O futebol como um fenômeno da cultura brasileira

As coisas só acontecem por acaso, necessidade ou vontade nossa! Epicuro - filósofo.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Já faz tempo

Futebol do interior continua hegemonia sobre a capital
                                                                                                                                                                Foto: Edônio Alves - 24mar2010
Botafogo Futebol Clube, da capital: maior folha de pagamento em 2010 e menor futebol entre os grandes
Há seis anos sem ganhar um título e há sete partidas sem vencer no campeonato paraibano de 2010, o Botafogo encarna hoje uma realidade insofismável: o futebol do interior do Estado há muito superou o da capital em qualidade, planejamento, profissionalismo, e, principalmente, como corolário desses aspectos todos, títulos. O último campeonato estadual conquistado por um time da capital – o próprio Botafogo – foi em 2003, e de lá para cá só deu os times do interior: Campinense em 2004; Treze Futebol Clube em 2005 e 2006; Nacional, da cidade de Patos, em 2007; Campinense outra vez em 2008 e, no ano passado, o time do Sousa, da cidade homônima.
Para este ano, visando reverter essa situaçãor, a diretoria do Botafogo montou um time com a maior folha de pagamento do campeonato, mas em campo a equipe não vem correspondendo. Ontem (24), pela 13ª rodada do estadual desse ano, em pleno estádio Almeidão, contra o Esporte, da cidade de Patos, o Belo se comportou como um time pequeno. Nervoso – não suportou a pressão da torcida -, desarticulado, apático, anódino, frio, incompetente, não soube ganhar de um time fraco – embora guerreiro – que sequer relacionou todos seus jogadores para a partida por causa de problemas internos. Resultado: empatou em 0 a 0 e, por isso, saiu do grupo dos times que poderão decidir o título deste ano em um quandrangular final de pontos corridos.
Se quiser entrar nessa elite de times concorrentes ao título do estadual de 2010, composta toda por times do interior (Treze com 30 pontos e Campinense, com 28, ambos de Campina Grande; Nacional, de Patos, com 22 e Sousa, da cidade homônima, com 21), o time da capital vai ter agora que ganhar as cinco partidas restantes dessa fase classificatória. Impossível? Não e sim, respondemos. Não é impossível porque o time ainda só depende dele, felizmente. Desses cincos jogos, três são em casa sendo um deles – contra o Nacional, na última rodada – com disputa direta por uma vaga no G4. Um dos jogos fora é contra um time pequeno, a Queimadense, em que pode e deve ganhar. Mas a incerteza vem na cabeça do torcedor pelo que o time está apresentado em campo; um retrato fiel do futebol da capital: desorganizado, mal planejado, beirando o amadorismo e sem metas claras. Para os times, os atletas, os torcedores, enfim; para a própria cidade de João Pessoa, que não merece isso.

Nacional tira invencibilidade do Treze

Já eram 12 partidas sem perder e o Treze mantendo uma campanha invicta no campeonato de 2010. Em franca ascensão na fase classificatória, o time Nacional de Patos não tomou conhecimento do fato e aplicou 3 a 1, jogando em casa, no estádio José Cavalcanti, encima do antes imbatível alvinegro de Campina Grande. Os gols dos patoenses foram marcados por Tiago Cunha, aos 33 minutos do primeiro tempo; Tazinho, de escanteio (gol olímpico), aos 35, e Daniel, aos 29 da etapa final. Quem descontou para o Galo foi Rone Dias, aos 21 minutos da etapa final quando o time do técnico Marcelo Vilar perdia por 2 a 0. Detalhe: o goleiro Wanderson do Treze já havia defendido um pênalti cobrado por Tiago Cunha, antes do placar ser aberto.
Com o resultado adverso, o Alvinegro agora tem a liderança ameaçada pelo seu maior rival. O Campinense venceu a Desportiva e, agora, o Treze tem apenas dois pontos de distância para os rubro-negros. O Clássico dos Maiorais desse domingo (28), no estádio Amigão, pode reafirmar os galistas na ponta da classificação, como também trazer a equipe cartola, pela primeira vez, ao primeiro lugar do Estadual. O Nacional terá pela frente o Esporte, no clássico patoense, onde o Canário olha pra cima, agora com 22 pontos, e o Patinho ainda foge da zona de rebaixamento, com 14 pontos ganhos. A partida também acontece no dia 28, no estádio José Cavalcanti

Sousa vence e volta ao G4
Jogando no estádio Marizão, o atual campeão paraibano, mesmo com um placar magro de 2 a 1, derrotou o Auto Esporte, que vinha de vitória na rodada passada por 5 a 2 sob o Atlético, de Cajazeiras. O resultado não só apenas trouxe um alívio para a equipe como também para o treinador Suélio Lacerda, que havia balançado no cargo após as duas derrotas consecutivas.
Com os três pontos conquistados no sertão paraibano, o time do presidente Aldeone Abrantes volta a sorrir na tabela, retornando ao G4, e agora ocupando a quarta colocação antes pertencente ao Nacional de Patos, hoje terceiro colocado. Pior para o Botafogo, que com o jejum de sete jogos sem vencer, saiu da zona de classificação e agora amarga a quinta posição.

Campinense vence mais uma e agora quer ser líder
A Raposa, com a sequência de vitórias conquistada ao passar pelo Sousa por 2 a 1, no sertão paraibano, e ao golear a Desportiva, de  Guarabira, nessa quarta-feira (24), está a apenas 2 pontos do líder Treze, derrotado nessa 13ª rodada da competição. O placar de 4 a 1 por incrível que pareça foi construído a duras penas, após um primeiro tempo fraco que terminou empatado em 1 a 1, com um gol de Eduardo Rato. O time só resolveu jogar mesmo na segunda etapa da partida, em que se mostrou bem diferente com a entrada de Marquinhos Marabá. O amuleto rubro-negro deu o passe pra Rato fazer mais um, o segundo dele no campeonato, aos 27 minutos. Daí pra frente as coisas melhoraram. O próprio Marabá ampliou a diferença no placar ao marcar o terceiro já aos 42 minutos finais, e Nem, de pênalti, fechou a goleada: 4 a 1.
Agora a Raposa chega aos 28 pontos, em segundo lugar, pressionando o Galo no Clássico dos Maiorais, que acontece nesse domingo (28), no estádio Amigão.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ser Raposeiro é fazer apologia ao sol em pleno deserto do Saara. Cauby Dantas