O futebol como um fenômeno da cultura brasileira

As coisas só acontecem por acaso, necessidade ou vontade nossa! Epicuro - filósofo.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Copa da África do Sul - 3º e 4º dias

Alemanha diz para que veio e aumenta a média de gols da Copa
Ainda bem que após o post de ontem nesse blog em que criticávamos a falta de gols ou de talento do atacantes desse mundial, a coisa melhorou um pouco lá pela Africa do Sul. Nesse quarto dia de competições já se vê pelo menos dois resultados com pelo menos dois gols marcados. Pelo grupo D, a Alemanha meteu 4 a 0 na Austrália e com isso disse para que veio. Dos históricos candidatos ao título, o time teutônico foi o únco que venceu com autoridade na estréia. Seus atacantes jogaram bem e cumpriram o seu papel com destaque para Lucas Podolski e Miroslav Klose (foto), cada um marcando um gol na vitória por goleada. Por falar em Klose, com o gol feito contra a Austrália, ele chega a 11 gols na história das Copas. Com isso, está a 4 de Ronaldo, recordista no quesito com 15. Gerd Muller, lenda do futebol alemão, tem 14 tentos. Como a Copa está apenas começando, a espectativa é que ele chegue à posição de maior artilheiro da história dos mundiais. GRUPO D: Alemanha, Austrália, Sérvia e Gana.
Holanda também estréia com autoridade
A Holanda também não deixou por menos no grupo E: sapecou 2 a 0 na Dinamarca com um futebol promissor, mesmo sem o seu melhor jogador em campo: Robben, que ainda vai estrear devendo trazer mais qualidade a este bom time holandês. Agger, contra, e Kuyt marcaram os gols da vitória. Além da forcinha do rival, que pouco atacou e ainda fez um gol contra, a Holanda contou com a ajuda do reserva Elia, que entrou no segundo tempo e deu mais força ofensiva à equipe. Esse gol contra do dinamarquês Simon Polsen foi uma pixotada típica de pelada de várzea: uma cabeçada esquisita fez com que a bola entrasse no seu próprio gol, ao invés de seguir a intenção do jogador que era a de expulsá-la da área de perigo. Ridículo mesmo, o lance. GRUPO E: Holanda, Dinamarca, Japão e Camarões.
Japão inova com esquema tático multifuncional
Até agora apenas uma novidade boa nesta Copa da África. O esquema tático apresentado pelo Japão (grupo E), que ganhou de 1 a 0 de Camarões, equipe cujo futebol decepcionou um pouco, mostrando que os leões não são mais tão indomáveis assim. De olhos bem abertos para a maneira de jogar dos seus adversários, o Japão  entrou em campo com um esquema assim: 1-4-1-4-1. Traduzindo para os leigos: uma linha clássica de defesa com quatro jogadores seguida de um volante cão-de-guarda, que tem a função dupla de proteger a segunda bola numa eventual sobra na cabeça de área, e dar o primeiro combate numa eventual transposião do bloqueio feito pela segunda linha de quatro meia-atacantes, que também tem função dupla: combate a saída de bola do time adversáro sendo uma espécie de defesa adiantada, e municia o único atacante adiantado da sua equipe. No geral, a tática é prioritariamente defensiva, mas dependendo da qualidade técnica dos homens da segunda linha do meio de campo, o time pode ser simultaneamente defensivo e forte  no ataque, chegando a um raro e promissor equilíbrio tático em campo. Hoje deu certo contra o time de Camarões, mas precisa ser testado mais para se ter a comprovação de sua eficácia. A idéia é boa e relativamente inovadora. Vamos aguardar para ver!
Itália joga como sempre e empata como sempre
Tudo mundo já sabe: em estréia da Itália em copas do mundo qual é o placar? Empate, claro. Foi justamente isso que aconteceu hoje na partida entre os italianos e os paraguaios pelo grupo F da Copa da África. Ou seja, um 1 a 1 em que nada se pode contar de muito bom. A não ser, claro, a aplicação tática costumeira da defesa italiana. Aliás, a esquadra azzurra é outro time baseado na força de sua defesa, já que o seu ataque é sofrível. Os uruguaios abriram o placar em jogada aérea e perecia que iam vencer o jogo, mas o goleiro da equipe falhou também numa jogada aérea (cobrança de escanteio) e os italianos empataram. O que ficou da partida foi a sensação de sempre em jogos de copas que envolvem os italianos: a de que eles começam capengando, capengando e, de repetente, o time pega no arranque e chega às finais. Quanto aos paraguaios, entendo que vão para a próxima fase da competição junto com os italianos, nesse grupo F. O mais é palpite porque a performance dos dois times no jogo de hoje só autoriza especulações. Nada mais! Só para reforçar nossa observação sobre o grupo F. Nova Zelândia e Eslováquia não passaram de mais um magro 0 a 0 nessa manhã do dia 15 de junho. GRUPO F: Itália, Paraguai, Nova Zelândia e Eslovênia.

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