O futebol como um fenômeno da cultura brasileira

As coisas só acontecem por acaso, necessidade ou vontade nossa! Epicuro - filósofo.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Campeonato Paraibano 2011 - Título no Tribunal

STJD PROCLAMA TREZE CAMPEÃO PARAIBANO DE 2011

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva-STJD, ógão da Confederação Brasileira de Futebol-CBF, decidiu, por unanimidade, validar o título do Treze Futebol Clube como campeão paraibano 2011. Com a proclamação do Treze como campeão paraibano, o clube conquista seu 15º título estadual e o bi-campeonato, já que foi o campeão também do ano passado. Além disso, o clube garante vaga na Série D do Campeonato Brasileiro, que começa em julho deste ano. A equipe está no Grupo 4, ao lado de Bahia de Feira/BA, Coruripe/AL, River Plate/SE e Vitória da Conquista/BA.
Em longo julgamento, que durou quase duas horas, o Pleno do STJD determinou que a Federação Paraibana de Futebol proclame o Treze como o campeão paraibano de 2011, com a proibição de que se realizem novas partidas além das já realizadas na competição.
Além de proibir a realização de novas partidas, o STJD validou todas as partidas realizadas, inclusive a decisão do segundo turno, entre Treze e Campinense, que deu o título ao Galo da Borborema.
O STJD ainda determinou que o processo em que o Treze foi punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba, pela prática de "cai-cai", seja remetido ao órgão superior em até 48 horas, após intimação. Esse processo resultou na marcação de novas partidas decisivas, que foram suspensas pelo STJD, para que os fatos fossem apreciados posteriormente.
Com essa decisão, o campeonato paraibano de 2011 chega ao fim com o reconhecimento do seu campeão tendo que sair dos Tribunais (a última vez que isso correu foi em 1985), quando tal conquista deveria ter saído única exclusivamente de dentro do âmbito das quatro linhas do campo de jogo.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Copa do Mundo 2011 - Futebol Feminino

BRASIL ESTREIA MAL E APENAS MARCA UM GOL NA AUSTRÁLIA
Com UOL
Com atuação tática confusa, o Brasil só faz um gol, e aos 9 minutos do 2º tempo com Rosana (Esq)
A expectativa em torno de um grande futebol não se confirmou, mas a seleção brasileira conseguiu estrear na Copa do Mundo de futebol feminino com uma vitória. Nesta quarta-feira (29), a equipe do técnico Kleiton Lima teve muitas dificuldades na armação das jogadas, mas conseguiu bater a Austrália por 1 a 0 após gol da meio-campista Rosana, no início do segundo tempo.
Com a vitória conquistada no estádio Borussia Park, em Moenchengladbach, o Brasil divide a primeira colocação do grupo D com a Noruega, ambos com três pontos. Austrália e Guiné Equatorial, derrotados nesta quarta-feira, permanecem sem nenhum ponto.
Antes do torneio, o Brasil foi apontado como um dos favoritos, ao lado de Alemanha e Estados Unidos. No primeiro tempo, no entanto, o que se viu foi uma equipe nervosa e dependente de chutões. Sem muitas opções para a armação das jogadas, o técnico Kleiton Lima escalou a lateral Rosana na função. A medida, no entanto, quase não surtiu efeito.
Sofrendo forte marcação, Marta tentou algumas jogadas individuais e levou perigo em alguns chutes, mas o desempenho da atleta eleita melhor do mundo nos últimos cinco anos foi aquém do que os cerca de 30 mil torcedores que estiveram no Borussia Park esperavam.
Mesmo sem apresentar muita técnica, o lance do gol brasileiro surgiu em uma bela jogada. No início do segundo tempo, Cristiane, uma das mais perigosas do time, conseguiu fazer um bom lance na entrada da área e tocou para Rosana. A meia deu um drible e chutou cruzado, sem chances para a goleira Barbieri.
Apesar da vantagem no marcador, o panorama da partida seguiu o mesmo. A Austrália praticamente dominava as ações do jogo e, acuado, o Brasil tentava valorizar a posse da bola ou recorria aos chutões.
Com os três pontos na bagagem, o técnico Kleiton Lima terá agora mais quatro dias para aprimorar alguns fundamentos antes da partida contra a Noruega, no próximo domingo, em Wolfsburg.



quinta-feira, 23 de junho de 2011

Libertadores da América - Final

SANTOS DÁ SHOW E CONQUISTA SEU 3º TÍTULO DE CAMPEÃO DA AMÉRICA
Um esquadrão branco, infernal, que tomou a América de assalto. Com um ataque genial, imprevisível, artilheiro. Muitas vezes, o Santos foi descrito assim nos anos 60, quando Pelé e seus companheiros chacoalharam a América. O mesmo texto agora, 48 anos depois, serve para o time de Neymar, Ganso, Elano, Léo, Dracena, Arouca, Durval, Rafael. Sim, senhoras e senhoras: o Santos é, novamente, campeão da Taça Libertadores. Tricampeão (ganhou em 62, também sobre o Peñarol, e 63).
A noite ficará guardada na memória de cada santista. A vitória, por 2 a 1, num Pacaembu apinhado, branco, cheio de santistas com lágrimas nos olhos, ainda teve Pelé vibrando como se estivesse em campo. Do seu camarote, o rei de todos os tempos socava o ar como se um dos gols tivesse sido marcado por ele.
O Peixe e sua nova geração de ouro caminham a passos largos para ser campeão de tudo em 2011. No início do ano, manteve a supremacia em São Paulo. Agora, tornou-se rei da América. O terceiro passo poderá ser dado em dezembro, quando a equipe de Muricy Ramalho terá o Mundial de Clubes da Fifa pela frente. Será a chance de poder ver um duelo fabuloso: Neymar x Lionel Messi.
1º tempo de domínio santista, mas faltou calibrar o pé
Buscando acabar logo com o nervosismo e a angústia das arquibancadas, o Santos entrou em campo querendo um gol rápido. Os comandados de Muricy Ramalho acreditavam que, na pressão, o Peñarol se abriria. Puro engano. Apesar de boas investidas e jogadas inspiradas de Ganso, que acertou ótimos passes, faltou o chute certo. Os números dos primeiros 45 minutos ratificaram o domínio santista. O Peixe teve 67% de posse de bola, contra 33% do seu rival. Foram oito arremates ao gol uruguaio, contra apenas um dos carboneros.
O primeiro lance de perigo veio em chute de fora da área de Elano, que exigiu grande defesa de Sosa. Neymar também teve chance, após passe precioso de Ganso, mas furou. O astro santista esteve sempre cercado por três jogadores. Gingava de um lado para o outro sem conseguir abrir o espaço. À medida que o tempo passava e o gol não saía, o Pacaembu ia murmurando, apreensivo. Léo também teve uma oportunidade ao invadir a área, com o goleiro batido, e errar o alvo. Durval, duas vezes de cabeça, também ameaçou. Sosa ainda brilhou em cobrança de falta de Elano da entrada da área.
O Peñarol, limitado tecnicamente, se resumia a bloquear as investidas do adversário. Segurava o Santos, tentava encaixar um contra-ataque, que não veio em toda a primeira etapa. Assim, o jogo ficou morno. O Peixe murchou, perdeu o ritmo e passou a errar alguns passes, Arouca, principalmente.
Mas quem disse que seria fácil? Era final de Taça Libertadores.
Neymar abre o placar e leva o Pacaembu ao delírio
E aí vem Arouca, em desabalada carreira. Uma arrancada mágica, uma tabela esperta com Ganso, que passou para Neymar, que, enfim, soltava o grito preso na garganta do torcedor nas arquibancadas. Apenas dois minutos de jogo. Neymar, histórico. Um gol que vai ser lembrado para sempre pelos santistas. O gol que abriu caminho para o tricampeonato.
Em seu camarote no Pacaembu, Pelé vibrava, reverenciando seu sucessor. Em campo, o craque alvinegro chupava o dedo, homenageando Mateus, que chega em novembro. O filho do ídolo santista vai nascer campeão continental. Pé-quente!
O jogo continuou. Claro. Faltavam ainda longos minutos. Nas arquibancadas se abraçavam e choravam. Não dava para fazer os ponteiros correrem mais rápido? Não dava. Então, o Peixe tratava de dar as cartas em campo.
A diferença técnica entre os times era gritante. O Santos, agora, tinha espaços para matar o jogo. O Peñarol tinha dificuldades para sair jogando. Não parecia possível o título escapar. Absolutamente.
O Santos continuava em cima, muito melhor, trocando passes, colocando os uruguaios na roda. Nas arquibancadas, locura total. Então, Danilo arrancou pela direita, deixou o marcador para trás, cortou para dentro e entrou para a história. Pé esquerdo, canto direito do goleiro. Nova explosão no Pacaembu. Choro, abraços. O título estava mais próximo.
- Agora, ninguém tira mais – berrou Léo num microfone à beira do campo.
Gol contra de Durval e pancadaria no final
Mas nada com o Santos é fácil. O Peñarol mostrou suas garras. Numa escapada pela direita, a bola cruzada, desvia em Durval, que tentou rebater e entra. Seria possível? Como em 2005, quando defendia o Atlético-PR, na final da Libertadores contra o São Paulo, o Rei do Sertão marcara um contra.
Foi apenas um susto passageiro. Logo o Peixe retomou o dominio e teve até chances para marcar mais gols. Não precisou. No final, uma cena que não precisava ocorrer: jogadores das duas equipes trocaram agressões em campo, diante de uma Polícia Militar que pouco fez para conter os brigões. Nada, no entanto, que acabasse com o brilho da conquista do Peixe.
Parabéns, Santos e santistas. A América, de novo, é de vocês.
FICHA TÉCNICA
SANTOS 2 X 1 PEÑAROL
SANTOS: Rafael; Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo (Alex Sandro); Adriano, Arouca, Elano e Paulo Henrique Ganso (Pará); Neymar e Zé Eduardo.
Técnico: Muricy Ramalho
PEÑAROL: Sosa; González (Albín), Valdéz, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Corujo, Aguiar, Freitas e Mier (Urretaviscaya); Martinuccio e Olivera.
Técnico: Diego Aguirre
Gols: Neymar, a 1min e Danilo, aos 23min e Durval (contra), aos 34min do 2º tempo
Cartões amarelos: Neymar e Zé Eduardo (Santos); González e Corujo (Peñarol)
Renda e Público: R$ 4.266.670,00 / 37.894 pagantes
Data: 22/06/11. Local: Pacaembu, em São Paulo. Árbitro: Sergio Pezzotta (ARG). Auxiliares: Ricardo Casas (ARG) e Hernán Maidana (ARG).



sexta-feira, 17 de junho de 2011

Campeonato Paraibano 2011 - 2ª Fase - Sub-judice

Guerra de liminares
STJD SUSPENDE JOGO ENTRE BOTAFOGO E CAMPINENSE NO DOMINGO


A Federação Paraibana de Futebol (FPF) recebeu na manhã desta sexta-feira (17), um comunicado do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD)  pedindo a suspensão das partidas entre Botafogo e Campinense, válidas pela final do segundo turno da competição, que tinham sido marcadas para esse domingo (19), por ordem do Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol da Paraíba.
O despacho assinado pelo presidente do STJD, Rubens Approbato Machado, defere o pedido de concessão de liminar para “suspender a realização de qualquer partida relativa ao Campeonato Paraibano de 2011 até o trânsito em julgado dos autos em que o Treze figura como denunciado e determina ainda a abertura de vista ao Impetrado para que se manifeste, no prazo legal, conforme dispõe o art. 91 do Código de Justiça Desportiva (CBJD)”.
A concessão da liminar em favor do Treze Futebol Clube aconteceu após o pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ter retirado de pauta, na sessão de ontem (17), por “problemas de logística na distribuição do processo”, a ação em que o clube pedia a homologação do título de campeão estadual de 2011 para poder ter acesso à série D do Campeonato Brasileiro. Como alegado o título do Treze está sub-judice (clique aqui e entenda o caso), a corte suprema do futebol brasileiro decidiu pedir a suspensão da continuidade do campeonato até que essa questão seja julgada de forma definitiva.
O advogado do Botafogo, Alexandre Cavalcanti, vai recorrer ainda hoje dessa decisão do STJD com um pedido de cassação dessa liminar também na esfera da corte suprema. Caso obtenha êxito com o pedido de cassação da liminar, a partida que aconteceria no domingo poderia ser remarcada para a próxima quarta-feira, por exemplo. Outra ação do advogado do Botafogo foi pedir por ofício à FPF que solicite ao STJD, no Rio de Janeiro, que esclareça qual das duas liminares da Corte está efetivamente valendo, uma vez que já existe em mãos da Federação uma liminar anterior, assinada pelo próprio Rubens Aprobato, mandando dar continuidade ao campeonato paraibano.
A primeira das duas partidas entre Botafogo e Campinense pela decisão da segunda fase do estadual, seria realizada no próximo domingo (19), no estádio Almeidão, em João Pessoa. A FPF chegou a anunciar a venda de ingressos para o jogo, mas a programação foi suspensa até segunda ordem.


quinta-feira, 9 de junho de 2011

Copa do Brasil 2011 - Final

VASCO É CAMPEÃO MESMO COM DERROTA PARA CORITIBA POR 3 a 2

Foram oito anos, dois meses e 18 dias de uma angustiante espera. A conquista do Campeonato Carioca em 23 de março de 2003 tinha sido a última do Vasco em competições no grupo de elite. Tão logo o árbitro Sálvio Spinola ergueu os braços no lotado Couto Pereira, na gélida noite desta quarta-feira (8), depois de sofrimento intenso nos 90 minutos, a imensa torcida cruz-maltina era "bem feliz, norte e sul, norte e sul deste país", conforme o hino do genial Lamartine Babo. O frio de 10 graus no palco da decisão já não importava mais: o calor da festa aqueceu dentro e fora do estádio.
A Copa do Brasil 2011 tem como dono, pela primeira vez, clube cujo nome é de navegante português, mas que marca a fase do atual Trem-Bala. Num jogo sensacional, nunca uma derrota foi tão comemorada: os 3 a 2 sofridos diante do Coritiba, que como o Vasco se refez após o inferno de um ano pela Série B, repete uma sina de conquistas longe de São Januário que começou com o Expresso da Vitória, em 1948.
No Chile, Ademir de Menezes era o craque daquele Sul-Americano, que o time ganhou em cima do argentino River Plate. Depois, o Vasco de Bebeto faturaria fora do Rio, no Morumbi, sobre o poderoso São Paulo na final do Brasileiro de 1989. Nove anos depois, em 1998, o clube voltou a mandar na América do Sul ao levantar a Libertadores em Guayaquil após bater o Barcelona equatoriano. E finalmente, em 2000, a catarse no título da Copa Mercosul em pleno Palestra Itália, numa virada histórica por 4 a 3 sobre o Palmeiras comandada por Romário.
A história desse clube era um aviso ao Coritiba: fora de casa, é tão ou mais perigoso do que em seu domínios. Alecsandro e Eder Luis escrevem o nome na sala de troféus do clube com os gols marcados - Bill, Davi e Willian fizeram os da vitória do Coxa - e o garantem de volta à Libertadores em 2012 pelo critério de desempate de gols marcados fora.



quarta-feira, 8 de junho de 2011

Campeonato Paraibano 2011 - 2ª Fase - Sub-judice

FEDERAÇÃO PARAIBANA DE FUTEBOL MARCA DATAS
 PARA CONTINUIDADE DO ESTADUAL



Em reunião realizada no final da tarde desta quarta-feira (08), na sede da Federação Paraibana de Futebol, em João Pessoa, a presidenta da entidade, Rosilene Gomes, juntamente com os representantes de Botafogo-PB e Campinense, anunciou as datas em que serão disputadas as duas partidas finais da 2ª fase do Campeonato Paraibano 2011 entre o alvinegro da capital e o rubro-negro de Campina Grande.
Conforme entendimento entre os dirigentes das duas equipes, a FPF marcou a primeira partida das disputas para o dia 19 de junho, em João Pessoa. Já o segundo duelo ocorrerá no dia 26, em Campina Grande. O vencedor desses dois jogos, correspondentes à final da segunda fase do Campeonato Paraibano de 2011, ganha o direito de disputar outras duas partidas com o próprio Treze, vencedor da primeira fase da competição de forma invicta.
O vencedor dessas duas partidas finais do estadual - que ocorrerão contra o Galo da Borborema nos dias 03 e 10 de julho, respectivamente - será declarado Campeão Paraibano de 2011 de fato e de direito, a menos que haja uma reviravolta no caso sub-júdice, decorrente de decisão judicial contrária transitada em julgado e em instância definitiva.
A continuidade do campeonato foi solicitada à FPF pelo Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba, através de um ofício assinado pelo seu presidente, Genivaldo Fausto, atendendo à decisão da Segunda Comissão Disciplinar do próprio Tribunal que deu ganho de causa ao Botafogo em ação judicial contra o Treze Futebol Clube.
Clique aqui e entenda o caso judicial que havia suspendido o Campeonato Paraibano





Seleção Brasileira 2011 - Amistosos

Aplausos e vaias
SELEÇÃO BRASILEIRA JOGA MAL NA DESPEDIDA DE RONALDO MAS VENCE A ROMÊNIA
 Com UOL
Coberto com a bandeira do Brasil, Ronaldo recebe os aplausos de despedida da torcida no Pacaembu
Na noite de ontem (7), no estádio do Pacaembu, São Paulo, no jogo de despedida de Ronaldo com a camisa 9 do Brasil, a seleção brasileira venceu por 1 a 0 a Romênia, encerrou sua preparação para a Copa América com triunfo, mas Ronaldo empolgou mais que os jogadores ainda em atividade. Na etapa final, além de vaiar a equipe, a torcida voltou a pedir o “fenômeno”, em protesto. Teve até grito de olé nos passes romenos.
O Fenômeno entrou em campo às 22h24 e ficou 16 minutos em campo. Ele viu o time de Mano Menezes jogar em sua função: Neymar, duas vezes, e Robinho deram assistências preciosas. O ex-atacante desperdiçou todas. Não fez o gol prometido em seu 105º e último jogo pelo Brasil e parou sua conta com 67 gols. Fred faz o gol da seleção.
“Desculpe, tive três chances e não consegui fazer o gol nesses meus 15 minutos finais. Seria minha retribuição por tudo que vocês fizeram por mim. Muito obrigado”, disse ele, ainda no campo. Mesmo sem estufar as redes, Ronaldo teve o nome gritado pela torcida antes, durante e depois da participação relâmpago.
O time de Mano, por sua vez, prestou duas reverências ao camisa 9. Com a bola rolando, criou as três oportunidades de gol. Na saída para o intervalo, brasileiros e romenos fizeram um corredor humano para Ronaldo deixar o gramado. E o gol anotado no primeiro tempo colaborou para o clima ameno.
Gol anotado justamente por um coadjuvante de Ronaldo. Fred fez 1 a 0 para o Brasil aos 21 minutos, aproveitando ótimo passe de Neymar. Nove minutos depois, o atacante do Fluminense, com a camisa 19, deu lugar a Ronaldo, o astro da noite. Fred saudou o companheiro de ataque na Copa de 2006 mostrando respeito. O gol o deixara mais à vontade.
No segundo tempo, contudo, a seleção diminuiu o ritmo. Sem festa e sem Ronaldo, o Brasil tentou retomar a pegada do começo do jogo e não conseguiu. Melhor jogador antes do intervalo, Neymar tentou chamar a responsabilidade. Lucas entrou no lugar de Robinho, vaiado, e tentou ajudar na armação. O problema maior foi nas finalizações.
A irritação, então, passou a dominar parte da torcida. Muitos começaram a ir embora quando restavam mais de dez minutos de jogo. Lucas até amenizou um pouco o cenário negativo com suas jogadas individuais, mas foi pouco para agradar o público paulistano. O único a conseguir tal proeza foi Ronaldo.
FICHA TÉCNICA
BRASIL:
Victor; Maicon, Lúcio (Luisão), David Luiz e André Santos; Sandro (Lucas Leiva), Elias e Jadson; Robinho (Lucas), Neymar (Thiago Neves) e Fred (Ronaldo) (Nilmar)
Técnico: Mano Menezes
ROMÊNIA:
Tatarusanu (Pantillimon); Gardos, Papp, Rapa e Bourceanu (Giurgiu); Muresan, Torje, Latovlevici e Sanmartean (Alexe); Surdu (Tanase) e Marica
Técnico: Stefan Iovan
Gol: Fred, aos 21 minutos do primeiro tempo
Cartões amarelos: Muresan (ROM)
Público e renda: 30.509 pagantes e R$ 4.357.705,00

CONVOCAÇÃO PARA A COPA AMÉRICA

O técnico Mano Menezes decidiu apostar em jogadores importantes que se recuperavam de lesão e incluiu os nomes de Paulo Henrique Ganso e Alexandre Pato na convocação para a Copa América da Argentina. O treinador da seleção divulgou a lista de 22 nomes para a competição logo após a vitória sobre a Romênia por 1 a 0 nesta terça-feira no Pacaembu.
Fora dos amistosos preparatórios contra Holanda e Romênia, Ganso tinha a preferência expressa de Mano em relação a outros nomes testados, mesmo em tratamento e com apenas um jogo sob seu comando. O jogador do Santos está em fase final de recuperação de uma lesão muscular na perna direita e deve voltar a jogar por sua equipe na decisão da Copa Libertadores.
Pato, por sua vez, trabalhava em recuperação de uma lesão no ombro esquerdo, sofrida na rodada final do Campeonato Italiano. Nas últimas semanas, o atacante vinha seguindo cronograma acompanhado de perto dos médicos da seleção brasileira.
De resto, poucas novidades entre os cortes de Mano, que convocou 27 jogadores para os amistosos contra Holanda e Romênia já com a tarefa implícita de descartar alguns deles. No gol, por exemplo, as vagas ficaram com Julio Cesar e Victor, enquanto que Jefferson e Fabio acabaram cortados.
Atual campeão da Copa América, o Brasil encabeça o grupo B e enfrenta na primeira fase as seleções de Venezuela, Equador e Paraguai. A estreia da seleção de Mano Menezes acontecerá no dia 3 de julho diante dos venezuelanos em La Plata.




domingo, 5 de junho de 2011

Coluna - Jornal A UNIÃO - Esportes - João Pessoa_Domingo_05/06/2011

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Seleção Brasileira 2011 - Amistosos

BRASIL APENAS EMPATA COM A HOLANDA DEPOIS DA DERROTA NA COPA DO MUNDO
Com UOL
Neymar tentou, tentou, tentou, mas não conseguiu marcar contra a Holanda
A seleção brasileira de futebol enfrentou a Holanda em amistoso neste sábado (04), na repetição das quartas de final da Copa do Mundo de 2010, e, na primeira vez em que jogou em território brasileiro sob o comando do técnico Mano Menezes, ficou no empate em 0 a 0 no estádio Serra Dourada, em Goiânia.
A equipe comandada por Mano teve maior posse de bola e buscou mais o ataque que o adversário, sobretudo no primeiro tempo, mas esbarrou na falta de criatividade do meio-campo e na boa atuação do goleiro Krul, que fez sua estreia como titular, e não conseguiu vingar a derrota sofrida no ano passado na África do Sul.
As melhores oportunidades de gol surgiram no começo do segundo tempo, logo a um minuto, com Neymar, e aos 11, com Fred e depois Thiago Silva. Três minutos depois, o atacante do Fluminense apareceu quase em cima da linha e tentou pegar um rebote de jogada de Robinho, mas o Pieters apareceu antes e evitou que a bola entrasse.
A seleção se prepara agora para o amistoso da próxima terça-feira, contra a Romênia, no estádio do Pacaembu, que marcará a despedida de Ronaldo dos gramados. Já os holandeses enfrentarão o Uruguai um dia depois, em Montevidéu.



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Campeonato Paraibano 2011 - 2ª Fase - Julgamento_TJD-PB

Derrota no Tribunal
POR FORÇAR ENCERRAMENTO DA PARTIDA, TREZE PERDE POR 4 a 1 JOGO QUE VENCIA POR 4 a 0
 E TERÁ AGORA QUE DECIDIR OUTRA VEZ O CAMPEONATO ESTADUAL
Decisão do TJD-PB sinaliza para fim do jogo sujo
Foto: EdônioAlves
Em suma, foi o que está descrito acima o que os juízes da Segunda Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba decidiram no julgamento de ontem (31), feito à denúncia do Procurador de Justiça Desportiva do Estado, Tiago Sobral, contra a equipe do Treze Futebol Clube que desrespeitou o artigo 205 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva ao forçar, por simulação de contusão de seus atletas, o fim da partida em que teria que vencer o Botafogo por uma diferença de quatro gols – já que perdera o primeiro jogo também por 4 a 0 - ainda na segunda fase do campeonato paraibano desse ano.
Como esse segundo jogo, realizado no Amigão, em Campina Grande, teve que ser interrompido pelo árbitro faltando ainda dez minutos para o seu término regulamentar – por causa de uma confusão generalizada envolvendo atletas e dirigentes dos dois clubes após o atacante Vavá, do Treze, ao marcar o quarto gol, ter insultado com gestos de violência o banco de reservas e a torcida do Botafogo -, a retomada da partida com seis jogadores expulsos (três de cada lado) teria que incluir os dez minutos restantes antes da confusão.
Retomada a partida, o Treze, que estava então com apenas oito atletas em campo e sem o goleiro titular, Carlos, substituído pelo atacante Warley por causa da sua expulsão (a equipe já havia feito as três substituições regulamentares), e na iminência de poder tomar o gol que lhe tirava a condição de vencer a segunda fase do campeonato – o Treze havia vencido também o primeiro turno – fez com que dois dos seus jogadores caíssem em campo, simulando contusão e obrigando o árbitro a encerrar a partida por insuficiência numérica de atletas em campo, uma vez que lhe restavam, agora, apenas seis jogadores na partida. O encerramento do jogo foi feito pelo árbitro do jogo, Jefferson Rafael, aos 41 minutos do segundo tempo, faltando, portanto, os quatro minutos regulamentares mais os acréscimos decorrentes do atraso ocasionado pela confusão que interrompera a disputa.
Por se sentir prejudicado, uma vez que poderia, no tempo que ainda restava ser jogado, marcar ao menos o gol que lhe classificaria para seguir na decisão da segunda fase do campeonato estadual, o Botafogo acionou a Justiça Desportiva e acusou o Treze de impedir ilegalmente que a partida tivesse sua continuidade regulamentar. Acatado o pedido do Botafogo pela Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paraibana de Futebol, foi o mérito dessa questão que foi julgado na seção de ontem do TJD do Estado.

O JULGAMENTO
Composta pelos auditores, Acrísio Alves, José Martins, Isaias Olegário, Paulo Freire e Valberto Alves Azevedo, a Segunda Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba iniciou o julgamento às 18h30 de ontem com a audição das testemunhas arroladas no processo.
O sentimento de esperança da torcida botafoguense em voltar a disputar a segunda fase do campeonato estadual, contudo, teve que suportar as longas cinco horas que durou o debate jurídico entre as partes envolvidas. Ao final, a alegria dos torcedores do Belo que foram à sede da FPF, contrastou com a ansiedade vivida durante o pronunciamento do voto de cada um dos auditores. A sensação de angústia se tornou ainda mais visível com o voto do relator do processo, o auditor Paulo Freire, que discordou da procuradoria e decidiu pela não punição do Treze.
As esperanças do Galo da Borborema, no entanto, pararam por aí. Mais precisamente nos votos dos auditores, José Martins, Valberto Alves, Isaias Olegário e do presidente do colegiado, Acrísio Alves de Almeida. A postura da procuradoria, representada pelo advogado Tiago Sobral Pereira Filho, pode ser considerada como de grande importância no triunfo botafoguense. Cobrando uma atitude moralista dos seus colegas, ele chegou a dizer que aquela sessão do Tribunal poderia entrar para a história como a responsável por mudar os rumos do futebol paraibano. Outro fator de peso foi a invalidação dos atestados médicos apresentados pelo Treze como prova processual, uma vez que nos documentos não constavam a data, o prazo do tratamento das doenças dos jogadores e a Classificação Internacional de Doenças (CID), requisitos obrigatórios nesses casos (apenas o relator julgou válido o documento).
Além da decisão do mérito da questão do caso, foram decididas também as punições dos outros denunciados no processo. O árbitro da partida, Jefferson Rafael, apesar de bastante contestado, foi absolvido por unanimidade. Pelo lado do Botafogo, os goleiros Genivaldo e Davi, e o zagueiro Henrique, pegaram seis jogos de suspensão.
Já o dirigente, Breno Morais, e o preparador de goleiros, Luciano Mancha, terão que cumprir duas partidas fora de suas funções. Quanto à equipe do Treze, enquanto o atacante Vavá (eleito como o pivô da confusão) recebeu pena de oito jogos de suspensão, Carlos e Cléo cumprirão cinco partidas fora das quatro linhas. O treinador do Botafogo, Maurício Cabedelo, acusado de agredir o árbitro do jogo, recebeu a maior punição: terá de cumprir 180 dias de suspensão. Os atletas Doda e Ferreira, do Treze, foram absolvidos

OS RECURSOS
Depois que foram notificados da decisão que tirou os pontos do Treze Futebol Clube e reverteu-lhes em favor do Botafogo, além de obrigar o time de Campina Grande a pagar uma multa de vinte mil reais pelo descumprimento ao artigo 205 do CBJD, os advogados do Treze protocolaram um recurso de efeito suspensivo da decisão de ontem, o que na prática significa fazer o processo subir para ser julgado em segunda instância pelo Tribunal Pleno do TJD-PB. Enquanto isso, a Federação Paraibana de Futebol terá que marcar as datas das duas partidas que ainda devem ser realizadas entre Botafogo e Campinense cujos resultados apontarão quem será o vencedor da segunda fase do paraibano e, portanto, quem dos dois ganhará o direito de decidir com o próprio Treze o título de campeão paraibano de 2011. Como a data para inscrição do representante da Paraíba na série D do campeonato brasileiro (o campeão estadual), estipulada pela CBF, vence nessa sexta-feira (03), o estado corre o risco de ficar fora da competição esse ano.