O futebol como um fenômeno da cultura brasileira

As coisas só acontecem por acaso, necessidade ou vontade nossa! Epicuro - filósofo.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Campeonato do Nordeste 2010

Semifinais
TREZE PERDE PARA O ABC
E SE DESPEDE DO NORDESTÃO
O Treze, de Campina Grande-PB, não conseguiu vencer o ABC de Natal e está fora da final do Campeonato do Nordeste. O Galo foi até Natal essa noite e voltou derrotado pelo time potiguar pelo placar de 3 a 0. Todos os gols saíram no segundo tempo e foram marcados por Edérson (3min, 23min e 34min). Agora o ABC irá enfrentar o Vitória-BA para decidir quem será o campeão do Nordeste, uma vez que o time baiano também venceu o CSA, de Alagoas, por 2 a 1, na segunda partida semifinal da noite, ocorrida no estádio Barradão, em Salvador.
Esta foi a melhor participação do Treze na competição. O atual 4º lugar superou as colocações de 1998(16º), 2000(8º), 2001(8º), 2002(13º) e 2003(7º).
Assim, diante do resultado, o Galo encerra a temporada e irá se preparar para as competições do próximo ano.
O JOGO
Aos 2 minutos, o ABC começa o jogo atacando com João Paulo. Ele recebeu bola pela direita, mas o árbitro marcou impedimento. Dois minutos depois, Everton César recebe a bola e manda na trave, assustando o goleiro trezeano.
Aos 19 minutos o goleiro Carlos faz excelente defesa no chute forte de Tiago Garça.
A melhor chance do Treze foi aos 34 minutos. O zagueiro Jonny avançou em contra-ataque e chutou assustando o goleiro do ABC.
O time potiguar perdeu a chance clara aos 38 minutos. João Paulo aproveitou um erro do meio-campo do Treze, seguiu com a bola roubada e frente a frente com o goleiro, chutou para fora.
O primeiro tempo terminou empatado em 0x0, resultado que mostrou o equilíbrio da partida.
Segundo tempo
Aos 3 minutos, o ABC abre o placar. O volante Leomir erra o passe, Tiago Garça fica com a bola, ele lança, o goleiro Carlos se atrapalha e Edérson aproveita e marca.
Com o gol sofrido, o técnico Marcelo Vilar faz a primeira mudança, saiu o zagueiro Jonny e entrou o meia-atacante a Silva Exu. Em sua primeira jogada ele sofre falta, Piva cobra e o goleiro Wellington alivia.
Em desvantagem no placar, o Galo segue tentando. Da Silva Exu, que acabara de entrar tem nova oportunidade aos 21 minutos. Ele chuta fraco e a bola fica com o defensor do time potiguar.
Aos 23 minutos, Edérson, novamente marca. Ele recebe passe de Ricardo Oliveira e não desperdiça.
E o ABC continuou dominando a partida. Edérson, em noite inspirada, marcou o terceiro do time potiguar aos 34 minutos.
O Treze fez as últimas mudanças: saiu Piva e entrou Elton e saiu Jociano e entrou Clóvis Diego. Mas, as alterações não foram suficientes para conduzir o time à vitória e o time abecedista venceu pelo placar de 3x0.

Ficha Técnica:
ABC:
Wellington, Edson (Liza), Tiago Garça, Leonardo, Renatinho Carioca, Basílio, Ricardo Oliveira, Everton César (Claudemir), Cascata, Éderson (Gabriel) e João Paulo. Técnico: Leandro Campos.
Treze:
Carlos, Da Silva, Anderson, Weverson, Jonny (Da Silva Exu), Rone, Jociano, Piva (Elton), Leomir, George e Cléo. Técnico: Marcelo Vilar
Cartões:
Ricardo Oliveira (ABC)
Jociano (Treze)
Arbitragem:
Wladyerison Silva Oliveira-CE
Assistentes: Thiago Gomes Brígido e Alessandro Magno M. de Araújo
Quarto árbitro: Leandro Saraiva Dantas de Oliveira-RN

TAÇA SÃO PAULO DE FUTBOL JÚNIOR

O Nacional de Patos, representante paraibano, já sabe onde vai jogar e com quem na Taça São Paulo de Futebol Júnior do ano que vem. O time patoense está no Grupo U da competição e ficará hospedado na cidade de Paulínia, pequeno município no interior do estado de São Paulo. Os adversários da primeira fase do torneio foram conhecidos nesta terça feira (23), com a divulgação feita pela Federação Paulista de Futebol.
Agora, resta saber se um representante paraibano vai ter condição de fazer uma campanha pelo menos regular, já que, até agora, nunca houve uma boa participação dos nossos clubes na famosa taça reveladora de talentos.
Em 2011, poderão atuar na Copa São Paulo somente os jogadores nascidos em 1992, 1993, 1994 e 1995. Além disso, esses atletas devem ter seus registros realizados até o dia 24 de novembro de 2010, ou seja, até esta quarta. Todos os Estados do Brasil estão representados por um ou mais clubes. São Paulo terá 44 participantes, figurando como o que tem mais times na disputa.
O Corinthians é o maior recordista de finais - 14 ao todo. O clube de Parque São Jorge conquistou sete vezes a competição, figurando também como o maior campeão. O São Paulo é o atual campeão ao bater o Santos na final disputada no Pacaembu e que tem como foco principal comemorar o aniversário da cidade de São Paulo.
Veja os adversários do Nacional de Patos:
Grupo U – Paulínia-SP
Paulínia-SP
Botafogo-RJ
Rio Preto-SP
Nacional-PB






terça-feira, 23 de novembro de 2010

Futebol e ficção: a condição feminina

O GOLEIRO DO TIME - UM CONTO DE FUTEBOL

Por falar em futebol feminino, a literatura de ficção sobre futebol no Brasil (tema de minha pesquisa de doutorado na UFPB) vem cada vez mais se adensando e fixando sua trajetória de discussão estética dos nossos problemas de forma ampla, regular e bem posta. A nossa participação nesse blog tem também o objetivo de levar ao internauta amante do esporte (sobretudo do futebol, em particular) um pouco dessa produção temática da nossa literatura. Para isso, a cada participação nossa nesse espaço (refiro-me ao blog do Grupo de Pesquisa sobre o Esporte do qual participo na Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ - veja aqui) traremos a leitura de alguma peça literária que trate do assunto. Já podemos dizer sem medo de errar que é na forma conto que os nossos escritoires melhor têm glosado o tema do futebol em nossas letras. Talvez porque o gênero seja em si mesmo muito adequado para englobar um tema cuja expressão real – um jogo, uma partida de futebol – contenha também em si mesmo os traços e requisitos estruturais da história curta. Ou talvez porque, como numa partida de futebol, o escritor, nesse gênero, se sinta mais á vontade para jogar melhor com a bola e com a letra. Quem sabe! Apresento, portanto, nesse contexto, aos nossos queridos internautas, uma pequena leitura de mais um belo conto de futebol.  Trata-se do texto intituldo, O goleiro do time, do escitor Edson Gabriel Garcia. Clique aqui e boa leitura.






segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Futebol feminino - Copa Paraíba 2010


BOTAFOGO-PB ESTRÉIA NA COPA PARAÍBA GOLEANDO O KASHIMA POR 9 a 0

Aquecimento: trabalho físico das meninas do Botafogo-PB antes da estréia na Copa Paraíba
A equipe de futebol feminino do Botafogo-PB fez, ontem (21), sua estréia na Copa Paraíba de Futebol da categoria e venceu o time do Kashima, também da capital, pelo placar de 9 a 0.  A competição foi criada pela Federação Paraibana de Futebol como “laboratório” para a criação futura do primeiro campeonato estadual de futebol feminino. A partida marcou a volta do Botafogo, de João Pessoa, para um palco tradicional do futebol paraibano, o estádio Leonardo da Silveira, conhecido popularmente como estadinho da Graça. O jogo foi fácil para o time botafoguense, que mandou na partida do inicio ao fim. A goleira do Belo, Élida, por exemplo, só foi tocar na bola pela primeira vez no inicio do segundo tempo. A diferença de qualidade técnica entre as equipes era extremamente grande e bastante visível, tanto que se refletiu no placar, que poderia até ter sido mais alargado. A melhor jogadora da partida foi a centroavante do Botafogo, Joana, que marcou cinco gols. A zagueira Cris, as meias Janaina e Betânia, e a atacante, Ledjane, fecharam o placar. No próximo domingo, o Botafogo enfrenta a equipe do Independente, que perdeu nessa primeira rodada por 7 a 0 para equipe do Maníacos. A partida será às 10 horas da manhã e também no estadinho da Graça, em João Pessoa.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Seleção Brasileira - Amistosos

ARGENTINA VENCE O BRASIL COM GOL DE MESSI NO FINAL DO JOGO
Um gol sofrido aos 47 minutos do segundo tempo marcou a primeira derrota do técnico Mano Menezes no comando técnico da seleção brasileira de futebol. E isso aconteceu justamente contra a Argentina, seu maior rival, no amistoso dessa quarta-feira em jogo realizado no Khalifa International Stadium, no Catar. Tudo caminhava para um empate em 0 a 0, resultado que seria mais justo pelo que fizeram as duas seleções em campo. Entretanto, quando Messi está no gramado, todo cuidado é pouco. E por falta desse cuidado, o Brasil perdeu a partida por 1 a 0 e leva como lição a idéia pragmática, mas verdadeira, que os torcedores brasileiros costumam resumir na frase: “o jogo só acaba quando termina”.
Depois de começar com três vitórias contra adversários, no máximo, medianos, o Brasil sucumbiu no seu primeiro grande teste com Mano. Os triunfos sobre Estados Unidos, Irã e Ucrânia mostraram uma seleção segura, assim como o Brasil durante quase todo o amistoso desta quarta-feira.
Um descuido no final, contudo, frustrou os planos de Mano e ofuscou o retorno de Ronaldinho à seleção depois de 19 meses afastado. Messi arrancou, invadiu a área e bateu no canto direito de Victor. Além de tudo, foi o primeiro gol sofrido pela seleção de Mano Menezes.
Messi, por sua vez, acaba com séries negativas diante dos pentacampeões. O meia do Barcelona nunca havia vencido o Brasil pela seleção principal. Eram três derrotas e um empate. Mais que isso, nunca havia marcado um gol no Brasil, mesmo quando a Argentina venceu o clássico nas Olimpíadas de 2008. Toda essa escrita acabou. Mano, agora, tem que lidar com seu primeiro revés no cargo. Provavelmente pensará na Argentina até fevereiro de 2011, quando o Brasil enfrenta a França em Paris, no primeiro amistoso da próxima temporada.
No duelo particular entre Messi e Ronaldinho, o triunfo foi do argentino, graças ao gol no final. O camisa 10 brasileiro foi substituído no segundo tempo. Viu do banco o ex-companheiro de Barcelona brilhar mais. E saiu cabisbaixo, como toda a seleção pentacampeã.
No aspecto coletivo, os dois times tiveram iniciativa. Mas nenhum quis se expor muito. Os avanços ao ataque foram sob pouco risco. O Brasil dependeu do entrosamento antigo de Robinho e Neymar, embora na prática ele não tenha sido observado. Os rivais apostaram em cruzamentos para Higuaín, que teve uma boa oportunidade parada por Victor.
Mano insistiu para o Brasil ter calma e conter a afobação. O treinador pede para que suas equipes busquem o controle do jogo e só acelerem no momento certo. A Argentina teve um toque de cautela maior e mostrou menos velocidade nos avanços, com exceção às arrancadas de Messi.
Depois do intervalo, Brasil e Argentina diminuíram ainda mais os riscos e, por consequência, o ritmo. Sergio Batista, treinador dos hermanos, também tinha motivo para isso, já que esse foi seu primeiro jogo depois de ser efetivado no cargo.
A seleção de Mano apostou nas bolas paradas de Daniel Alves, mas não teve sucesso. Robinho foi apagado e não comandou o ataque, como se esperava. A Argentina não foi muito diferente. A diferença quem fez foi Messi, o nome da noite e do primeiro carrasco de Mano.






sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sob nova direção

BOTAFOGO APRESENTA SUA NOVA DIRETORIA
E OS PLANOS PARA O CLUBE EM 2011
A nova diretoria do Botafogo Futebol Clube, eleita para o biênio 2011 e 2012, tomou posse ontem (quinta-feira, 11), numa solenidade em que apresentou todos os seus membros e detalhou os planos do clube para o ano que vem, quando a equipe do Belo disputará três competições: o Campeonato Paraibano, o Campeonato do Nordeste e a Copa do Brasil. Na ocasião, também foram apresentados os primeiros reforços do time para o próximo ano. Estiveram presentes na solenidade, a maioria dos diretores que farão parte dessa nova gestão dos negócios do clube. 

Sérgio Meira (esq), presidente Roberto Burity (centro) e o ex Alcedo Gomes
NOVA DIRETORIA:
Presidente: Roberto Burity
Vice presidente: Tico Gomes
Vice presidente administrativo: Sérgio Meira
Vice presidente de futebol: Domiciano Cabral
Vice presidente de patrimônio: Oddo Villar
Sub-diretores adjuntos: Francisco Silva, Raimundo Nóbrega e Cássio Sousa
Sub-diretor de patrimônio: Hermano Gomes
Vice presidente de finanças: Nivaldo Garcia
Vice presidente jurídico: Luís Augusto Crispim
Vice presidente de futebol amador: João Batista
Quanto ao planejamento do time para o ano que vem, a nova diretoria apresentou à imprensa os nomes dos atletas de que já dispõe no elenco, além da contratação de quatro novos jogadores para compor o novo time do Belo. A intenção da nova diretoria é montar um time com uma base técnica formada por jogadores que vêm atuando no clube há mais de um ano, sustentada por alguns nomes que venceram a Copa Paraíba de 2010, com uma nítida valorização da chamada “prata da casa”. Assim, dos dezenove jogadores apresentados para figurar no próximo elenco do Botafogo, oito são oriundos das categorias de base do clube. Para comandar esse novo elenco, ainda em formação, segundo a nova diretoria, a principal decisão tomada foi a permanência do atual técnico Francisco Diá, como chefe da comissão técnica.

Veja a lista do novo elenco (19 nomes) confirmado até a data de ontem:

Goleiros: Genivaldo, Andrezo e David
Laterais: Paulo Geovanni e Rogerinho
Zagueiros: Ricardo Mamborê, Alisson, Valterlan e Henrique
Volantes: Sorato, Célio e Ivan
Meio campo: Chapinha e Miltinho
Atacantes: Adão, Paulinho Macaíba, Matias, Vandeilson e Edmundo

ANÁLISE:

Fazer futebol pressupõe lidar com as variáveis de uma equação muito simples: dinheiro, talento, planejamento e organização. A despeito do clima de otimismo verificado ontem, por ocasião da posse da nova diretoria do Botafogo, que anunciou os planos para a equipe em 2011, é necessário refletirmos um pouco sobre os termos dessa equação à luz do seu entendimento (ou falta dele) pela atual diretoria do Botafogo.
No item dinheiro, parece que as coisas vão bem, a julgar pelas palavras do diretor Raimundo Nóbrega, que fez um balanço das despesas e receitas do clube, além das perspectivas de captação de recursos com as competições de maior porte de que o Botafogo vai tomar parte, a exemplo da Copa do Brasil e Campeonato do Nordeste, torneios que agregarão valores (pecuniário e de visibilidade) ao time da capital. Nas três variáveis restantes (talento, planejamento e organização) é que as coisas há muito tempo não andam muito bem pelo lado do Botafogo. E isso, devido a uma prática rotineira e crônica da qual pouquíssimos dirigentes que estiveram à frente do Clube conseguiram sair: falo da visão amadorística e pouco profissional que, de resto, sempre grassou em todos os setores do futebol paraibano.
Vamos lá, analisando item a item. Talento: com a existência do item anterior (o dinheiro), esse é o principal valor a ser agregado a uma equipe de futebol. E isso desde os membros da diretoria, comissão técnica (treinador, preparador físico, fisiologista etc) até, e principalmente, os jogadores, que devem ser escolhidos mediante critérios rigorosos de potencialidade técnica, comprometimento com o projeto do clube e consciência disciplinar, a abonar seus currículos analisados. Então, o que se tem nesse item, no atual botafogo? Uma diretoria com membros vacilantes, que ora dizem uma coisa e ora outra, em sentido contrário, a demonstrar fraqueza e pouca convicção quanto aos projetos que diz encampar; uma superposição de cargos e funções danosa a uma gerência minimamente profissional (a existência de um diretor de futebol, Giancarlos Dantas, e um supervisor de futebol, leia-se o empresário de jogadores, João Maria Belmont, que em princípio tem funções conflitantes (quem manda em quê - até onde vai ingerência de um e a do outro na definição da aquisição de jogadores, por exemplo?).
O item comissão técnica: numa avaliação equivocada, paroquial e caseira, portanto pouco profissional, a diretoria optou por ficar com um treinador que quase perde um título antecipadamente ganho - dada a eloqüente superioridade técnica do seu time ante os demais (o Belo tinha os melhores e mais experientes jogadores acima de 21 anos na Copa Paraíba) – ao invés de substituí-lo por um profissional mais experiente e sem ligações claras com empresários de jogadores, figuras que à sombra das quatro linhas, “escalam e desescalam” jogadores, mediante a complacência interessada de treinadores comprometidos com negócios dúbios e, portanto, obscuros. Veja-se os casos dos jogadores Ricardo Miaranda e Manu, que foram escanteados pela atual comissão técnica do Botafogo sem explicações plausíveis à torcida e sob a anuência omissa da diretoria anterior.
Agora, quanto aos novos nomes anunciados. Nada de novo, meu caro torcedor. Miltinho, Rogerinho e Henrique são nomes batidos e rebatidos no cenário futebolístico do Nordeste. E com um agravante: além de não agregarem maior valor à equipe, que deveria incluir nomes de peso para demonstrar o desejo de impor hegemonia desejável já com os nomes que entram em campo, ainda contribuem com um fator extremamente danoso na configuração do futebol moderno: a média de idade alta dos jogadores, o que inferiorizam as equipes já de entrada, nas disputas com equipes mais jovens. Veja-se o exemplo da Seleção Brasileira que foi á África do Sul e se saberá o que digo. Lembro que o Botafogo passa a contar, agora, com os jogadores, Miltinho, 33 anos; Edmundo, 41, e Rogerinho, já na casa dos 30. Para compensar, haverá quem ressalve, existem os jovens jogadores da base. Certo, digo eu. Mas esses jogadores são ainda muito inexperientes para ter jogado sobre os seus ombros as responsabilidades que deveriam caber aos atletas mais dotados de técnica e de experiência. A permanência de um bom número de atletas da base foi um acerto, mas esse recurso isolado se torna inócuo e pouco profícuo.
E aí vem a importância dos dois últimos itens da equação apontados lá em cima: planejamento e organização. A atual diretoria ainda não deixou claro qual o projeto do clube para o ano de 2011. Se é, por exemplo, vencer o Campeonato Paraibano para entrar na série D e voltar ao cenário nacional, auferindo visibilidade e, com isso, atraindo mais investimentos através de patrocinadores; se é fazer um bom Campeonato do Nordeste lutando pelo título, para fortalecer seu caixa com o dinheiro embolsado com os patrocinadores da competição (e não apenas tentar fugir do humilhante rebaixamento como a experiência desse ano) ou se é fazer uma boa Copa do Brasil para ficar na história do clube, ao contrário do seu foco recorrente em renda furtiva com apenas um jogo contra equipes grandes, estratégia errada e mal intencionada de todas as diretorias anteriores. Sobre estes pontos, a atual diretoria não se pronunciou. Ou quando o fez; foi vacilante e sem convicção alguma, algo que aponta justamente para a falta de projeto, isto é, de planejamento. Ainda nesse item, falta ao Botafogo – e isso é uma lacuna histórica – a criação urgente de um departamento de marketing, com profissionais competentes que possam recriar o valor do clube grande que é, o melhor da capital e, por isso, com todas as potencialidades de se firmar como o melhor do Estado, sendo a referência direta do nosso futebol no cenário nacional. Nesse campo, a atual situação do Belo é vergonhosa. Não tem assessoria de imprensa séria; não tem uma política de valorização dos seus produtos e marcas; não tem sequer um site decente na internet para divulgar a sua imagem e história. Tudo isso tem a ver com organização, que, por sua vez, tema a ver com planejamento, que por sua vez, tem a ver com talento, que por sua vez tem a ver com dinheiro cuja escassez e falta sempre serviu de desculpas para não se fazer o que deveria ser feito. Agora, não há mais desculpas: o dinheiro existe. A torcida do Botafogo espera – e torce muito – para que se feche a equação. João Pessoa e a Paraíba merecem ter um clube de futebol que seja profissional de verdade. E para um clube grande, há que se pensar grande!



quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Copa América 2011

DEFINIDOS EM SORTEIOS OS ADVERSÁRIOS DO BRASIL NA COPA AMÉRICA DO ANO QUE VEM


A Conmebol realizou, nesta quinta-feira (11), o sorteio da Copa América de 2011, que será realizada em julho, na Argentina. Atual bicampeão, o Brasil ficou no grupo B, ao lado de Paraguai , Equador e Venezuela. O torneio continental será a primeira competição oficial da seleção sob o comando do técnico Mano Menezes.
A estreia do Brasil será no dia 3 de julho, contra a Venezuela, em La Plata. Na sequência, enfrenta o Paraguai no dia 9 e o Equador em 13 de julho. Ambos os duelos estão programados para ocorrer em Córdoba.
A anfitriã Argentina está no grupo A da Copa América, ao lado de Colômbia, Japão e Bolívia. Já o grupo C tem como cabeça de chave o Uruguai, que enfrenta na primeira fase Chile, México, Peru.
A abertura da competição será entre Argentina e Bolívia no dia 2 de julho, em La Plata. A decisão está programada para 24 de julho, no estádio Monumental de Nuñes, em Buenos Aires. O campeão se classifica para a Copa das Confederações de 2013, no Brasil. Caso o time verde-amarelo ou um dos países convidados conquiste o título, a vaga ficará com o segundo colocado.
A definição dos grupos ocorreu em uma imponente festa realizada na cidade de La Plata. Brasil, Argentina e Uruguai foram os cabeças de chave do sorteio. Paraguai, Chile e Colômbia ficaram em um segundo pote, Equador e os convidados México e Japão em um terceiro, enquanto Venezuela, Bolívia e Peru em um quarto.
A edição 2011 da Copa América marcou o retorno do Japão para o torneio. O país asiático já havia sido convidado para participar da competição em 1999. Já o México disputará o torneio da Conmebol pela oitava vez.
A Argentina não sediava a Copa América desde 1987. A competição é encarada com grande expectativa pelo país, que venceu o torneio continental pela última vez em 1993. Das cinco edições anteriores, quatro foram vencidas pelo Brasil e uma pela Colômbia.
De acordo com o regulamento, se classificam para as quartas de final os dois primeiros colocados de cada grupo e os dois melhores terceiros colocados. Ao contrário de anos anteriores, a fase de mata-mata terá prorrogações de 30 minutos em caso de empate no tempo normal. Caso a igualdade persista, será realizada a disputa de pênaltis.


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Novos velhos campeões

CBF ESTUDARÁ LEGALIZAÇÃO DE TÍTULOS NACIONAIS
 CONQUISTADOS POR ALGUNS CLUBES BRASILEIROS ANTES DE 1971

O Fluminense Futebol Clube, do Rio de Janeiro, time que está mais próximo de vencer o Campeonato Brasileiro deste ano (está com um ponto na frente dos adversários mais próximos há apenas quatro rodadas do fim da competição), pode tornar-se de uma só vez tricampeão nacional ao invés de bi.
É que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recebeu nesta quarta-feira a visita de alguns presidentes de clubes que pleiteiam a unificação dos títulos nacionais disputados antes da criação do Campeonato Brasileiro, em 1971. Segundo o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, o pedido é “factível”.
Mandaremos fazer uma análise em cada um dos setores, como o setor técnico, para ver a possibilidade de legalidade dessa iniciativa que a princípio é factível”, disse o dirigente.
Foram à sede da CBF o presidente do Santos, Luiz Álvaro Oliveira, o vice-presidente do Botafogo, Antonio Carlos Mantuano, e o diretor executivo do Cruzeiro, Dimas Fonseca. No documento também há o pedido para o reconhecimento de títulos de Palmeiras, Fluminense e Bahia.
Os dirigentes pedem o reconhecimento de títulos nacionais conquistados entre 1959 e 1970 em competições organizadas pela entidade nacional, como a Taça Brasil e a Taça de Prata.
Temos que fazer uma análise em cada um dos setores envolvidos, de forma que não deverá demorar muito. Mas tem que ser feito um estudo”, completou Ricardo Teixeira.
Nesse período pleiteado pelos clubes, o Santos foi o maior vencedor de torneios nacionais, triunfando em cinco edições. Palmeiras (três), Cruzeiro, Bahia, Botafogo e Fluminense completam a lista dos campeões.

EM TEMPO: O Fluminense Futebol Clube antes de ser campeão brasileiro pela primeira vez em 1984, tinha vencido a Taça de Prata de 1970, competição de caráter nacional antecessora do campeonato brasileiro de futebol, criado em 1971. É o reconhecimento legal desse título nacional que o clube postula junto à CBF. O clube postula ainda, junto à FIFA, o reconhecimento legal do título da Taça Rio de 1952, competição intercontinental de clubes feita no formato do Mundial de Clubes de 2000, vencido pelo Corinthians. Se tiver sucesso nessas suas pretensões e, paralelamente, vencer o brasileirão desse ano, o Fluminense será, portanto, declarado tricampeão brasileiro (1970, 1984 e 2010)  e campão mundial de clubes (1952). 



terça-feira, 2 de novembro de 2010

Copa do Brasil 2011

TIMES CLASSIFICADOS PARA O SEGUNDO MAIOR CAMPEONATO DO BRASIL
A partir de fevereiro, começam os jogos da Copa do Brasil 2011. O campeonato, que irá durar até junho, é o segundo mais importante do país, perdendo apenas para o Brasileirão, e conta com a participação de 64 times. Além do título, o time que vencer a Copa do Brasil 2011 irá se classificar para a Copa Libertadores da América do ano seguinte.
Em 2010, o vencedor da Copa do Brasil foi o Santos. Mesmo perdendo a partida final para o Vitória, da Bahia, o time alvinegro foi o campeão. O time baiano ficou em segundo lugar. Após a decisão da Copa Paraíba em que o Botafogo-PB se sagrou campeão e conquistou a segunda vaga do Estado para a competição, confira, abaixo, quais são os times que participarão da Copa do Brasil do ano que vem, separados de acordo com cada unidade da federação.

CLUBES POR ESTADO
Acre: Rio Branco
Alagoas: Murici e ASA
Amapá: Ainda não definido
Amazonas: Peñarol e Fast Clube
Bahia: Vitória e Bahia
Ceará: Fortaleza
Distrito Federal: Ceilândia e Brasiliense
Espírito Santo: Rio Branco
Goiás: Goiás, Atlético Goianiense e Santa Helena
Maranhão: Iape
Mato Grosso: União Rondonópolis e Operário
Mato Grosso do Sul: Comercial e Naviraiense
Minas Gerais: Cruzeiro, Atlético Mineiro e Ipatinga
Pará: Paysandu e Águia de Marabá
Paraíba: Botafogo e Treze
Paraná: Coritiba, Atlético Paranaense e Iraty
Pernambuco: Santa Cruz, Sport e Náutico
Piauí: Comercial e Barras
Rio de Janeiro: Vasco da Gama, Fluminense, Botafogo e Flamengo
Rio Grande do Norte: ABC e Corintians de Caicó
Rio Grande do Sul: Grêmio, Caxias e Ypiranga
Rondônia: Vilhena
Roraima: Baré
São Paulo 1: Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Guarani
São Paulo 2: Portuguesa, Grêmio Prudente e Santo André
Santa Catarina: Avaí e Brusque
Sergipe: River Plate e São Domingos
Tocantins: Gurupi

PARTICIPAÇÃO DOS CLUBES PARAIBANOS ATÉ 2010
Botafogo (João Pessoa): 9 vezes
Treze (Campina Grande): 8 vezes
Campinense (Campina Grande): 5 vezes
Atlético (Cajazeiras): 2 vezes
Auto Esporte (João Pessoa):  2 vezes
Nacional (Patos): 2 vezes
Santa Cruz (Santa Rita): 2 vezes
Sousa (Sousa): 2 vezes