O futebol como um fenômeno da cultura brasileira

As coisas só acontecem por acaso, necessidade ou vontade nossa! Epicuro - filósofo.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

BOTAFOGO-PB_Temporada 2014_Apresentação do novo elenco


O campeão voltou
BOTAFOGO-PB APRESENTA O ELENCO 
PARA A TEMPORADA DE 2014

Fotos: Edônio Alves

Numa solenidade relativamente simples, mas cheia de otimismo para o ano que vem, o Botafogo-PB apresentou, nesta terça-feira (10), o elenco do time para a temporada de 2014. Depois de um “ano perfeito”, em que o clube conquistou o Campeonato Paraibano após dez anos e venceu ainda a Série D do Brasileirão, o time de João Pessoa retorna aos trabalhos pensando em voos ainda mais altos: promete brigar pelo bicampeonato estadual, por uma boa campanha no Nordestão e ainda com um possível acesso para a Série B.
Nesta terça, na Maravilha do Contorno, 29 dos 31 jogadores do time estiveram presentes. Os treinos já começam nesta quarta-feira.
Diante de um público superior a 200 torcedores (que pagaram ingresso para ter acesso ao local), e diante das duas taças conquistadas pelo clube no ano, todos os jogadores foram apresentados e saudados pela torcida. Destes, os mais festejados foram o atacante Frontini, ex-Vila Nova que chega ao Belo com o status de principal reforço para 2014; e os veteranos Warley e Genivaldo, atacante e goleiro respectivamente que, apesar de terem terminado o ano como reservas, seguem como grandes ídolos do time pessoense.
Zagueiro Valter

lateral Luciano Amaral
Zagueiro Magno Alves
Meia Leomir
O time atual é formado por seis novos jogadores (FOTOS), contratados após o fim da Série D, sete jogadores da base e 20 atletas remanescentes da competição nacional. Dentre todos, as exceções entre os presentes foram o lateral esquerdo Celico, que teve problemas no voo para João Pessoa; e o atacante Cláudio, que alegou problemas pessoais. Ambos chegam à Maravilha do Contorno na manhã desta 4ª feira.




Atacante Frontini
De acordo com o gerente de futebol do Belo, Giancarlo Dantas, os exames médicos e físicos já foram praticamente concluídos. Dos jogadores que já estão no clube, apenas o zagueiro Magno Alves, que chegou por último, ainda não passou pelos testes. Ele deve fazê-los junto com os dois atletas que desembarcam amanhã.
Zagueiro Igor
Com relação aos treinamentos, o time tem um primeiro compromisso logo às 8 horas desta quarta, quando o grupo vai participar de uma atividade física numa academia da cidade. Já foi informado também que o clube vai ter uma nova atividade à tarde, mas ainda não foi definida qual será esta.
Música e fé
A tarde botafoguense não se resumiu à apresentação dos jogadores. Antes, um coral da cidade, que faz parte do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil da Prefeitura de João Pessoa, se apresentou cantando o hino do Botafogo da Paraíba. E depois da apresentação, foi realizado um ato ecumênico com a presença de diferentes líderes religiosos.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Copa do Mundo 2014_Brasil_Sorteio dos Grupos

Iniciando a disputa

Brasil estreia contra Croácia e pode pegar Espanha ou Holanda nas oitavas


O Brasil conheceu nesta sexta-feira seus primeiros adversários na busca pelo sexto título mundial. Em sorteio realizado na Costa do Sauipe, Croácia, Camarões e México foram selecionados para enfrentar a seleção brasileira na fase de grupos da Copa do Mundo de 2014. Livre de um 'grupo da morte' no início da competição, os anfitriões podem encarar Espanha ou Holanda, integrantes do grupo B, logo nas oitavas de final.
Por ser país-sede do Mundial, o time comandado por Luiz Felipe Scolari era o único cabeça de chave que já tinha lugar definido antes do sorteio, integrando o grupo A, e fará o jogo de abertura da Copa contra os croatas no dia 12 de junho, às 17h (horário de Brasília), no Itaquerão, em São Paulo. Os demais confrontos da primeira fase serão em Fortaleza (17/06, às 16h), diante dos mexicanos, e em Brasília (23/06, às 17h), contra os camaroneses.

Os dois primeiros colocados da chave brasileira enfrentarão nas oitavas de final as equipes classificadas do grupo B, que conta com Espanha, Holanda, Chile e Austrália. A estreia dos espanhóis será contra os holandeses, em reedição da última final da Copa do Mundo. A grande probabilidade das duas seleções avançarem às oitavas deixa o Brasil como favorito com projeção mais difícil para o início do mata-mata.
O tão temido 'grupo da morte' acabou formado na chave D. Cabeça de chave, o Uruguai ganhou a companhia de Itália e Inglaterra, além da Costa Rica. Em contrapartida, o grupo H, integrado por Bélgica, Rússia, Argélia e Coreia do Sul, foi considerado o mais fraco.
Dentre as cidades-sedes da Copa, quem se deu bem foram São Paulo e Salvador. Além da estreia do Brasil, a capital paulista receberá o duelo entre os campeões mundiais Inglaterra e Uruguai. Já a cidade baiana será palco da partida entre Espanha e Holanda e do jogo entre Alemanha e Portugal.
Na questão do deslocamento pelo Brasil, quem mais viajará serão os Estados Unidos, que percorrerão 5.609 quilômetros em dez dias por jogar em Natal, Manaus e Recife. Já a Bélgica será a seleção que se deslocará menos durante a primeira fase do Mundial.
As 32 seleções que participaram do sorteio desta sexta-feira foram divididas em quatro potes. O recipiente 1 contava com os cabeças de chave Espanha, Alemanha, Argentina, Colômbia, Bélgica, Suíça e Uruguai, definidos pelo ranking da Fifa, além do país-sede Brasil.
No pote 2 estavam os cinco representantes africanos e dois representantes da Américas do Sul. O terceiro era integrado por quatro asiáticos e quatro países da América Central e do Norte. Por fim, o quarto pote era formado por nove representantes da Europa.
 A cerimônia de sorteio dos grupos da Copa do Mundo foi comandada pelo casal de atores Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert e contou com a participação de ex-jogadores como o francês Zidane, o uruguaio Ghiggia, o italiano Cannavaro, o inglês Hurst, o alemão Matthaus, o argentino Kempes e o espanhol Hierro.
O evento ainda teve as apresentações dos artistas brasileiros Alcione, Emicida, Vanessa da Matta, Alexandre Pires e Olodum como atrações musicais e realizou homenagens ao falecido líder sul-africano Nelson Mandela, que morreu na última quinta-feira aos 95 anos.



segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Campeonato Brasileiro_Série D_Partida FINAL


É campeão!
BOTAFOGO-PB BATE O JUVENTUDE-RS 
E ARREBATA SEU PRIMEIRO TÍTULO NACIONAL

Com Globoesporte.com/paraiba
CAMPEÃO DA SÉRIE D: O meia e capitão do Botafogo, Lenilson, ergue a taça do título inédito do clube e toda a Paraíba

Foi emocionante. Foi arrepiante. Um teste para as torcidas dos dois times. Mas estava escrito que o ano de 2013 seria do Botafogo-PB, que neste domingo venceu o Juventude por 2 a 0 e foi campeão brasileiro da Série D. É o primeiro clube da Paraíba a conquistar um título nacional homologado pela CBF, justamente no ano que que a equipe de João Pessoa renasceu.
Isto mesmo. O Botafogo-PB não era campeão paraibano desde 2003 e não participava de um Brasileirão desde 2006. Mas este era o ano de quebrar as escritas e voltar a ser grande. O Belo venceu o Estadual no primeiro semestre e neste final de semana conquistou o que nenhum outro paraibano tinha conquistado ainda.
Já o Juventude saiu de campo com um vice-campeonato honroso. Ao longo de todos os 90 minutos o clube ficou perto do título. Atacou e buscou o gol. Esteve muito perto de conseguir. Quase marcou nos acréscimos. Mas não deu. Os gaúchos, que no passado já foram campeões da Série B e da Copa do Brasil, desta vez ficaram em segundo lugar.


Festa começa ainda no primeiro tempo
O jogo começou com o Botafogo partindo para o ataque logo no início. Sempre pela esquerda, com boas participações de Celico, o clube de João Pessoa conseguiu três escanteios a seu favor. Num dos lances, Lenílson passou a bola para Fausto, que chutou forte em gol. O volante Possebon foi quem salvou o time gaúcho.
E com o Belo no ataque, a festa da torcida botafoguense era grande. A massa empurrava o time da casa, que seguia no setor ofensivo. Só dava Belo. E aos 14 minutos o time esteve perto de abrir o placar. Em cobrança de escanteio de Pio, Rafael Aidar desviou no primeiro pau. A bola sobrou para Rafael Aidar, que desmarcado, perdeu um gol incrível.
Seguia-se o jogo, com o gol do Belo cada vez mais perto de sair. Isto aconteceu aos 20 minutos, mais uma vez de cobrança de escanteio pela esquerda. Pio cobrou na cabeça do zagueiro uruguaio Mario Larramendi, que colocou com violência em gol. Festa do Belo. Festa no Almeidão. Com mais de 20 mil torcedores em festa.
O título, contudo, não sairia sem muito sofrimento. Porque após o gol, o Juventude, que via a taça lhe escapar, resolver ser mais agressivo em campo. E o time que até então estava acuado foi para o ataque. Rogerinho e Zulu eram as duas principais referências ofensivas do clube gaúcho, que chegava com cada vez mais perigo ao gol de Rémerson.
A melhor chance do Juventude no primeiro tempo, no entanto, só saiu aos 43 minutos. Rogerinho avançou até a intermediária, puxou mais para o meio e soltou uma bomba. A bola beliscou a trave e foi para fora.
Jogo franco no segundo tempo
A etapa final do último jogo da Série D de 2013 foi espetacular. E um teste para as duas torcidas. Isto porque os dois times tiveram chances para marcar. O Belo para ampliar e ficar mais perto do título. O Juventude para empatar e para roubar a taça que a cada minuto ia ficando com os paraibanos.
Mas os 10 primeiros minutos foi só do Juventude. Que atacava implacavelmente, enquanto os botafoguenses se resumiam a defender da forma que conseguiam. Paulo Josué, que entrou no intervalo e já tinha marcado o gol da vitória do primeiro jogo, foi quem primeiro testou Rémerson. Douglas chegava com igual perigo alguns minutos depois.
O Botafogo só melhorou aos 13 minutos, quando o técnico Marcelo Vilar tirou Fausto e colocou Warley. O ídolo botafoguense entrou em campo incendiando o jogo. Com fôlego renovado, ele entrou na área aos 16 e aos 17 minutos. No primeiro lance, ia marcar quando o goleiro Aírton saiu nos pés do atacante. Os botafoguenses pediram pênalti, mas o árbitro não deu nada. Já no segundo lance, a bola sobrou dentro dá área nos pés do jogador, que chutou mal.
O time de Caxias do Sul não estava morto. Respondeu aos 21 minutos. Rogerinho cruzou para Diogo, que finalizou de cabeça. Rémerson fez uma bonita defesa. Aos 26, Ermel chegava mais uma vez, mas a bola foi para fora. A resposta do Belo foi aos 36. O time resistia como podia e ainda avançava ao ataque. Lenílson tentou um primeiro chute. Errou. Na sequência, Doda chutou no ângulo. A bola saiu por muito pouco.
Era emocionante. Era suado. Era angustiante. A qualquer momento, um ou outro poderia marcar. O Juventude esteve muito perto. Mas, já nos acréscimos, quando o Ju estava no ataque, pressionava e estava muito perto do gol, quem marcou foi o Belo. Rafael Aidar saiu num contra-ataque fulminante e fez 2 a 0. O Almeidão naquele momento era uma festa só. O Botafogo já era o primeiro paraibano a ser campeão brasileiro, ainda que seja da Série D.
FICHA TÉCNICA:
BOTAFOGO x JUVENTUDE
BOTAFOGO: Rémerson, Ferreira, Mario Larramendi, André Lima e Celico; Zaquel, Pio (Hércules), Doda e Lenílson (Izaías); Fausto (Warley) e Rafael Aidar. Técnico: Marcelo Vilar
JUVENTUDE: Airton, Juliano, Claudinho, Diogo e Gerley (Ermel); Possebon, Mika (Paulo Josué), Dê e Douglas; Rogerinho (Brenner) e Zulu. Técnico: Lisca
Gols: Mario Larramendi aos 20 minutos do 1º tempo e Rafael Aidar aos 46 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: André Lima e Fausto (Botafogo-PB).
Local: Estádio Almeidão, em João Pessoa. Competição: Campeonato Brasileiro da Série D - Final.
Público e renda: 19.619 pagantes (401 não-pagantes) e renda de R$ 430.419.
Arbitragem: Felipe Gomes da Silva (PR), Flávio Gomes Barroca (RN) e Luís Carlos Câmara (RN).

domingo, 3 de novembro de 2013

Campeonato Brasileiro_Série D_Final_CRÔNICA



O dia D

POR Edônio Alves


Agora, não tem jeito. É hoje. Não passa de hoje. Pode ser por uma diferença mínima de um gol, se não tomar nenhum tento do adversário, ou de uma vantagem de dois gols no placar, qualquer que sejam os números finais, mas o Botafogo da Paraíba hoje entra para a história do futebol brasileiro e estadual como o primeiro time paraibano a ser campeão nacional. Campeão brasileiro da Série D, a quarta divisão do melhor e mais exitoso futebol do mundo.
E, se isto acontecer, vai jogar o ano que vem na Série C do Campeonato Brasileiro, envergando, na sua gloriosa camisa alvinegra da estrela vermelha, o distintivo da CBF (aquele que só aos campeões nacionais é dado o privilégio de portar) que só os grandes clubes brasileiros já exibiram aos seus torcedores. Uma honraria rara e nobre, merecida para quem é forte, bom e bravo; ousado e  superior, aquele que olha de cima da montanha (que é mais do que uma serra) e enxerga o vertiginoso mar a contemplar o infinito lá embaixo e diz: "Conspirando mitos, o mar medonho, deita-se indomável a nossos pés".
Pois bem! E é assim que um time marítimo e capital - no sentido de que é o principal, a cabeça, algo essencial, fundamental e primário; o de dentro para fora e de fora para dentro (não apenas o interior) -, é assim, dizia eu, que um time maiúsculo do Estado da Paraíba devassará esse domingo de sol e fará história para sempre na memória relevante do futebol brasileiro.
Outros já tentaram chegar a esse ponto, é bem verdade. Houve quem, no afã de pretender ser assim, gigante, sem sequer ser grande ainda, criasse para si até uma lenda. Bem naquela linha do "se a lenda é maior que os fatos, publique-se a lenda". Surgiu daí uma fabulação mitômana e megalomaníaca de se considerar, por conta própria, um legítimo campeão brasileiro da Paraíba, sem que houvesse fato e reconhecimento legal da CBF para isso. Houve quem, é bem verdade, verdade mesmo, chegasse legítima e brilhantemente a uma parte disso, apenas; uma parte do caminho unicamente, se tornando de fato e de direito o primeiro campeão regional da Paraíba. Um verdadeiro campeão do Nordeste brasileiro. Um bravo arrebatador da "Lampions League". O glorioso Campinense Clube.
Mas, meus amigos, nunca houve no Estado da Paraíba quem fizesse mais do que isso em matéria de futebol. Quem se tornasse a parte e o todo ao mesmo tempo. A partir de hoje, haverá, todavia. E gravem para sempre na memória: esse clube será o Botafogo da Paraíba, o já maior vencedor de títulos estaduais de todos os tempos, o matador de tricampeões brasileiros, o agora também campeão brasileiro insofismável. Basta isso para dizer da importância do dia de hoje (domingo, 03 de novembro de 2013) para os torcedores do Botafogo de João Pessoa.
Amanhã, a segunda-feira na nossa cidade, está decretado, na nossa bela e marítima capital de todos os paraibanos, decorrerá mais feliz. Não será aquele dia tedioso e depressivo de sempre. É isso que a massa alvinegra da estrela vermelha (agora brilhando como nunca), a imensa torcida do Belo em todo o Estado, promete realizar.
A rara e singular conquista maior do clube, o campeonato brasileiro da série D, é óbvio, estará amparada nos fatos que expressam os números da travessia. Terão sido 15 partidas jogadas até aqui na competição nacional (antes desta final de hoje). Destas, oito foram vitoriosas para o Botafogo. Duas ficaram empatadas e cinco foram perdidas. A vitória do título, portanto, será a nona da campanha exitosa do ano de 2013 em que dois títulos importantes terão sido levantados: o campeonato estadual da Paraíba e o brasileiro da quarta divisão.
Não preciso dizer que este clube nasceu com a vocação para a glória e que por isso, só por isso, é timbrado como Belo, um qualificativo invejado que diz tudo e muito mais.


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Campeonato Brasileiro_Série D_Final_1º Jogo


Correndo atrás
BOTAFOGO-PB PERDE PARA O JUVENTUDE
 E TERÁ QUE DAR O TROCO EM CASA
 PARA SER CAMPEÃO
 
Com GLOBOESPORTE.COM Porto Alegre 
Atacante, Zulu, do Juventude, marca o seu gol e comemora o resultado que terá que confirmar no jogo de volta
Na primeira final da história da Arena do Grêmio, realizada na tarde deste domingo (27), em Porto Alegre, deu Juventude (o jogo não pôde ser em Caxias do Sul porque o time da casa foi punido pelo STJD). O clube do interior gaúcho venceu o Botafogo-PB por 2 a 1 e está a um empate do título da Série D de 2013. Mas o resultado não chega a ser ruim para o clube de João Pessoa, que vai fazer o segundo jogo da decisão em casa e precisa apenas de uma vitória simples para ser campeão.
O jogo, assim, deixou tudo em aberto. E a definição do campeão da Série D só vai acontecer no próximo domingo, no Estádio Almeidão, em João Pessoa. O Juventude fica com o título se vencer ou empatar, ou mesmo se perder por um gol de diferença desde que marque ao menos duas vezes. Já o Botafogo conquista a taça se vencer pelo placar de 1 a 0 ou se vencer por pelo menos dois gols de diferença. Caso o Bota vença por 2 a 1, a decisão vai para os pênaltis.
Isto acontece por causa do gol do Botafogo marcado fora de casa e que vale como critério de desempate. A partida decisiva está confirmada para às 16h da Paraíba (17h no horário de verão de Brasília).
Gol relâmpago
O jogo começou com um gol relâmpago do Juventude. Logo aos três minutos de jogo, o atacante Zulu recebeu e de longe percebeu que o goleiro Remerson estava adiantado. O jogador chutou de cobertura e marcou um golaço. Festa dos pouco mais de quatro mil torcedores do time gaúcho que compareceram à Arena do Grêmio.
O Belo, contudo, não se abateu. E mesmo com o gol sofrido foi para o jogo. Com paciência, foi aos poucos encontrando os espaços para chegar ao ataque. O primeiro lance de real perigo aconteceu aos 14 minutos. Pio tocou para Lenílson, que de cabeça colocou a bola para dentro do gol. Mas o árbitro Raphael Claus anulou o lance dizendo que o meia estava em posição de impedimento.
Poucos minutos depois, o Botafogo chegou mais duas vezes com perigo. Na primeira, Fausto driblou dois jogadores e obrigou o goleiro Airton a fazer uma bonita defesa. No lance seguinte, falta para o Belo. Pio cobrou na trave e no rebote Lenílson quase empatou. Foi por pouco. O time de João Pessoa era melhor, mas não conseguiu o empate na etapa inicial.
Um gol para cada lado na etapa final
Tal como aconteceu no primeiro tempo, o segundo começou com gol. Desta vez, contudo, do time visitante. Aos quatro minutos de jogo, Ferreira lançou Rafael Aidar. Ele chutou forte sem chances para o goleiro Airton e empatou o confronto: 1 a 1.
No minuto seguinte, o Botafogo esteve perto da virada. Zaquel chutou forte, mas desta vez Airton fez uma bela defesa e colocou para fora. A resposta do Ju aconteceu aos nove minutos. Mika, que tinha acabado de entrar, driblou o zagueiro Marcel e chutou cruzado. A bola passou por Remerson, mas acabou saindo pela linha de fundo.
Aos 22 minutos do segundo tempo, a substituição que mudou a história do jogo. O treinador Lisca, do Juventude, tirou Rogerinho e colocou em seu lugar Paulo Josué. E dois minutos depois ele marcava o gol da vitória do Juventude, logo na primeira vez que tocou na bola. Douglas aproveitou Remerson mais uma vez adiantado e soltou uma bomba. O goleiro botafoguense defendeu, mas deu rebote. Paulo Josué chutou e colocou o Juventude mais uma vez em vantagem.
Ainda tinha jogo pela frente. E o Belo foi atrás do gol. Teve mais posse de bola e ficou a maioria desta segunda metade de segundo tempo no campo de ataque. Mas ele só teve uma única chance real de gol. Izaías lançou Aidar, que fez um belo movimento de corpo, colocou a bola para a perna esquerda e chutou forte. A bola ia em direção do gol, mas o zagueiro Claudinho conseguiu cortar.
O time de João Pessoa continuou no ataque até os minutos finais, sempre buscando o empate, mas a bola insistia em não entrar. Ora o chute ia para fora, ora saia fraco demais e não preocupava o setor defensivo do time gaúcho. Assim, a vitória do Juventude por 2 a 1 persistiu até o fim.

JUVENTUDE 2 X 1 BOTAFOGO-PB
 
Data: 27/10/2013 (domingo)
Local: Arena do Grêmio, em Porto Alegre
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Auxiliares: Jose Roberto Larroyd e Eder Alexandre
Público: 4.083 pessoas
Renda: R$ 148.510,00
Cartões amarelos: Chicão e Flávio (JUV); Marcel e Pio (BOT)

JUVENTUDE:
Airton; Chicão, Flávio, Claudinho e Gerley; Rodrigo Possebon, Dê, Itaqui (Mika) e Rogerinho (Paulo Josué); Douglas (Juliano) e Zulu
Técnico: Lisca

BOTAFOGO:
Rémerson; Ferreira, Marcel, Ferreira e Celico; Zaquel, Hércules, Pio (Isaías) e Lenílson (Fábio Neves); Fautos e Rafael Aidar (Warley)
Técnico: Marcelo Vilar

 
 
 

 
 
 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Campeonato Brasileiro_Série D_Semifinal_2° Jogo (mata-mata)


Na final
BOTAFOGO VENCE SALGUEIRO OUTRA VEZ
 E DECIDE O TÍTULO DO BRASILEIRÃO

 
 Com globoesoprte.com/pb
Comemoração do primeiro gol do Botafogo na arrancada rumo ao título inédito da Série D do Brasileirão
 
Botafogo-PB e Salgueiro voltaram a campo neste domingo, para escrever o nome na história da Série D do Brasileiro. E essa honra coube ao time paraibano, que voltou a vencer o Carcará pernambucano, agora por 2 a 0, e vai decidir o inédito título da competição nacional. Os gols do Belo foram marcados por Ferreira e Izaias, um em cada tempo.
O Bota entrou no gramado do Estádio Almeidão, em João Pessoa, com vantagem de poder perder até por 1 a 0, já que havia vencido o Salgueiro no jogo da ida por 2 a 1, no interior de Pernambuco.
O time agora vai esperar o adversário da final, que sairá do confronto entre Juventude-RS e Tupi-MG, que farão a outra semifinal em duas partidas. O time mineiro acabou ficando com a vaga e o acesso na Série C, após a vitória por 3 a 2 sobre o Mixto do Mato Grosso, também neste domingo.
O jogo
Mesmo empurrado pela torcida, o Botafogo tomou um sufoco do Salgueiro nos primeiros 15 minutos do primeiro tempo. Aliás, essa pressão do adversário era algo esperado pelos botafogunses, já que time pernambucano havia perdido o jogo da ida por 2 a 1.
O Carcará teve três boas chances de marcar. Em uma delas, Elvis cobrou falta para dentro da área do Belo, mas o atacante Fabrício empurrou o zagueiro Marcel. Depois disso, o time paraibano foi se reorganizando em campo e passou a investir contra a meta do goleiro Mondragon.
Um exemplo disso foi o lance em que o meia Lenílson chutou forte da entrada da área e o zagueiro Ricardo Brás colocou a mão. Falta perigosa. Na cobrança, o lateral-direito Ferreira chutou forte no canto esquerdo do goleiro Mondragon, que só ficou olhando a bola entrar. Estava aberto o placar aos 31 minutos.
No finalzinho do primeiro tempo, o Belo quase ampliou. Lenílson avançou, mas sofreu falta perto da área. Na cobrança, Pio chutou forte, Mondragon deu rebote e na sequência, Hércules mandou a bola para fora. Na saída para o intervalo, o placar do jogo estava 1 a 0 para o Bota.


Torcida do Botafogo fez a festa na partida em que o time chegou a sonhada decisão de um título nacional
 
Izaías entra no segundo tempo e sela classificação do Botafogo
Na volta para o segundo tempo, o Belo não mudou sua postura. E quase ampliou o placar logo aos seis minutos. Pio recebeu a bola de Ferreira, viu o goleiro Mondragon adiantado e chutou forte. Só que o camisa 1 do Carcará conseguiu se recuperar e evitou o gol botafoguense.
Com a equipe visitante buscando a reação, o Belo diminuiu o ritmo e por pouco não foi penalizado por isso. Em contra-ataque, Fabrício recebeu a bola de Kanú e chutou rasteiro no canto de Remerson, mas ela acabou indo para fora, isso aos 19 minutos.
Mesmo com a vantagem construída no primeiro tempo, o técnico Marcelo Vilar decidiu fortalecer o time. Ele trocou Fausto e Pio por Warley e Izaias. E em seu primeiro lance, o volante teve melhor sorte e ampliou a placar para o time botafoguense: 2 a 0, aos 35 minutos. Izaías havia marcado na vitória do Belo por 2 a 1 lá em Salgueiro.
A torcida do Bota fez a festa nas arquibancadas, repetindo o gesto da conquista do título estadual e o acesso para Série C. Tranquilo, o Bota passou a administrar o resultado. Mas perto do finalzinho, Doda acabou sendo expulso após se desentender com Moreilândia. Nada que atrapalhasse a festa alvinegra no Almeidão.
 

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Campeonato Brasileiro_Série D_Semifinal_1° Jogo (mata-mata)


Quase lá
BOTAFOGO VENCE O SALGUEIRO FORA DE CASA E FICA COM UM PÉ NA FINAL


Comemoração dos jogadores do Belo na vitória que põe o time à beida da decisão da Série D do Brasileirão
O Botafogo-PB conseguiu dar neste domingo um importante passo rumo à final da Série D do Campeonato Brasileiro de 2013. Jogando contra o Salgueiro, na casa do adversário, o clube de João Pessoa venceu por 2 a 1 e agora pode até perder por 1 a 0 dentro de casa que ainda assim estará classificado. O jogo, que teve início às 16h, aconteceu no Estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro-PE.
O Botafogo abriu o placar no início do primeiro tempo, com Doda, mas acabou sofrendo o empate nos acréscimos da etapa inicial, após gol contra de Marcel. No segundo tempo, Izaías saiu do banco para colocar o Belo mais uma vez na frente. E tal qual no primeiro tempo, o Salgueiro teve uma chance incrível nos acréscimos. Desta vez, contudo, Ferreira salvou na linha e garantiu a vitória.
Agora, os dois times voltam a jogar no próximo domingo no Estádio Almeidão, em João Pessoa. Qualquer empate ou vitória para o Botafogo classifica o time de João Pessoa, que também se classifica mesmo com derrota por 1 a 0. Se o Salgueiro devolver o 2 a 1 leva as disputas para os pênaltis. Qualquer outra vitória do Salgueiro classifica o time pernambucano.
Um gol no início, outro no fim
O jogo foi equilibrado desde o início. Os dois times atacavam e obrigavam os respectivos goleiros adversários a fazerem boas defesas. E logo aos 12 minutos o Botafogo-PB abriu o placar. O atacante Fausto fez boa jogada e tocou para Doda, que de primeira meteu em gol sem chances para o goleiro Mondragon.
O jogo era no interior pernambucano, mas quem fazia festa naquele momento era a torcida de João Pessoa, que compareceu em bom número ao Estádio Cornélio de Barros.
O Salgueiro, contudo, não se abateu. E continuou chegando de tempos em tempos com perigo. O principal nome do time era Fabrício Ceará, que obrigou Remerson a fazer duas belas defesas. A primeira após chute rasteiro e a segunda após uma cabeçada que entraria em gol.
Pouco depois, Paulinho Macaíba respondeu para o Botafogo. Ele conduziu a bola e ainda teve tempo de ajeitá-la antes de soltar o chute. A bola passou com muito perigo, mas saiu pela linha de fundo.
Aos 39 minutos, o Salgueiro voltava ao ataque. Cléberson avançou e foi derrubado na entrada da área. Falta perigosa. Élvis soltou uma bomba e a bola foi na trave.
Seguia o jogo. E o Belo administrava bem a posse de bola, fazendo com que o tempo passasse. Mas aos 46 minutos, já nos acréscimos, veio o empate. Aílton cobrou escanteio e Marcel tentou cortar. A bola, contudo, foi em direção ao gol. Remerson ainda conseguiu tirar, mas o árbitro confirmou o gol dizendo que a bola já tinha entrado.
Belo volta a marcar e garante vitória fora de casa
A etapa final se iniciou de forma semelhante ao primeiro tempo. Os dois times buscavam o gol e chegavam com perigo. Pelo lado do Belo, tinha entrado no intervalo Izaías no lugar de Pio. Ele seria um personagem chave minutos depois.
Antes, porém, Paulinho Macaíba foi quem chutou primeiro, para boa defesa de Mondragon. Em seguida, Élvis respondeu para o Salgueiro. E desta vez foi Remerson quem defendeu.
Aos 16 minutos, saiu o segundo gol do Botafogo-PB, que viria a ser o da vitória botafoguense. E foi marcado justamente por Izaías, que tinha entrado pouco antes. Ferreira cobrou falta na área. Izaías e Fausto avançaram deixando a zaga adversária confusa e o volante foi quem meteu em gol.
Pouco depois o Belo quase ampliou. Fausto na entrada da área meteu uma bomba e obrigou Mondragon a se esticar todo para defender.
Era um excelente resultado para o Botafogo. Mas ele só foi possível graças ao setor defensivo do Belo. O nigeriano Yerien, ex-Treze e que tinha entrado no meio do segundo tempo, chegou duas vezes. Na primeira, Remerson defendeu. Na segunda, aos 47, o goleiro falhou. A bola passou e ia entrando em gol, mas Ferreira tirou a bola na linha e garantiu o empate.
 

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Campeonato Brasileiro_Série D_Quartas de final_4° jogo (mata-mata)



Na série C de 2014
BOTAFOGO VENCE OUTRA VEZ O TIRADENTES
 E GARANTE ACESSO NO BRASILEIRÃO
 
Com Globoesporte.com/pb
Jogadores do Belo comemoram o tão sonhado acesso do clube de João Pessoa à 3ª Divisão do Brasileirão
O Botafogo-PB deu o bote na hora certa, venceu ontem (22), no Estádio Presidente Vargas, e garantiu vaga na Série C do Campeonato Brasileiro do ano que vem. Com vitória por 1 a 0 sobre o Tiradentes, pelas quartas de final da Série D, o Belo segurou a pressão do Tigre da Polícia Militar e conseguiu o acesso. Agora, já classificada, a equipe paraibana encara o Salgueiro-PE, em uma das semifinais da Quarta Divisão Nacional. Ao time cearense, restou a resignação de ter tentado.
O triunfo do Botafogo veio ainda no primeiro tempo. O time paraibano começou melhor e, mesmo com o equilíbrio do Tigre, conseguiu a vitória. Lenílson, em jogada individual, achou brecha na defesa adversária e finalizou no canto do goleiro Roberto.
Do outro lado, o Tigre da PM se mostrou inseguro em alguns momentos da partida e perdeu chances reais de marcar gols e até virar a partida. Com Ribinha, Reginaldo Júnior e Manoelzinho, a equipe criou as melhores chances, mas não soube finalizar.
 O bote do Belo
A partida começou com maior pressão do Botafogo-PB. O time paraibano armou uma boa marcação e não deixava os jogadores de meio-campo do Tiradentes sequer sair jogando no toque de bola. Com isso, o Belo tinha mais posse de bola e ameaçava mais. Aos sete minutos, Pio cobrou falta e o goleiro Roberto mandou para escanteio.
Só depois dos 15 minutos, o Tigre da Polícia Militar começou a ter mais posse de bola e criar chances no ataque. O primeiro lance de perigo ocorreu somente aos 30 minutos. Índio chegou pela esquerda e cruzou para Pedro Bambu. O meia cabeceou, mas a bola ficou com o goleiro Remerson.
A partir daí, a partida ficou igual para os dois times. Ambos criaram boas jogadas de ataque. Aos 33, Ribinha não abriu o placar por pouco. Pedro Bambu lançou o atacante, que chutou cruzado na saída de Remerson. Com o goleiro 'vendido', o zagueiro Marcel salvou quase em cima da linha.
Mas após o gol perdido, o Tigre foi desatento na defesa. Cinco minutos depois, em jogada despretensiosa de Lenílson, o atacante do Belo chutou no canto esquerdo do goleiro azul-grená. E venceu sua meta, abrindo o marcador no Estádio Presidente Vargas: 1 a 0.
Domínio sem gol
Na volta para o segundo tempo, o Tiradentes precisava ser mais incisivo no campo de ataque. Com o revés, o time cearense tinha quer marcar dois gols para levar a partida para os pênaltis. Ou fechar a etapa final com três tentos para garantir o acesso direto à Série C.
E o Tigre começou a toda velocidade. Com três minutos, Reginaldo Júnior dominou a bola, driblou o goleiro Remerson, mas hesitou na hora da finalização e mandou na trave. Gol 'feito' perdido no PV. Na sequência do jogo, os donos da casa continuaram com a mesma pressão e com mais posse de bola. O Botafogo chegava em contra-ataques, mas sem praticamente finalizar a gol. O mesmo Remerson ainda salvou chutaço de Manoelzinho.
O panorama seguiu muito parecido durante o restante do jogo. Exceto por duas jogadas de perigo do Belo. Na primeira, Roberto espalmou bola e Lenílson perdeu gol cara a cara. Na sequência seguinte, Doda perdeu duas vezes chance de marcar. Depois, o Tigre continuou sua pressão, mas sem conseguir tirar a diferença no placar.


Ficha Técnica
TIRADENTES: Roberto, hiaguinho, Ribamar, Rafael, Camilo, Pedro Bambu, Walter, João Neto (Manoelzinho), Ribinha, Índio e Reginaldo (Rafinha). Téc: Danilo Augusto
BOTAFOGO: Remerson, Ferreira, André Lima (Mario), Marcel, Celico, Zaquel, Hércules, Pio, Lenílson, Fausto (Macaíba) e Aidar (Doda). Tec: Marcelo Vilar
Gols: Lenílson (Botafogo)
Cartão amarelo: Pedro Bambu (Tiradentes), Hércules, Fausto, Zaquel, Ferreira (Botafogo)
Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva/PA
Auxiliar 1: Bruno Boschilia/PR
Auxiliar 2: Cleriston Clay Barreto Rios/SE
4° Árbitro: Claudionor dos Santos Junior/SE
Delegado: Fernando Jose de Castro Rodrigues/PA

 
 

domingo, 22 de setembro de 2013

Histórias de FUTEBOL


 
Mãe é mãe e estrela é estrela

 
 
 
POR Edônio Alves
 

            A frase acima é um pouco insólita para servir de título de uma coluna sobre futebol, mas ela tem lá sua validade. E o leitor, com certeza, logo entenderá o porquê. É que a sentença traz à tona dois dos maiores símbolos de harmonia, ventura, sorte, sucesso, com que a natureza nos presenteou.

            Já explico. Estava eu numa conversa prazerosa com um dos maiores ídolos do Botafogo da Paraíba de todos os tempos, o meia Magno, quando ele me contou uma história de futebol que eu não conhecia e que resolvi trazer aqui para vocês para que o caso se perpetue na memória do torcedor botafoguense. Antes, contudo, deixem que eu apresente as circunstâncias de tal conversa, uma vez que ela talvez explique tudo muito mais do que o papo em si, transcorrido entre sorrisos frouxos e gargalhadas de ambas as partes.

            Momentos antes da primeira partida entre Botafogo-PB e Tiradentes-CE, transcorrida no estádio Almeidão, aqui em João Pessoa, num tira-teima para se saber qual dos dois times terá uma vaga na série C do Brasileirão do ano que vem, o jogador Magno foi homenageado pela diretoria do Belo como um dos patrimônios imateriais do clube em todos os tempos pelo que acrescentou à história da agremiação com seu belo futebol e caráter de atleta exemplar e dedicado.

            Após a cerimônia em que o jogador recebeu um certificado atestando a sua importância inestimável para o futebol paraibano, me encontrei com ele próximo aos vestiários do Botafogo, no Almeidão, e começamos a conversar sobre o atual time do Belo e a sua real chance de ascender à série C do Campeonato Brasileiro este ano. Ele me falou da sua confiança nisso, explicou racionalmente os motivos e, como não poderia deixar de ser, voltamos ao tempo em que ele comandava o meio de campo de um dos maiores elencos que o Botafogo já reuniu: aquele que venceu o Flamengo do Rio de Janeiro, em pleno Maracanã, no ano de 1980, manchando a história do título brasileiro do rubro-negro carioca com essa única derrota para os paraibanos.

            Uma passada em revista nos dois elencos explica por si mesmo, a importância de tal façanha do time Botafoguense. O FLAMENGO, comandado pelo técnico Cláudio Coutinho, tinha: Raul; Toninho, Manguito, Marinho e Júnior; Andrade, Paulo César Carpegiani (Adílio) e Zico; Tita, Nunes e Júlio César.  O BOTAFOGO, por seu lado, apresentava os seguintes nomes: Hélio Show, Notano Ayres, Gerailto, Deca e Marquinhos; Nicácio, Zé Eduardo e Magno; Getúlio, Evilásio e Soares.

Pois bem! O Botafogo, sem estrelas venceu esse poderoso Flamengo no Maracanã, por 2 a 1. E por que sem estrela? - há de perguntar o leitor. Porque, me explicou pessoalmente Magno: "O nosso ropeiro esqueceu de colocar o uniforme do time na bagagem e, sem roupa pra enfrentar o Flamengo, tivemos que comprar, no Rio mesmo, numa loja, camisas do Botafogo do Rio para entrarmos em campo. Daí, arracamos todas as estrelas das camisas do Botafogo do Rio e fomos pro jogo com nosso uniforme sem as tradicionais estrelas vermelhas. Podem conferir na foto, que nossa camisa não tem estrelas", concluiu.

Não preciso dizer que após esse papo com o grande Magno, fui conferir a foto da época e realmente estava lá, o nosso Botafogo ironicamente sem estrelas.

Contudo, estrela mesmo quem tem - e de sobra - é o atual comandante de ataque do Belo, o nosso Warley. Sem balançar as redes desde o dia 25 de maio deste ano, quando marcou o segundo gol do Botafogo na goleada por 4 a 0 contra o CSP, pelo segundo jogo das semifinais do Campeonato Paraibano, o nosso goleador teve que amargar o banco de reservas da equipe para ver seu substituto, Fausto, brilhar marcando vários gols. Todavia, além de estrela, Warley tem mesmo é mãe, uma mãezona daquelas, por sinal. Sim, porque momentos antes desta partida do Belo contra o Tiradentes, a mãe do jogador preconizou que ele ia entrar no jogo e fazer os gols da vitória do Botafogo. Não deu outra: Fausto se machucou, Warley entrou quando o time estava perdendo por 1 a 0 e fez os dois gols da virada do Belo. E não preciso dizer mais nada!