O futebol como um fenômeno da cultura brasileira

As coisas só acontecem por acaso, necessidade ou vontade nossa! Epicuro - filósofo.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Taça das Bolinhas

Nova polêmica
Caixa Econômica Federal se nega a entregar o troféu do Brasileirão de 1987 à CBF
A polêmica da Taça das Bolinhas ganhou um novo capítulo. A Caixa Econômica Federal afirmou hoje (04), que não vai entregar o troféu à Confederação Brasileira de Futebol. O banco alega que é o verdadeiro proprietário e que ele próprio fará a entrega ao clube indicado pela entidade máxima do futebol nacional.
De acordo com o superintendente nacional de comunicação da Caixa Clauir Santos, não há qualquer documentação indicando que a CBF é dona do troféu. “A taça é nossa, nós pagamos, mandamos fazer em ouro. A CBF tem que dizer para quem nós vamos entregá-la. Diga que a taça é do clube A ou B, que nós faremos a entrega. Não vamos enviar para a CBF.”
De acordo com ele, em 1975 a Caixa era uma das patrocinadoras do Campeonato Brasileiro e mandou confeccionar o troféu para que fosse entregue ao campeão de cada ano, e em definitivo ao clube que conquistasse por três vezes seguidas ou cinco alternadas. Na época, inclusive, foi feito um concurso público para a escolha do designer.
Dessa forma, por meio de um acordo, a CBF, como organizadora do torneio, apenas indicava a quem deveria ser entregue a Taça, mas nunca teve a propriedade ou qualquer direito sobre ela. Uma das provas, segundo Santos, são os dizeres que podem ser observados na foto: “Copa Brasil – Campeonato Brasileiro de Futebol – Troféu Caixa Econômica Federal”.
A Caixa diz que prontamente irá entregar a taça ao São Paulo, ou a quem a CBF definir como pentacampeão brasileiro, mas que em nenhum momento a entidade cita o nome de um clube a ser beneficiado em suas solicitações. Apenas pede a taça.
Em 1992, ano em que o Flamengo conquistaria o pentacampeonato nacional, o banco estava disposto a entregar a taça, mas não o fez por um pedido da CBF após a polêmica originada em 1987 em torno de quem, de fato, seria o vencedor: o clube carioca ou o Sport.
Desde então, a taça foi levada para o cofre, de onde não saiu mais. Para pôr fim às especulações de um desaparecimento, a Caixa divulgou uma foto com a data desta quarta-feira.
De acordo com a assessoria de imprensa, a história foi resgatada pelo funcionário Renato, cujo sobrenome não foi divulgado para que seja preservado, que na época trabalhava na área de segurança do banco.
A polêmica sobre um possível sumiço foi levantada nesta quarta-feira pelo colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo. Segundo o jornalista, a CBF estaria preocupada com uma possível repetição da história da Jules Rimet, taça da Copa do Mundo que foi roubada e derretida nos anos 1980.
O imbróglio entre a Caixa e a CBF só aumenta o histórico de polêmicas que cerca a Taça das Bolinhas, que seria dada ao primeiro clube que vencesse o Campeonato Brasileiro cinco vezes.
O Flamengo diz que deveria ter recebido o prêmio em 1992. A CBF não reconhece, no entanto, o quarto título rubro-negro, de 1987. Por isso, a entidade decidiu, em abril, conceder o prêmio ao São Paulo, que venceu o Brasileiro pela quinta vez em 2007.

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