O futebol como um fenômeno da cultura brasileira

As coisas só acontecem por acaso, necessidade ou vontade nossa! Epicuro - filósofo.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Campeonato Paraibano 2011 - 2ª Fase - Quadrangular decisivo

TREZE VENCE O BOTAFOGO TAMBÉM POR 4 a 0 EM JOGO TUMULTUADO
Foto: Edônio Alves
Numa partida em que aconteceram várias irregularidades (o árbitro deu continuidade ao jogo mesmo com uma das equipes com o número insuficientes de jogadores em campo), o Treze venceu o Botafogo por 4 a 0, devolvendo o placar do primeiro confronto entre as duas equipes pelo quadrangular decisivo da segunda fase do campeonato paraibano, e se classificou para enfrentar o Campinense na decisão dessa etapa da competição.
É que com a vitória também do Campinense sobre o CSP por 3 a 0, no estádio Almeidão, em João Pessoa, os dois times de Campina Grande começam a decidir o estadual já nessa quinta-feira (12), num confronto que só acaba no domingo (15), com a partida final da segunda fase do torneio. Se o Treze empatar os dois embates, será declarado campeão paraibano de 2011, uma vez que já venceu a primeira fase do Paraibano. Se der Campinense, contudo, a decisão se estende em mais dois confrontos de onde, por fim, sairá o verdadeiro campeão da Paraíba da temporada desse ano.
Voltando à partida de ontem (08), no estádio Amigão, em Campina Grande, entre Treze e Botafogo, pode-se dizer que lá aconteceu de tudo em termos de agressões às regras do futebol. A começar pela escalação absurda de um árbitro da cidade para apitar a partida: Jefferson Rafael, acompanhado dos auxiliares, Luis Felipe e Oberto Santos. Sem condições de isenção para arbitrar a partida (o árbitro reside em Campina Grande, fato que o deixaria exposto a possíveis retaliações de torcedores descontentes locais), Jefferson Rafael deixou de marcar três pênaltis claros para a equipe do Botafogo e ainda validou um gol oriundo de uma falta não marcada em que um jogador do Treze tomou a bola do adversário derrubando-o com as duas mãos. De tão absurdo o lance, toda a defesa do Botafogo parou esperando o apito do juiz enquanto este permitia o atleta trezeano avançar e empurrara bola para o gol.
A lambança toda aprontada pelo árbitro chegou ao cúmulo quando este, depois de ter expulsado três atletas do Treze e dois do Botafogo - por causa de uma confusão generalizada, ocasionada por uma provocação do atacante trezeano, Vavá, contra os jogadores que estavam no banco de reservas do Botafogo -, fez o jogo prosseguir sem o número legal de jogadores em campo. Depois de estampado 4 a 0 no placar, número de gols suficientes para eliminar o Botafogo das disputas finais, o jogador Vaninho, do Treze, simulou uma contusão e caiu em campo, deixando a sua equipe com apenas seis jogadores em ação. Mesmo assim, o árbitro ainda fez a partida prosseguir por um minuto e quarenta segundos até que foi advertido pelo auxiliar que pediu para o jogo acabar e foi atendido, algo que aconteceu antes do tempo regulamentar, aos 41 minutos do segundo tempo.
Resumo da ópera: três jogadores expulsos de um lado; dois do outro; o técnico Maurício Cabedelo, do Botafogo, detido pela polícia para explicar um soco que deu no árbitro; pessoas desmaiando por causa do spray de pimenta atirado a esmo contra todo mundo pela polícia, num tumulto generalizado, e mais uma vez, em Campina Grande (a terceira vez só este ano), a exibição de cenas lamentáveis envolvendo jogos de futebol, numa demonstração clara da falta de preparo dos dirigentes e instituições locais que lidam com a organização (ou desorganização) do espetáculo do futebol.
Ficha Técnica do Jogo:
Treze:
Carlos, Ferreira, Anderson, Thiago Messias (André Lima) e Weverson (Tiago Almeida); Nata (Vaninho), Celico e Doda; Cléo, Warley e Vavá. Técnico: Marcelo Vilar
Botafogo:
Genivaldo, Walber, Henrique, Célio e Rogerinho; Charles Wagner (Ivan), Rodrigo Santos, Auremir e Chapinha (André Oliveira); Paulinho Macaíba e Edmundo (Cristiano Tirica). Técnico: Maurício Cabedelo
Árbitro: Jefferson Rafael
Assistentes: Luis Felipe e Oberto Santos
Cartões:
Vermelho: Carlos, Cléo e Vavá (Treze); Genivaldo e Henrique (Botafogo)
Amarelo: Auremir, Tirica, Célio (Botafogo); Vavá, Celico, Ferreira (Treze)

CAMPINENSE SUPERA O CSP E DECIDE A SEGUNDA FASE CONTRA O TREZE

O Campinense, que precisava de uma vitória por dois gols de diferença no placar para se classificar às finais da segunda fase do estadual, venceu com sobras o CSP por 3 a 0, no estádio Almeidão, em João Pessoa, na tarde também deste domingo (08). Com o resultado, a Raposa está na final da segunda fase da competição, que será disputada contra o seu maior rival, o Treze Futebol Clube.
Tendo que superar em números, no placar, a derrota por 3 a 2 da primeira partida contra o CSP, ocorrida em Campina Grande, o Campinense veio com a disposição de construir o resultado e contou, para isso, com o apoio da sua torcida que compareceu em bom número ao estádio Almeidão, em João Pessoa. Logo aos 7 minutos do primeiro tempo, Jônatas arriscou um chutaço do meio da rua e abriu o placar, contando com a colaboração do goleiro Ferreira, do CSP, que falhou muito durante a partida. Era a esperança que faltava para a Raposa.
O balde de água fria nas pretensões de classificação do CSP veio aos 32 minutos quando o zagueiro Emerson cobrou falta da entrada da área com muita categoria, colocando a bola no canto esquerdo do goleiro Ferreira, que aí nada pôde fazer de fato. O Campinense fazia 2 a 0, o placar que precisava para garantir a classificação.
Após o segundo gol, o CSP sofreu um verdadeiro apagão, e isso não ficou impune. Após cruzamento na área, o atacante Tiago Trindade cabeceou sem força alguma nas mãos do goleiro Ferreira, que colocou a bola para dentro da própria meta, num frangaço de comemoração ao dia das mães. O Campinense fazia 3 a 0 e encerrava ali o campeonato paraibano de 2011 para o CSP, que fez uma partida horrorosa, a pior de toda uma serie de bons jogos com chegou a encantar o torcedor paraibano nessa temporada.
Ficha Técnica
CSP:
Ferreira, Gustavo, Luiz Paulo, Sueliton e Esquerdinha; Sapé, Daniel (Gurinhém), Da Silva Exu e Tazinho (Daniel); Júnior Coxinha (Eduardo) e Pingo. Técnico: Ramiro Sousa
Campinense:
Pantera, Felipe, Luciano, Emerson (Isaías) e Serginho; Rhuan, Luis Henrique, Jônatas e Samir; Renato Santiago (André) e Trindade. Técnico: – Maurício Simões
Árbitro: Antônio Umbelino
Assistentes: Kleber Camelo e Joseilton Cordeiro
Cartões:
Campinense: Thiago Trindade, Santiago, André e Serginho (Amarelos), e Samir (Vermelho)
CSP: Daniel; Da silva, Júnior Coxinha e Esquerdinha (Amarelos)







Um comentário:

Alberto de Araújo Silva disse...

Rapaz, bicho! Uma vergonha esse jogo do Botafoo X 13. Para os dois times. Não é assim que o campeonato paraibano irá evoluir. Uma pena.

Placar largo não significa jogo bonito.