O futebol como um fenômeno da cultura brasileira

As coisas só acontecem por acaso, necessidade ou vontade nossa! Epicuro - filósofo.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Botafogo-PB_Temporada 2013


BELO MOSTRA OS NOVOS UNIFORMES DO TIME 
 
Fotos: Assessoria de Imprensa do Botafogo-PB

A modelo Dani Bolina, desfilou para o público com os novos uniformes da equipe


Um bom público compareceu ao Teatro de Arena do Espaço Cultural, na noite desta quinta-feira (20), para prestigiar o evento onde a atração principal não foi a belíssima modelo Dani Bolina, nem os atletas do Botafogo que desfilaram, mas, a nova camisa do Botafogo Futebol Clube, que encantou a todos.
 
Quando o mestre de cerimônia, João Camurça, anunciou o início do evento, os Torcedores do Belo começaram a cantar músicas do Glorioso Paraibano, e o clima de festa já contagiou o ambiente, aí foi só a Dani Bolina pisar na passarela segurando a bandeira do Botafogo para a galera ir à loucura.
 
O desfile começou com jogadores e membros da comissão técnica apresentando o material de treino e passeio, na sequência, a modelo Dani Bolina e os atletas do Botafogo desfilaram com o uniforme II (branco) e o uniforme I (listrado). Ainda na passarela, Dani saudou a platéia, agradeceu o convite para o desfile e fez uma declaração de amor a sua nova paixão, o Botafogo Paraibano.
 
Ao término do desfile teve início uma entrevista coletiva, onde a imprensa esportiva da capital paraibana pode entrevistar a nova madrinha do Botafogo-PB, Dani Bolina, e o presidente do Clube, Nelson Lira Filho, que agradeceu a presença de todos e falou sobre o novo momento que vive o Botafogo-PB, enfatizando a união entre a gestão anterior e a atual, onde todos estão trabalhando juntos em prol do Botafogo Futebol Clube.


 
 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Campeonato Paraibano 2013_Pré-temporada_ANÁLISE


Largando na frente

 
 
Torcida em bom número, no CT do clube: apresentação do novo elenco do Botafogo-PB para a temporada 2013
 

Por Edônio Alves

A pouco mais de dois meses do início do campeonato paraibano de 2013, cuja primeira rodada está marcada para o dia seis de janeiro, os principais clubes do Estado já começam montar os seus elencos visando a conquista do título e, por consequência, uma vaga garantida no calendário do futebol brasileiro para o segundo semestre do ano, através da série D do Brasileirão. Esse é um período de pré-temporada no qual quem agir primeiro em termos de contratar os melhores jogadores pode iniciar já os treinamentos de condicionamento físico e técnico para deixar o time em condições de estrear bem e se impor nesses dois itens, frente aos adversários retardatários.

Já disse aqui mesmo que futebol é planejamento, organização e talento (não necessariamente nessa ordem, claro) sendo que cada elemento desses implica o outro quando o objetivo é montar um bom time para a conquista de um título fervorosamente almejado. Esse, portanto, é rigorosamente o caso do Botafogo de João Pessoa, clube que vai completar dez anos sem títulos estaduais justamente no ano que vem. Time de massa e maior detentor de campeonatos estaduais (25 títulos ao todo), o Belo, como o chama a sua torcida, não pode de forma alguma ficar mais um ano na fila de espera para levantar a taça de melhor clube da Paraíba. Até porque depende disso a sua sobrevivência como clube de futebol de expressão no cenário nacional, condição da qual há muito tempo declinou em decorrência de fatores diversos cuja análise, no momento, não cabe aqui.

O que cabe aqui, neste momento, é justamente a análise do planejamento que a atual diretoria do clube vem fazendo para superar essa fase de quase ostracismo que o Botafogo vem atravessando há pelo menos dez anos. Sendo assim, tomemos os fatos do início dessa semana protagonizados pelo clube. O Botafogo foi a primeira agremiação a apresentar o seu elenco dentre as dez que participará do campeonato estadual do ano que vem. E não apenas foi a primeira como também está se mostrando a melhor entre elas, a julgar pelos jogadores apresentados à imprensa em comparação com os nomes aventados pelos demais clubes concorrentes.

Numa tacada só, estão aí reunidos, já de início, planejamento e talento, como fatores de organização do clube para a conquista do título do ano que vem. O talento fica por conta da aquisição de jogadores de renome no cenário do futebol nordestino e até do cenário nacional, como são os casos de Warley, ex centroavante do São Paulo e da Seleção Brasileira, e de Sandro, volante que atuou no Cruzeiro de Belo Horizonte, time que levantou a tríplice coroa com os títulos mineiro, Copa do Brasil e Brasileirão do ano de 2003.

Registre-se que Warley se adaptou bem ao futebol da região, tendo sido já campeão pelo Treze e pelo Campinense, nas duas temporadas em que atuou na Paraíba. E registre-se também que ele vai ser comandado (além do elenco todo, é claro) pelo técnico Marcelo Vilar, bicampeão estadual pelo Treze em 2010 e 2011, e único treinador do futebol nordestino a suportar quatro temporadas seguidas sem perder o cargo à frente do Treze, no contexto acima citado.

Nomes como Ferreira, Isaías, Genivaldo, Sandro, Fábio Neves e Warley, junto com outros tantos como Diego Pitbull, Marcelo Pinheiro e Edgard, que integraram o elenco do clube na temporada passada, formam a força do talento novo por um lado, junto com a força do comprometimento com o clube, por outro, já que a diretoria fez questão de repatriar aqueles nomes que melhor honraram o nome da instituição no campeonato passado. Já que o clube parece estar unindo talento e planejamento nesse início dos trabalhos, falta agora a organização para dar sustentação a um objetivo para o qual muito sabiamente largou na frente, mas que só será atingido se - como complemento decorrente, e até por causa disso - rigorosamente chegar na frente. Lá na frente. E com o título estadual de 2013 debaixo do braço.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Campeonato Paraibano 2013_BOTAFOGO_PB


 
O BELO LARGA NA FRENTE COM NOVO ELENCO
 EM BUSCA DO TÍTULO DE 2013
 
Texto e fotos: Edônio Alves
Parte do novo elenco do Botafogo, apresentado à torcida, ontem, no CT da Maravilha do Contorno
 
A diretoria do Botafogo apresentou ontem à torcida, no CT da Maravilha do Contorno, parte do novo elenco do time que vai disputar o campeonato paraibano de 2013, com a exigência de sair de uma fila de dez anos sem título estadual. Na cerimônia, o presidente do clube, Nelson Lira, junto com o diretor de futebol do clube, Ariano Wanderley, fizeram questão de enfatizar o alto investimento que está sendo feito nesse sentido. "Estamos montando um elenco que é uma verdadeira seleção dos melhores jogadores do campeonato paraibano do ano passado", disse.
Já o diretor de futebol Ariano Wanderley frisou que justamente por isso não espera desse time senão o titulo de campeão de 2013. "Esse é o time campeão do ano que vem e com o qual vamos também disputar a série D e também sermos campeões", cobrou, em meio ao clima de empolgação reinante na Maravilha do Contorno.
 

O presidente, Nelson Lira, apresenta os planos do Belo para 2013
Os destaques do elenco começam, pela sua comissão técnica, formada pelo ex técnico do Treze, Marcelo Vilar, e todos os seus auxiliares. Vão trabalhar com Vilar, neste projeto do campeonato de 2013, o treinador de goleiros, Walter Bahia, o preparador físico Alexandre e o auxiliar técnico, Totonho, um grupo acostumado a ganhar títulos no futebol paraibano.  
 Quanto aos jogadores, o time é um misto de figuras conhecidas da torcida, a exemplo do goleiro Genivaldo, do lateral direito, Diageo Pitbull, dos volantes Izaías e Marcelo Pinheiro, e do atacante Edgard, junto com caras novas como o lateral Ferreira, os Zagueiros André Lima e Everton, e o grande nome do grupo, o artilheiro Warley, todos eles homens de confiança de Marcelo Vilar, já que trabalharam com ele e foram campões pelo Treze, há duas temporadas atrás.

Warley não se apresentou ontem, por causa de problemas particulares, mas chega ao CT do Belo, nesta quarta-feira, junto com outros nomes já anunciados pela diretoria do clube. São eles o volante Hércules (ex-Guarani-CE), o lateral esquerdo Zada, os meias Fábio Neves (ex-ABC_RN) e Sandro (ex-Cruzeiro-MG) e Doda, outro meia que trabalhou com Vilar no Treze. Os exames médicos e os treinamentos visando a campanha do estadual de 2013 começam a partir de hoje, na Maravilha do Contorno.

Algumas das estrela do Belo para o ano que vem.
 
Marcelo Vilar e Walter Bahia
Expectativa da torcida na apresentação do time
 
Lateral direito Ferreira

Ídolo do clube, o goleiro Genivaldo está de volta

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Superclássico das Américas_DECISÃO


 
BRASIL GANHA NOS PÊNALTIS E TORNA-SE BICAMPEÃO
 DO CONFRONTO COM A ARGETINA
 
Com uol.com.br
Na casa do adversário: jogadores do Brasil comemoram pela segunda vez a conquista da taça Superclássico das Américas

O jogo de volta do Superclássico das Américas repetiu o desfecho do de ida, só que com posições invertidas. No Brasil o time local venceu com gol no final e teve um pênalti duvidoso. Nesta quarta-feira, em Buenos Aires, tudo isso aconteceu com a Argentina. O placar de 2 a 1 para os 'hermanos', com gol aos 44 do segundo tempo, levou a decisão para os pênaltis. E neles Diego Cavalieri defendeu o primeiro e contou com erro de Montillo. Mas Carlinhos perdeu para o Brasil. Neymar, na última cobrança, superou o trauma dos pênaltis e deu o título ao Brasil.
Neymar havia desperdiçado um pênalti 'bizarro' contra a Colômbia em amistoso no último jogo da seleção brasileira. Contra ele, vaias de todos os presentes no estádio. Mas desta vez ele converteu o último gol brasileiro e comemorou o título.
Scocco fez duas vezes para Argentina, Fred marcou para o Brasil. O primeiro gol argentino em um pênalti duvidoso, cometido por Jean. O Brasil empatou pouco depois e teve o título na mão. Mas levou um contra-ataque em que Montillo rolou para o goleador do Campeonato Argentino fazer outro.
No mesmo ritmo: Fred e Neymar marcaram os gols decisivos para o título
O Brasil começou melhor o jogo. Aos 3 minutos um cruzamento procurou Neymar, mas não encontrou. Logo em seguida, aos 5, Tiago Neves chutou para fora da entrada da área. Mas tão logo chegou pela primeira vez ao gol defendido por Diego Cavalieri, com Sebá Dominguez, aos 6 minutos, a Argentina cresceu e chegou a ouvir 'Olé' vindo dos entusiasmados torcedores nas arquibancadas.

Aos 12 minutos, Neymar arrancou do campo de defesa, se livrou de três marcadores, mas em vez de bater em gol preferiu tentar o passe para Fred, e perdeu. Não havia superioridade de parte a parte, tampouco chances de gol.

A melhor oportunidade argentina foi aos 24 minutos cruzamento da direita e Martínez deu um voleio da marca do pênalti. A bola saiu à direita de Diego Cavalieri, para fora. O Brasil respondeu aos 32 minutos. Arouca enfiou para Neymar dentro da área, e o santista tentou encobrir Orión mas errou o alvo. Fred reclamou muito pois queria o passe.
Com Diego Cavalieri e Orión como meros espectadores, sem realizar uma defesa difícil sequer, Enrique Osses encerrou o primeiro tempo. Um insistente e justo 0 a 0 que daria o título para o Brasil. "Está um jogo bem equilibrado. Se encaixarmos faremos o gol. Temos que saber que temos o placar e podemos administrar", disse o goleiro Diego Cavalieri. "O time está jogando bem, mas temos que arrumar no último passe e na finalização", acrescentou Fred.

Argentina adiantou a marcação. Em vez de esperar o Brasil, o time local passou a marcar no campo de ataque. Com isso forçou um erro de Fábio Santos, que perdeu a bola. Guiñazu lançou Martínez dentro da área, mas o corintiano errou o domínio e Diego Cavalieri salvou o Brasil aos 3 minutos.
Os locais passaram a ter mais posse, o Brasil perdeu domínio. Aos 23 minutos os argentinos protestaram pênalti. Lançamento para área brasileira e Martínez cai após disputar jogada com Lucas. Enrique Osses nada apontou e o jogo seguiu, com protesto dos torcedores. Mas aos 34 minutos, em um lance duvidoso, o árbitro apontou o pênalti. Jean derrubou Martínez. Penalidade marcada e convertida por Scocco. O resultado levava a decisão para os pênaltis.
Mas a alegria argentina durou pouco. Mais precisamente 4 minutos. Aos 38 minutos a defesa rebateu mal, Bernard chutou em gol, mas Fred completou para o gol. Empate brasileiro em 1 a 1. Mas aos 44 minutos do segundo tempo o pior aconteceu. O time brasileiro, mesmo tom título na mão, estava no ataque. Montillo foi lançado e conseguiu rolar para Scocco, que fuzilou Diego Cavalieri marcando 2 a 1 e levando a decisão para os pênaltis.
Nas cobranças, Diego Cavalieri brilhou logo de cara pegando o pênalti batido por Martínez. Tiago Neves fez para o Brasil. Montillo bateu o segundo argentino e colocou por cima. Jean converteu para o Brasi. Sebá fez o primeiro da Argentina na terceira cobrança. Carlinhos desperdiçou o da sequência brasileira. Scocco marcou o segundo dos argentinos. Fred fez para o Brasil. O goleiro Orión igualou novamente, mas Neymar fechou o placar.
ARGENTINA (3) 2 X 2 (4) BRASIL
Data: 21/11 /2012 (quarta-feira)
Local: estádio Alberto J. Armando, La Bombonera, em Buenos Aires (Argentina)
Cartão Amarelo: Réver (BRA), Fred (BRA), Guiñazu (ARG)
Árbitro: Enrique Osses (Chile)
Auxiliares: Francisco Mondria e Carlos Astroza (ambos chilenos)
Gols: Scocco (ARG), aos 34 minutos do segundo tempo; Fred (BRA), aos 38 minutos do segundo tempo; Scocco (ARG), aos 44 minutos do segundo tempo.

Argentina: Orión; Desábato, Lisandro Lopez, Sabástian Dominguez e Peruzzi; Vangioni, Guiñazu, Cerro (Ahumada) e Montillo; Barcos (Scocco) e Martínez.
Técnico: Alejandro Sabella

Brasil:
Diego Cavalieri; Lucas Marques (Bernard), Rever, Durval e Fábio Santos (Carlinhos); Ralf, Paulinho, Arouca (Jean) e Tiago Neves; Neymar e Fred.
Técnico: Mano Menezes

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

ESPAÇO ACADÊMICO_JORNALISMO ESPORTIVO


Desde o dia onze de julho de 2011 (ver textos), este espaço no blog está franqueado aos meus alunos da disciplina de Jornalismo Esportivo, que leciono no curso de Comunicação Social da Universidade Federal da Paraíba. Aqui, o internauta vai poder conferir a produção dos melhores alunos do curso, através de matérias produzidas como exercício da citada disciplina. As duas matérias que seguem, abaixo, foram as duas melhores produzidas no semestre 2012.1, como trabalho prático da cobertura de uma partida de futebol, válida pelo campeonato brasileiro deste ano de 2012. Era a 34ª rodada do brasileirão e o Fluminense, do Rio de Janeiro, que enfrentava o São Paulo, estava a um jogo, apenas, de se tornar tetracampeão brasileiro de futebol, algo que conseguiu ao vencer o Palmeiras, de São Paulo, na rodada seguinte da competição. Confiram os textos.

***


FREDNENSE X SÃO FABIANO
(Quando DEUS quer até o diabo ajuda!)

Por  Larissa Madruga



O apito inicial do árbitro paranaense Héber Roberto Lopes às 17h, no Estádio do Morumbi, em São Paulo, prometia um grande espetáculo do futebol brasileiro, daqueles para gringo nenhum botar defeito. Enfrentavam-se pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro o líder Fluminense e o colecionador de títulos na fase de pontos corridos, São Paulo.
O embate entre a equipe do técnico Abel Braga, que tem um dos melhores rendimentos como visitante (70%), e o time com o segundo melhor aproveitamento dentro de casa (83,3%) de Ney Franco, foi um dos mais aguardados da competição.
Nele seria definido não o campeão,- ainda não poderia -, mas seria decidido o melhor rendimento do returno, e estariam decretados os vencedores dos duelos de que tanto se falou na mídia e que alimentou os comentários nas ruas por aí afora. O primeiro, entre os dois grandes atacantes, Fred e Luis Fabiano, artilheiro e pretenso artilheiro, respectivamente. E o segundo entre Rogério Ceni, patrimônio histórico do São Paulo, famoso por ser o “goleiro goleador”, e Diego Cavalieri, que por sua campanha irretocável no campeonato, está prestes a entrar para a galeria dos grandes goleiros do Fluminense.
Além do duelo dos dois tricolores, uma briga particular pela artilharia do Brasileirão
 
Os tricolores, carioca e paulista, já jogaram 80 vezes pelo Brasileirão. neste histórico de grandes confrontos o São Paulo tem levado a melhor sobre o rival das Larajeiras, com 37 vitórias, contra 26 do Fluminense e 17 empates. Na última partida, em 09 de agosto deste ano, no primeiro turno do Campeonato, o Flu venceu por dois a um, com gol decisivo de Fred.
Como dizem por aí: “o futebol é uma caixinha de surpresas” e “nada é o que parece ser”. A definição da partida ficou por conta de outro confronto, inesperado e decisivo para o resultado, mas deixemos isso para mais adiante.
As 54.118 pessoas presentes no estádio, diga-se de passagem, maior público da competição, puderam presenciar uma partida equilibrada entre dois grandes clubes que se respeitaram o tempo todo dentro de campo, fazendo jus às boas colocações que alcançaram. O Fluminense com seus 72 pontos não se curvou diante da potência São Paulina, somando 58 pontos, que jogou no seu reduto, contando com o apoio de seus torcedores; também o São Paulo não se intimidou perante o líder.
Assim, o esquema tático que se desenhou no gramado revelou a semelhança entre as duas equipes, que usaram o sistema de quatro jogadores na defesa (dois zagueiros e dois laterais), dois volantes também para auxiliar na defesa, três meios de campo e mais adiantado, um atacante. Isso fez com que o jogo ficasse truncado, tenso, com muita correria e muitas faltas por causa da forte marcação, além da falta de criatividade no ataque, mas bastante equilibrado, com praticamente as mesmas e poucas chances de gols dos dois lados, traduzindo o resultado de 0 a 0 do primeiro tempo.
Com o início do segundo tempo, se renovavam as esperanças depositadas nos donos da camisa 9, Fred e Luis Fabiano, pois todos aguardavam ansiosos pela definição que viria dos pés (ou da cabeça) de um deles. E realmente veio! Nesse caso, os santos de casa fizeram milagre, mas graças a uma forcinha do diabo, que atentou os bons zagueiros dos dois times para que eles cometessem erros grotescos, que acabaram nos gols dos adversários.
No embate renhido pela artilharia do Brasileirão, Fred marca o seu pelo FLU
O guerreiro das Laranjeiras, Gum, que participou de 33 dos 34 jogos disputados pelo Fluminense, aos 4 minutos do segundo tempo em uma falha inacreditável, recuou a bola para Diego Cavalieri dando a oportunidade perfeita para “O Fabuloso” empatar na artilharia do Campeonato Brasileiro junto a Fred com 16 gols.
Mas logo em seguida houve o desempate, ou melhor, o empate, pois aos 22 minutos, Rafael Toloi, ao tentar proteger a bola na linha de fundo foi desarmado pelo jovem Samuel, que deixou Fred apenas com o trabalho de tocar para o gol, voltando a ser artilheiro isolado do campeonato e deixando tudo igual na disputa.
Sem a participação fundamental dos dois zagueiros, a partida certamente não teria o desfecho que teve. Desse modo, os coadjuvantes Gum e Rafael Toloi tomaram parte de seus papéis no cenário de incerteza e imprevisão que é o futebol, e passaram então a ser protagonistas do que seria uma grande tragédia grega não fossem as coincidências do destino, pois como diria o filósofo grego Epicuro: “As coisas só acontecem por acaso, necessidade ou vontade nossa”. Quis o acaso que os dois camisas três dessem de bandeja os gols para os dois camisas nove das equipes adversárias e assim mudassem a matemática do jogo, em que ficou determinado que 1 (gol) mais 1 (gol) é igual a 1 (ponto no campeonato).

Luis Fabiano também não deixa por menos e imprime a sua marca

Duelo, segundo o dicionário, significa combate premeditado entre dois adversários, e com armas iguais; esta foi realmente a mais fiel tradução do que foi a partida entre os tricolores, que no final das contas terminou sem muito prejuízo para ambos. Com mais esse ponto, o Fluminense permanece na sua cômoda liderança em busca do título, que é quase certo, e o São Paulo fica bem próximo de sua vaga na Libertadores do ano que vem.
FICHA TÉCNICA
Data e hora: 4/11/2012, às 17h (de Brasília) Local: Morumbi, em São Paulo (SP)
Árbitro: Héber Roberto Lopes (Fifa/PR)
Assistentes: Roberto Braatz (Fifa/PR) e Guilherme Dias Camilo (Asp.Fifa/MG)
Público e Renda: R$ 1.524.484,00 / 54.118 pagantes
Cartões amarelos: Wellington, Luis Fabiano (SPO); Gum (FLU)
Cartões vermelhos: Não houve
Gols: Luis Fabiano, aos 4'/2ºT (1-0); Fred, aos 22'/2ºT (1-1)
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Douglas, Rafael Toloi, Rholdofo e Cortez; Denilson, Wellington, Lucas, Jadson (William José, 44'/2ºT) e Osvaldo (Ademilson, 35'/2ºT); Luis Fabiano.
Técnico: Ney Franco.
FLUMINENSE: Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Jean e Thiago Neves (Higor, 39'/2ºT); Wellington Nem (Diguinho, 36'/2ºT), Rafael Sobis (Samuel, 5'/2ºT) e Fred.
Técnico: Abel Braga.
***
 
O FUTEBOL, O PARAIBANO E A TELEVISÃO
 

Por Mariah Araújo

            Todo paraibano que acompanha a série A do brasileirão sabe. Existem três coisas que não podem faltar numa partida de futebol: a bola, o gol e é claro, a televisão.
Ela pode ser pequenininha como a de Sebastião, o porteiro. Ou de muitas polegadas e imagem digital tal qual a do bar que Nelson, o garçom, trabalha. O que importa mesmo é que ela esteja lá. No jogo entre Fluminense e São Paulo - confronto entre as duas melhores equipes do segundo turno do campeonato brasileiro deste ano - não podia ser diferente. Se tem uma coisa que o paraibano temeu na última semana foi o apagão. É que ele não podia atrapalhar a transmissão e a felicidade da torcida que acompanha de longe - e vibra como se fosse de perto - o seu time de fora da Paraíba. E me perdoem os puristas, a frase mais amada pelos torcedores foi: televisionado, e em canal aberto.
Na verdade, um jogo como esse não poderia deixar de estar antes do Faustão, ou bem falado no meio do Fantástico. É que a TV, para o amante do futebol, tem uma amiga inseparável: a bola. E quem a televisão tem, vê sempre aquilo que o juiz não viu, ou o que o técnico não observou na zaga adversária. E uuuuuh, todos os muitos olhos da caixinha estão voltados pra ela, a bola.
Na disputa entre tricolores - paulistas e cariocas - deu empate, mas o time do Rio pode ser campeão já na próxima rodada
Nesse domingo, 4 de novembro de 2012, a televisão não ia se fazer de rogada. É que às quatro horas da tarde ela já era o centro das atenções de seu José no bar do Tricolor. Ele acompanhou a escalação de cada time, ouviu atentamente cada detalhe e se benzeu quando a bola começou a rolar entre os tricolores cariocas e paulistas.
Numa partida equilibrada, São Paulo e Fluminense ficaram no 1 a 1 no Morumbi, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, resultado que mantém o Tricolor Carioca numa confortável liderança do campeonato, e o São Paulo feliz com a sua proximidade da vaga na Libertadores-2013.
Bastou o jogo começar e todo mundo se voltou para a tela colorida de verde. A TV estava a frente de cada torcedor confiante do Fluminense e do são-paulino atento. Esse jogo, como bem disse o comentarista – figura importante (amada e odiada) numa partida acompanhada pela TV- teve além de tudo falhas, que renderam os gols de Fabiano e Fred (que fazem um duelo particular pela artilharia). É que o centroavante do Tricolor paulista abriu o placar desequilibrado em um lance com erro de Gum, enquanto o do Tricolor carioca igualou para 1 a 1 em uma jogada com falha de Rafael Toloi.
Primeiro tempo
Depois de ver seu José se benzer três vezes, foi hora de olhar para seu colega, duas mesas depois. Era seu Ítalo, sem a camisa do time do coração, ele resolveu ver o jogo ali, perto de casa no Bar do Tricolor. Não lhe faltou a camisa, é que achou mais prudente – já que preferiu ver uma TV fora da sua sala de estar e em território inimigo -  esquecer o uniforme de torcedor. Mesmo assim, acompanhando a distância, ele fez questão de ajudar com suas vibrações a torcida do São Paulo, que criou um clima de decisão para a partida contra o líder do brasileirão. Seu Ítalo apontou a mão diversas vezes para a TV. Se sentia o tempo todo no Morumbi, e comentava baixinho que dentro de campo, o clima estava tão amistoso quanto naquele bar vazio.
Parece que a vibração de seu Ítalo e dos torcedores no Morumbi não empurraram o São Paulo, que se manteve pressionando o Fluminense com prudência no comecinho da partida. Lucas se movimentava muito pelo meio do gramado, assim como Osvaldo bastante na ponta esquerda. Mesmo assim, Luis Fabiano não chegava a receber muitas oportunidades de gol. Em uma boa, aos 13 minutos, ele (seu José gritou impedido pra telinha!) chutou em cima do goleiro Diego Cavalieri.
O Fluminense não demorou muito para encontrar o caminho do gol defendido por Rogério Ceni. Cruzamentos tortos e sem direção dificultavam as ações de Rafael Sóbis, Fred e Wellington Nem dentro da área do São Paulo.
Os dois times figuraram no ataque só no final do primeiro tempo. Ítalo e José não paravam de dar indicações para os jogadores, baseados única e exclusivamente no que viam naquele quadradinho e em suas experiências futebolísticas.
Luis Fabiano e Leandro Euzébio - equilíbrio entre zagueiros e atacantes: uma falha para cada lado; um gol para cada time
Segundo tempo
Aos quatro minutos do segundo tempo, Luiz Fabiano ganhou um presente de Gum, que recuou errado a bola para Diego Cavalieri. O centroavante do São Paulo foi rápido, driblou o goleiro, cambaleou, mas empurrou para o gol e lembrou a torcida que estavam todos em casa, e lembrou a seu Ítalo que ele não estava vendo televisão no sofá de casa.
O Flu conseguiu rapidamente superar o momento tenso da partida. O técnico Abel Braga colocou Samuel em campo no lugar de Rafael Sóbis. Seu José gostou. Enquanto a torcida do São Paulo cantava e Ítalo se animava, a equipe visitante acuava o adversário principalmente através da velocidade de Wellington Nem e da criatividade de Thiago Neves.
Fred quase empatou a partida aos 20 com um chute dentro da área. Rogério Ceni – como um gato espalmou para fora. Pouquinho depois, não teve jeito. Rafael Toloi titubeou e segundo seu Ítalo foi empatar com o erro de Gum no gol de Luis Fabiano. A bola foi para Samuel, que passou para o Fred definir.
Ney Franco mandou a sua equipe ao ataque com Ademilson no lugar de Osvaldo, e Abel Braga tentou mudar o panorama da partida com Diguinho na vaga de Wellington Nem, que segundo seu José gritou pro televisor, estava muito bem obrigado. Os jogadores mudaram, mas o placar ficou o mesmo. 1 a 1 em todas os aparelhos televisores HD, de tubo, velhos e novos. Todo mundo feliz. Seu José, Seu ítalo, Seu Carlos, o dono.
Final de jogo
O Fluminense continua líder do campeonato, com 73 pontos. Ele enfrenta o desesperado Palmeiras no próximo domingo, em Bragança Paulista. A campanha será encerrada diante de Cruzeiro, Sport e Vasco. A igualdade manteve o São Paulo na zona de classificação da Copa Libertadores da América.
O tricolor paulista, na quarta colocação, com 59 pontos ganhos, (agora seguido mais de perto pelo Botafogo) vai pra Porto Alegre também no próximo domingo enfrentar o Grêmio, que está uma posição acima, com 63.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Copa Paraíba 2012_DECISÃO do TÍTULO


CSP empata com o Botafogo-PB e conquista

o título da Copa Paraíba

Com Globoesporte.com/pb

Campeões: CSP demostrou mais uma vez a força do trabalho de base e conquistou, com isso, seu primeiro título

O CSP é o campeão da Copa Paraíba de 2012. O título veio na tarde deste sábado, após o empate em 1 a 1 com o Botafogo-PB, no Estádio da Graça. Rhair marcou o gol do Tigre no primeiro tempo, que soube segurar a pressão do adversário nos minutos
Com a vantagem da igualdade, depois de ter vencido o primeiro jogo por 2 a 1, o CSP soube controlar a partida durante os 90 minutos. Aliás, o título começou a se desenhar logo na escalação. Enquanto Ramiro Sousa prefiriu a prudência, deixando Helinho no banco, do outro lado Totonho resolveu radicalizar e promoveu logo quatro alterações no time.
Resultado, enquanto o CSP apresentava uma equipe organizada dentro de campo, o Belo estava visivelmente desentrosado. Para se ter uma idéia, o volante Sadan foi parar na zaga, abrindo espaço para a entrada de Robertinho no meio-campo. Fora isso, o Belo ainda teve os retornos do goleiro Jaílson, do zagueiro Valdo e do volante Sinho.
Nesse contexto, o Tigre abriu o placar praticamente em sua primeira grande jogada de ataque. E coube ao lateral Rhair ser o autor do gol que abriu as portas do título, aproveitando uma bola dividida entre o atacante Soares e a defesa botafoguense: 1 a 0 para o CSP, com 24 minutos de jogo.
O gol acabou desnorteando ainda mais o Botafogo. Tanto que nas duas jogadas seguintes, quase que Caaporã marcava o segundo.
O Botafogo só apareceu com perigo para a meta de Ferreira em dois lances. Aos 37, depois de falta cobrada por Janiélson, o zagueiro Sadan desviou e quase empatava. E, aos 45, outra vez com Sadan no ataque. Depois de grande jogada do defenson, Claudio ficou livre para marcar, mas chutou para fora.
Segundo tempo emocionante



O Botafogo começou o segundo tempo logo com duas alterações, com as saídas de Deleon e Rafael para as entradas de Deda e Joálisson.

De cara, as mudanças não surtiram efeito e o CSP continuou melhor em campo. Ainda mais depois que Claudinho entrou no lugar de Caaporã e passou a puxar os contra-ataques.

Para piorar, o nervosismo começou a tomar conta dos jogadores alvinegros. Primeiro, Valdo agrediu o lateral Rhair sem bola. Depois de muita confusão, o juiz João Bosco Sátiro resolveu tudo na conversa. Na sequência, não teve jeito. O volante Jackson fez falta dura no lateral alviazulino e recebeu o segundo cartão amarelo, deixando o Botafogo reduzido a dez jogadores.

E o que já estava complicado, ficou dramático depois que Sadan sentiu uma contusão muscular e praticamente ficou fazendo número em campo.

Ainda assim, na base da raça, saiu o empate. Janiélson - o jogador mais lúcido do Botafogo - cruzou na medida para Joálisson deixar tudo igual aos 33 minutos. Gol que reacendia as esperanças do torcedor botafoguense.

Aos 39 minutos, em outra falta na entrada da área, até o goleiro Jaílson foi tentar a virada.

Mas o CSP soube segurar o resultado e gastar o tempo, inclusive com alterações no fim da partida - as entradas de Helinho e Michel nos lugares de Soares e Juninho.

Extenuado em campo, o Botafogo não tinha mais forças para reagir. E viu, após o apito final de João Bosco Sátiro, a merecida festa do CSP com direito a volta olímpica e uma promessa do presidente Josivaldo Alves.

- Agora vamos tratar de fazer um grande time para a Copa do Brasil.

E assim, o CSP escreve mais um capítulo em sua curta, mas até aqui, vitoriosa história no futebol paraibano.




Botafogo-PB 1 x 1 CSP
Jaílson, Deleon (Deda), Sadan, Valdo e Léo (Ricardinho); Sinho, Jackson, Robertinho e Janiélson; Rafael (Joálisson) e Cláudio
 

Ferreira, Rhair, Suéllington, Pelado e Neto; Peu, Fernando Júnior, Juninho (Michel) e Anderson Paraíba; Soares (Helinho) e Caaporã (Claudinho)
  Técnico: Totonho
 

Técnico: Ramiro Sousa
Gols: Rhair, aos 24 do 1º tempo; Joálisson, aos 33 do 2º tempo
Cartões amarelos: Sinho e Jackson (Botafogo); Ferreira, Peu e Rhair (CSP); Cartão vermelho: Jackson (Botafogo)
 
Local: Estádio da Graça (João Pessoa); Arbitragem: João Bosco Sátiro, auxiliado por Kilden Tadeu e Felipe Messias; Competição: Copa Paraíba sub-21 (final)

 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Seleção Brasileira_Clássico das Áméricas_FINAL


Fred, Cavalieri e Durval são as novidades de Mano na convocação para o Superclássico das Américas

A volta do atacante Fred e as estreias de Diego Cavalieri e Durval são as principais novidades do técnico da seleção brasileira, Mano Menezes, na lista de convocados para o segundo jogo contra a Argentina, válido pelo Superclássico das Américas. Aquela partida que foi suspensa por falta de luz elétrica no pequeno estádio da cidade de Resistencia, na Argentina, no último dia 3 de outubro.

Diego Cavalieri, um dos principais destaques do Fluminense na campanha do título brasileiro de 2012, nunca havia sido convocado pela seleção até então. Ele já havia feito dois bons Brasileiros pelo Palmeiras, em 2006 e 2007, mas depois se transferiu para o Liverpool, onde teve poucas chances. Voltou para o Brasil em 2011, no time carioca.
Envolvido em uma polêmica desde que declarou não ter chances enquanto Mano Menezes estivesse na seleção, Fred ficou esquecido nas últimas convocações da seleção brasileira. Não era chamado desde 2011.
O “clima ruim” entre Fred e Mano começou quando o atacante comentou a sua ausência na lista para os amistosos contra África do Sul e China. “Em seleção eu não penso mais enquanto o Mano estiver lá dentro. Contra o México ele colocou o Lucas de costas para o gol e não me colocou. Acho que ele não gosta do meu trabalho, então eu não crio expectativas”, disse Fred à época.
Recentemente o treinador disse que as portas ainda estavam abertas para o jogador e negou problemas pessoais. “Não existe este negócio de porta fechada. Fred esteve conosco na Copa América da Argentina e sei que é bom caráter”, declarou ao jornal O Globo.

Outra novidade ficou por conta da primeira convocação do zagueiro santista Durval, que nunca foi unanimidade em seu clube e é criticado por parte da torcida.
A partida contra o time argentino ocorrerá no dia 21 de novembro, no Estádio La Bombonera, em Buenos Aires. O Brasil venceu o jogo de ida em Goiânia, em setembro, e agora joga pelo empate.
Neste ano, La Bombonera recebeu o primeiro jogo da decisão da Libertadores da América, entre Boca Juniors (dono do estádio) e Corinthians. Na ocasião, os argentinos saíram na frente, mas um gol de Romarinho nos minutos finais igualou a partida e deixou os paulistas perto do título.

Pedido para não convocação

Na última semana, o São Paulo fornalizou para a CBF o pedido de não convocação no Superclássico das Américas.
A atitude do São Paulo foi para atender a um pedido do técnico Ney Franco, que externou o desejo pelo fato de que a data da partida contra a Argentina, 21 de novembro, coincide com uma das semifinais da Copa Sul-Americana.

A entidade atendeu o pedido, e o time do Morumbi não teve nenhum atleta convocado. Lucas e Luis Fabiano eram prováveis nomes.