzamento olímpico. Estão ainda no páreo para enfrentar o Botafogo, caso se classifiquem até a última rodada desta segunda fase, o CSP, o Auto Esporte e o próprio Atlético, de Cajazeiras.

Dito isto, me atenho, a partir de agora, ao tema propriamente dito desta coluna de hoje. Trata-se de um elemento fundamental no futebol, porém, às vezes, um pouco negligenciado pelos treinadores das equipes desta modalidade esportiva que tanto nos encanta e mobiliza. É o que chamo de fator psicológico a atuar nos desempenhos exitosos ou fracassados dos times de futebol numa competição.

Chamo atenção desse elemento, neste momento do campeonato estadual da Paraíba, que se encaminha para a sua definição, porque ele é para mim a principal variável da disputa a ser ainda trabalhada pelos quatro treinadores que vão se enfrentar no cruzamento que vai apontar os dois melhores clubes do Estado neste ano de 2013. Botafogo, Treze, Campinense e o quarto time ainda a ser definido na última rodada, chegam para se enfrentar em momentos distintos no que concerne ao fator psicológico necessário para dar o equilíbrio motivacional ao futuro campeão da Paraíba.

Vou me ater, nesta coluna de hoje, apenas ao caso do Botafogo, que foi o time que venceu sobrando o primeiro turno do campeonato e disputou a sua segunda fase apenas fazendo testes no seu elenco, na tentativa de definir o time ideal para enfrentar as quatro partidas finais (as duas do cruzamento olímpico e as duas possíveis partidas finais da competição) em condições de vencer seus adversários e se sagrar campeão estadual deste ano.

Trago o caso do Botafogo porque ele é paradigmático quanto à questão do fator psicológico a ser trabalhado pela sua comissão técnica. Com um desempenho irregular, vacilante às vezes, e até aquém das suas reais potencialidades técnicas, o Botafogo fez esse segundo turno do estadual com a ideia de que ele não valia nada (o que em parte é verdade, mas só em parte) em termos de pontuação.

Realmente a sua pontuação no segundo turno só servia para disputar com o Treze, por força do regulamento, a condição ser o melhor pontuado nas duas primeiras fases do torneio, fato este que dará ao clube a condição de jogar com dois resultados iguais (e ainda com a final em casa) se fizer a final contra o próprio Treze. No mais, a única coisa a ser levada em conta pelo Botafogo, neste segundo turno, era justamente o fator psicológico, uma vez que o seu elenco tem que chegar para essas partidas finais com a motivação de quem quer ser campeão.

Foi isso, com efeito, que balizou a orientação técnica dada ao time pelo seu treinador, Marcelo Vilar, ao longo deste segundo turno. Testando jogadores aqui e ali; variando a formação e o esquema táticos do time cá e lá; recuperando técnica e psicologicamente suas peças principais ao longo desse tempo todo, e, principalmente, trabalhando a cabeça dos jogadores para serem decisivos nos momentos decisivos, Marcelo Vilar se expôs às críticas da imprensa e a desaprovação de parte da torcida, mas não abriu mão de um princípio fundamental: mostrar que o que estava em jogo nesta fase para o Botafogo era a penas o fator psicológico com que o time deve enfrentar esta fase final do Estadual.

A julgar pelo segundo tempo da última partida do Botafogo contra o Atlético, no Almeidão, em que o técnico entrou com um time ainda para teste finais e só no segundo tempo recolocou o verdadeiro Botafogo em campo, saí com a seguinte conclusão, na vitória convincente da equipe por 2 a 0: não é que ele teve sempre razão!!!