O futebol como um fenômeno da cultura brasileira

As coisas só acontecem por acaso, necessidade ou vontade nossa! Epicuro - filósofo.

domingo, 31 de julho de 2011

Futebol feminino - Campeonato paraibano 2011 - Final

BOTAFOGO-PB SE TORNA O 1ºCLUBE CAMPEÃO ESTADUAL DA CATEGORIA

Texto e fotos: Edônio Alves
Meninas do Botafogo: alegria e festa pelo título invicto e inédito para o clube
As jogadoras do Botafogo-PB tornaram-se as primeiras mulheres a ser campeãs de futebol da Paraíba por um clube profissional. O feito histórico aconteceu nesse domingo (31), quando a equipe de futebol feminino do Belo derrotou as meninas do Auto Esporte pelo placar de 6 a 0, no estádio Joaquim de Oliveira Sobrinho, o Centro de Treinamento do Botafogo em João Pessoa, num jogo que iniciou às 15h30. Os gols da partida foram marcados pelas jogadoras Jaciara, Betânia, Cris, Adriana, Alani e Lucilene, respectivamente. Esta foi a segunda partida entre Botafogo e Auto Esporte pelas finais do primeiro campeonato paraibano de futebol feminino, certame criado este ano pela Federação Paraibana de Futebol, tendo o Belo vencido os dois confrontos (por 4 a 0, o primeiro,  e 6 a 0, o de hoje) e, com isso, se tornado campeão paraibano de 2011.

Élida: a capitã e a taça

Além do título, o Botafogo também conquistou o direito de ser o representante da Paraíba na Copa do Brasil de futebol feminino desse ano. Esta é a terceira vez seguida que o Belo disputará a competição nacional, que é organizada pela CBF. Com a vaga garantida, o time estréia já no dia 18 de agosto diante o União de Alagoas, em João Pessoa, às 20 horas, em local ainda a ser definido pela Federação Paraibana de Futebol. A partida de volta acontece no dia 25 em Maceió, no estádio Rei Pelé, também às 20 horas.
A partida entre Botafogo e Auto Esporte, que reedita o mais importante clássico do futebol de João Pessoa, foi totalmente controlada pelo Belo, que tem uma equipe muito superior ao adversário cujo departamento de futebol feminino foi criado apenas nesse ano. O time comandado pela técnica, Gleide Costa, dominou o jogo do início ao fim e, por ter uma superioridade técnica tanto individual quanto coletiva, fez o placar do jeito que quis. A equipe foi campeã invicta, tendo empatado apenas uma partida e vencido todas as demais que disputou. Marcou 32 gols na campanha do título e sofreu apenas um. Vem de três campeonatos seguidos conquistados: a Copa Metropolitana de 2009; a Copa Paraíba de 2010 e, agora, o título estadual. É, portanto, o melhor time de futebol feminino da Paraíba e já começa a construir uma hegemonia na modalidade muito difícil de ser superada.

Ficha técnica:
Botafogo 6 x 0 Auto Esoprte
Data: 31 de julho de 2011
Hora: 15h15min.
Local: Estádio Joaquim de Almeida Sobrinho (Maravilha do Contorno).
Competição: 1º Campeonato Paraibano de Futebol Feminino (Final).
Botafogo: Élida; Alani, Rincon, Cris, Neide; Ronaldinha, Ledjane, Kely e Jaciara; Lucilene e Fafá. Téncica: Gleide Costa
Auto Esporte: Bill, Lídia, Gel, Taly, Betinha, Adriana, Popy, Taty, Elma, Zelma e Wiliara.
Técnico: Cláudio Jorge.
Gols: Jaciara (3 min-1ºT), Betânia (37 min-1ºT), Cris (39 min-1ºT), Adriana (15 min-2ºT), Alani (26 min-ºT) e Lucilene (39 min-2ºT) para o Botafogo
Substituições: Isis (Neide); Érica (Ledjane); Betânia (Jaciara) e Lica (Fafá) pelo Botafogo. Nenhuma pelo Auto Esporte.
Anormalidades: Cartão vermelho para a jogadora Jaqueline, do Botafogo, por reclamação.
Árbitro: Clisaldo Luiz
Auxiliares: Humberto José e Michelson Nóbrega
AS BELAS DO BELO - CAMPEÃS ABSOLUTAS

 
Entrega das medalhas pelo título inédito
Explicaçoes para o sucesso da equipe

Kelly (esq) e Ledjane, as melhores


Lucilene, a artilheira do time

Comemoração do gol: gesto que se repetiu seis vezes

A torcida em bom número para ver as meninas


Técnica do Belo entrega o troféu do vice Auto Esporte

CAMPANHA DO TÍTULO:
Gleide Costa: traçando as estratégias de jogo

1 ª Fase:
Botafogo 3 x 0 Kashima
Botafogo 5 x 0 Sapé
Botafogo 7 x 0 América
Botafogo 6 x 0 Auto Esporte
Botafogo 1 x 1 Treze
Fase Final:
Botafogo 4 x 0 Auto Esporte
Botafogo 6 x 0 Auto esporte
Marcou: 32 gols
Sofreu: 1
Artilheira do campeonato:
Lucilene com 9 gols

terça-feira, 26 de julho de 2011

Coluna - Jornal A UNIÃO - Esportes - João Pessoa_Domingo_24/07/2011

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Seleção Brasileira 2011 - Amistosos

Brasil x Alemanha
NOVO TESTE PARA MANO MENEZES E SEUS JOGADORES CHAMADOS A JOGAR DE NOVO
O técnico Mano Menezes anunciou, nesta segunda-feira (25), a lista de convocados para o amistoso contra a Alemanha, no próximo dia 10 de agosto em Stuttgart, no primeiro compromisso após o fracasso na Copa América. O comandante manteve a base do grupo que disputou o torneio na Argentina.
Desta forma, Mano indica gesto de apoio as suas jovens estrelas como Neymar e Paulo Henrique Ganso, criticadas após o insucesso brasileiro na Copa América.
Com a dupla de santistas mais uma vez convocada, o técnico da seleção ainda ignora o pedido do técnico Muricy Ramalho de ter seus jogadores preservados para o Campeonato Brasileiro. "Os outros que resolvam os seus problemas. Ninguém resolve os meus", disse Mano sobre o aproveitamento dos santistas e a ausência de Elano.
Na lista divulgada nesta segunda em um hotel do Rio, Mano ainda apresenta seis novidades que não estiveram na Copa América, como o zagueiro Dedé, do Vasco, o atacante Jonas, do Valencia, o volante Ralf, do Corinthians e os meias Fernandinho (Shakhtar), Renato Augusto (Bayer Leverkusen) e Luiz Gustavo (Bayern de Munique).
"Na convocação do Jonas, entendo que devemos melhorar a aproximação com o homem final. Quero um homem que tenha capacidade de jogar central, mas que não jogue enfiado entre os zagueiros", afirmou o treinador em entrevista coletiva nesta segunda-feira
Na Copa América da Argentina, a seleção de Mano Menezes foi eliminada nas quartas de final, com revés nos pênaltis diante do Paraguai, depois de empate sem gols. Na fase de grupos, o Brasil havia empatado duas vezes e vencido apenas o Equador.
Na eliminação diante dos paraguaios, a seleção desperdiçou suas quatro cobranças de pênaltis, com Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred. Destes nomes, apenas Elano ficou de fora do amistoso com a Alemanha em Stuttgart.
No balanço de 2011, o time de Mano Menezes apresenta uma derrota (amistoso com a França), quatro empates e três vitórias.
Depois da Alemanha, a seleção tem programado compromissos amistosos contra a Argentina (dias 14 e 28 de setembro) e diante do México (11 de outubro).

Copa América 2011 - Final

Futebol Sul-americano
GERAÇÃO FORLÁN-LUGANO GANHA A COPA AMÉRICA E REPÕE O URUGUAI NO TOPO

Um futebol que conquistou as Copas do Mundo de 1930 e 1950 e era um dos maiores vencedores da Copa América voltou a conquistar o continente. Com uma campanha sólida, o Uruguai superou a eficiente retranca do Paraguai, venceu por 3 a 0 e, neste domingo, no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, conquistou seu 15º título do principal torneio da América do Sul.
Com a conquista, que não acontecia havia 16 anos, o Uruguai se isolou como o maior vencedor da Copa América, com 15 títulos. A Argentina, que foi derrotada pelos uruguaios nas quartas de final, permanece com 14. Já o Brasil, que também se despediu do torneio no primeiro jogo do mata-mata, tem oito troféus.
Se o título mostra o renascimento do futebol uruguaio, que na última Copa do Mundo terminou na quarta colocação e, neste ano, viu o Peñarol fazer a final da Copa Libertadores com o Santos, essa conquista também simboliza uma das grandes gerações do Uruguai, com destaque para o zagueiro e capitão Diego Lugano e o atacante Diego Forlán.
O Uruguai, no entanto, não se resumiu a essas duas figuras. A equipe celeste aposta suas fichas no temperamental e letal atacante Luis Suárez (eleito melhor jogador do torneio), que abriu o placar na decisão deste domingo e marcou quatro gols na Copa América, no jovem zagueiro Coates (apontado como revelação da competição), além do meio-campista Cavani.
Mesmo com todos esses elementos, o Uruguai demorou até convencer. Na primeira fase, o time empatou com Peru e Chile (ambos por 1 a 1) e, só na terceira rodada, venceu o México. Diante disso, os uruguaios acabaram caindo no caminho da Argentina logo nas quartas de final. Mesmo assim, a equipe conseguiu derrotar os donos da casa nos pênaltis. Na semifinal, novamente contra os peruanos, uma vitória por 2 a 0 e o passaporte para a grande decisão.
O histórico do Uruguai é bem diferente do Paraguai, que chegou à final sem vencer nenhum jogo. Depois de empates contra Equador, Brasil e Venezuela na primeira fase, os paraguaios conseguiram avançar de fase após baterem brasileiros e venezuelanos nos pênaltis, fato que consagrou o goleiro Justo Villar.
Neste domingo, no entanto, a estrela do goleiro paraguaio não foi suficiente para estragar a coroação dos uruguaios. Mesmo com um pênalti não marcado pelo brasileiro Sálvio Spinola, a equipe celeste não se abalou e, com Luis Suárez e Diego Forlán, abriu uma boa vantagem no primeiro tempo.
Atrás do marcador, o Paraguai teve de rever sua postura e passou a pressionar o Uruguai no segundo tempo. Porém, mesmo com mais volume de jogo, os paraguaios mostraram ineficiência na hora da conclusão e não conseguiram descontar. No fim, um contra-ataque rápido deixou a bola para Forlán, que deu números finais ao jogo e garantiu o título aos uruguaios.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Coluna - Jornal A UNIÃO - Esportes - João Pessoa_Domingo_17/07/2011

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Copa América 2011 - Brail em campo

BRASIL ERRA MUITO NA PONTARIA E SE DESPEDE DA COPA AMÉRICA 
Com UOL
Elano, Lúcio e André Santos saem cabisbaixos da Copa América junto com a Seleção Brasileira
Quem não faz toma... nos pênaltis. Para a seleção brasileira, o velho ditado do futebol sofreu uma pequena alteração. Os pentacampeões mundiais exageram nos erros de finalização e consagraram o goleiro Justo Villar, enquanto a bola rolou, neste domingo em La Plata. Após o 0 a 0, os paraguaios levaram a melhor na disputa por pênaltis e ganharam por 2 a 0, eliminando o Brasil da Copa América nas quartas de final.
O time de Mano Menezes obteve a proeza de errar as quatro cobranças, sendo três delas para fora, em chutes grotescos de Elano, André Santos e Fred. Thiago Silva parou em Villar. Já o Paraguai, diante da pontaria bisonha do rival sul-americano, só precisou colocar duas bolas na rede.
Assim, a seleção brasileira retorna para casa, enquanto o Paraguai aguarda o vencedor de Chile e Venezuela para disputar a semifinal de torneio continental, que já viu a queda da anfitriã Argentina no último sábado, também nos pênaltis.
Embora tenha sido a melhor apresentação do Brasil em território argentino, os vacilos no ataque e os milagres de Villar e da defesa guarani impediram a vitória no tempo regulamentar e na prorrogação. Nos pênaltis, terminou o sonho pelo tricampeonato inédito da Copa América.
O Brasil jogou bem e pressionou. Entretanto, faltou pontaria nos chutes. Neymar e Alexandre Pato foram os que mais desperdiçaram chances.
A condição do gramado na arena de La Plata não permitia que a bola rolasse com perfeição, e muitas falhas nos passes foram registradas na etapa inicial (29% de erros dos paraguaios e 18% dos brasileiros).
A primeira boa jogada de ataque ocorreu aos 27 minutos, quando o time de Mano Menezes apertou a saída de bola e desarmou os paraguaios. Ganso fez o passe para Robinho, que ajeitou para Neymar. Sozinho na área, o camisa 11 chutou para fora.
Outro arremate com perigo ao gol paraguaio aconteceu cinco minutos depois, em um lance de bola parada. André Santos cruzou, Lúcio deu um carrinho quase na pequena área e Villar salvou com os pés, no reflexo.
Aos 40 minutos, Ramires enfiou a bola para André Santos, que apareceu nas costas da zaga, dominou e chutou por cima do gol. Pato estava sozinho no meio da área, mas não recebeu o cruzamento.
Do outro lado, Julio Cesar apenas assistiu ao domínio brasileiro. O ataque paraguaio, sem sua principal referência, Roque Santa Cruz, machucado, não chutou a gol uma vez sequer.
A pressão do time canarinho continuou na volta para a etapa final. Logo aos 3 minutos, Neymar desperdiçou outra grande oportunidade. O jovem de 19 anos recebeu de Pato, cortou o zagueiro e bateu. A bola passou pelo goleiro, porém o zagueiro Alcaraz salvou de carrinho.
A partir daí só deu Justo Villar, que realizou grandes intervenções após chutes de Ganso e Pato. O camisa 9 entrou duas vezes sozinho na área, mas parou no camisa 1 rival.
Mano colocou Fred no lugar de Neymar. O camisa 19 conseguiu superar Villar com uma cabeçada precisa, porém Barreto salvou em cima da linha.
Na prorrogação, os brasileiros não mantiveram o ritmo forte. Aos 12 minutos, Lucas Leiva e Alcaraz se desentenderam, iniciaram uma confusão entre os dois times e foram expulsos. E o placar não saiu do zero.









sábado, 16 de julho de 2011

Jornalismo Esportivo – Espaço acadêmico

A partir de hoje, este espaço está franqueado aos meus alunos da disciplina de Jornalismo Esportivo, que leciono no curso de Comunicação Social da Universidade Federal da Paraíba. Aqui, o internauta vai poder conferir a produção dos melhores alunos do curso, através de matérias produzidas como exercício da citada disciplina. As duas matérias que seguem, abaixo, foram as duas melhores produzidas no semestre 2011.1, como trabalho prático da cobertura de duas partidas de futebol, válidas por campeonatos diferentes: o último Fla-Flu do Campeonato Brasileiro da série A e o jogo entre o Brasil e o Equador, pela primeira fase da Copa América, que se realiza na Argentina. Confiram os textos.
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O FLA-FLU e Seu Jobson
Quase 100 anos de duelo


Por Larissa Pereira
Larissa Pereira, 24 anos, cursa jornalismo na UFPB
e é repórter da TV Cabo Branco de João Pessoa 

O árbitro, Rodrigo Nunes de Sá, não era o mesmo, nem muito menos o apito, mas aquele som que deu início ao clássico, às quatro horas da tarde, horário de Brasília, no Engenhão, soa há 99 anos e pela exata 378º (trecentésima septuagésima quinta) vez entre esses dois clubes. Um jogo improvável, cheio de dados estatísticos, mas de difícil previsão, assim como qualquer partida de futebol. Mas se você prefere confiar que o passado influencia e pesa no presente, anote: o confronto podia definir o primeiro vencedor desse clássico no estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro. Em três partidas até hoje, foram três empates. Pelo Campeonato Brasileiro do ano passado, o jogo terminou 3 a 3. No Carioca de 2011, mais duas igualdades, por 0 a 0 e 1 a 1. Na segunda, o Flamengo levou a melhor nos pênaltis e avançou para a decisão da Taça Rio. Até o momento, o Flamengo deixou o campo vencedor 134 vezes, contra 119 vitórias do Fluminense e 124 empates.
E foi entusiasmado por entrar para essa história que começou na década de 1910, que o aposentado, Jobson dos Anjos, mais uma vez sentou-se, pontualmente às quatro da tarde, em frente à TV de 42 polegadas na sala de casa, em João Pessoa. A camisa rubro-negra ele não vestiu, dessa vez. Mas garante que não acredita em mandingas ou superstições, “Foi apenas pelo calor”, justificou. Pelos detalhes dá para ver que eu acompanhei essa partida ao lado dele, ou melhor, no sofá ao lado. Sim, porque eu precisava torcer que o torcedor fanático fizesse o seu papel e trouxesse mais emoção a essa reportagem que você mal pode esperar para ler até o final.
As incertezas dos lances que começavam a se apresentar na arena tricolor há 2.544 km de Jobson, mal o permitiam piscar os olhos diante do espetáculo. Eu fui a única que se arriscou a compartilhar com ele os 95 minutos (dois de acréscimo no primeiro tempo e três no segundo). É que em dias como o de domingo com clássico na TV, a filha de cinco anos já sabe que é melhor se ocupar com os brinquedos no quarto; o filho de 11 anos aproveita que o pai não vai se levantar para nada e se esforça para zerar os jogos do vídeo game; Ah! A esposa já se antecipa e aluga um filme que costuma assistir enfurnada na suíte da casal. Não resta dúvida, Jobson se basta na sala.
Foi difícil para o flamenguista suportar calado os 90 passes errados da partida. E ele não suportou. Reclamou demais. Também não era para menos, o Flamengo teve mais posse de bola, mas o Fluminense criou mais chances de abrir o placar. Uma das melhores oportunidades do time de Jobson, no primeiro tempo, saiu dos pés de Ronaldinho gaúcho num contra-ataque, mas Deivid, o camisa 9, estava impedido. Do lado de lá do campo, He-Man acertou a trave de Felipe e por pouco não faz os 18.884 pagantes (23.438 presentes), verem o gol do Flu. Ah! Seu Jobson também, claro, e tantos outros com TV a cabo pelo Brasil à fora.
Os tricolores pediram pênalti em lance polêmico na área rubro-negra. Cesar abriu demais o braço e tocou no rosto de Marquinho. Mas o juiz e os flamenguistas não concordaram.
Minutos antes de comemorar o gol de Williams de cabeça feito aos 45 minutos do primeiro tempo, o rubro-negro de João Pessoa e os demais assistem o lateral Carlinhos, do Tricolor, receber um cartão amarelo depois de chegada forte no homem que fez o gol do Flamengo.
Como foi o gol? Já que foi do time de Seu Jobson, eu resolvi dar a ele o privilégio de narrar:
- “Junior Cesar rola para Thiago Neves que cruza para Willians, sozinho no lado esquerdo da pequena área tricolor. Ele cabeceou para o gol. Cavalieri ainda tentou defender, mas a bola já tinha entrado. 1 a 0 para o Mengão.”, narrou o torcedor.
Dois minutos depois, intervalo no clássico. Intervalo também na aflição de todos os torcedores (rubro-negros e tricolores), que para relaxar, acredite, preferem rever os lances do primeiro tempo. Coisa de jogo de futebol, coisa de clássico. Hora de rever se Williams estava impedido na hora de fazer o gol: as muitas câmeras instaladas mostravam o zagueiro Gum dando condições.
Flamengo e Fluminense entram em campo para o segundo tempo sem alterações. O primeiro lance de perigo da segunda etapa vem de uma cobrança de falta perigosa em frente à área do Flamengo. Souza faz a cobrança, mas a bola passa à direita de Felipe, para fora. Alívio para Seu Jobson, que acompanhou com o corpo, a trajetória da bola e não escondeu o sorriso, mesmo sem a certeza de que em breve, àquela seria a quarta vitória seguida do Flamengo, que segue invicto no Brasileirão 2011.
O atacante tricolor Ciro foi o destaque do lado Fluminense. A criatividade do jogador chamou atenção em pelo menos, três boas chances de gol. Pelo lado do Flamengo, a dificuldade era entrar na área advsersária. Então, o jeito era arriscar de longe. Mas faltava pontaria, principalmente de Thiago Neves.
O Tricolor foi, no segundo tempo, como todo time que está perdendo, para aumentar a aflição e acelerar ainda mais os batimentos cardíacos de Seu Jobson, que afirmou: - “Desse jeito o velho aqui não agüenta. É muita pressão!” O Fluminense mal saía do ataque. Tiveram faltas perigosas, daquelas difíceis de assistir e respirar ao mesmo tempo.
Mas Felipe entendeu que defesa em clássico, vale tanto quanto em uma final de campeonato. O goleiro rubro-negro manteve o rendimento dos últimos jogos e salvou o clube em vários momentos.
Já perto de ouvir o apito final, o Flamengo parecia ter ficado com um jogador a mais. Você não leu errado, é a mais mesmo. Digo isto porque chegou a ser inacreditável que o árbitro Rodrigo Nunes de Sá, não tenha visto uma tapa de Airton no rosto de Souza. Ele estava em cima do lance. Ah! Teve falta dentro da área a favor dos tricolores mas não tiveram marcações.
Enquanto isso, os outros onze cuidaram de segurar o placar e o time todo ficou retrancado. O magrinho Negueba entrou no lugar de Deivid para aproveitar os contra-ataques. Abel Braga usou Rodriguinho e colocou Marquinho para descansar antes do fim da partida, a tentativa era, pelo menos, empatar. Mas parecia que 10 mesmo, só a data do jogo, porque a falta de pontaria do Fluminense mal alcançou o número 5, na escala até a nota máxima (10).
O Flamengo tem agora 19 pontos no Campeonato Brasileiro, três a menos do que o líder Corinthians. O Fluminense, que foi superior em boa parte do jogo, mas perdeu diversas chances, permanece com 12 pontos e permanece na nona posição.
Se aos fluminenses restou pensar no próximo jogo... Seu Jobson comemorou o resultado magro como um chocolate (de muitos gols). Ele fez isso do jeito clássico. Ligou para os amigos tricolores e lembrou o placar de 1 a 0 para o Flamengo. Tudo para não perder a piada e não diminuir a rivalidade.

Ficha técnica:
FLUMINENSE 0 X 1 FLAMENGO

Fluminense: Diego Cavalieri, Diogo (Matheus Carvalho), Gum, Márcio Rosário e Carlinhos; Edinho, Diguinho (Fernando Bob), Marquinho (Rodriguinho) e Souza; Ciro e Rafael Moura. Técnico: Abel Braga
Flamengo: Felipe, Léo Moura, Welinton, Ronaldo Angelim e Junio Cesar; Airton, Willians, Renato e Thiago Neves (Diego Maurício); Ronaldinho Gaúcho (Bottinelli) e Deivid (Negueba). Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Gols: Willians, aos 45 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Carlinhos, Diguinho, Márcio Rosário (Fluminense); Airton (Flamengo).
Local: Engenhão, Rio de Janeiro. Data: 10/07/2011. Árbitro: Rodrigo Nunes de Sá (RJ). Auxiliares: Rodrigo Pereira Joia (Fifa/RJ) e Rodrigo Henrique Correa (RJ). Público: 18.884 pagantes (23.438 presentes). Renda: R$ 656.500,00.

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Os meninos do verde, azul e amarelo brilham na Argentina (e aqui também)



Por Bruna Fernandes
Bruna Fernandes é aluna de jornalismo da UFPB
e produtora de notícias (estagiária)
 da TV Cabo Branco de João Pessoa


A partida entre Brasil e Equador fez muita gente assistir à novela das 21h, desta quarta-feira (13), até o fim para não perder nada do começo da disputa. O jogo era lá no estádio Mario Kempes, pela Copa América, em Córdoba, na Argentina, mas a torcida dava para ser ouvida daqui de João Pessoa. Um grito distante de um menino ecoou entre os prédios: “Ganha logo, Brasil!”. E ele ainda iria gritar muito. Era a pressão por ouvir várias vezes nos últimos dias que a Seleção não poderia perder. Tudo conspirava para o Brasil alcançar seu objetivo: a vaga nas quartas de final da Copa América. O verde do gramado, o amarelo da camisa brasileira e o azul do uniforme equatoriano formavam um conjunto de cores bem conhecido dos torcedores da equipe de Mano Menezes.
Só dava para ver a luz da televisão, mas era claro que aquele menino estava ali, sentado, esperando pela chance de ver os outros meninos brasileiros pularem junto com ele.Logo nos três primeiros minutos, o Brasil mostrou que estava diferente. Não só pelas mudanças técnicas em relação aos outros jogos, como a entrada de Maicon na lateral direita no lugar de Daniel Alves e de Robinho no de Jadson. A principal alteração estava na vontade de ganhar que, agora sim, era visível. Um chute de Neymar por cima do gol formou um “uuuh” nas ruas. Os cruzamentos vindos da direita davam expectativas, mas ainda não tinham conclusão na área do Equador. O vizinho mirim não passava dos dez anos de idade e já parecia preocupado com o futuro do Brasil – do futebol do Brasil.Aos 28 minutos do primeiro tempo, ele pôde respirar. Alexandre Pato recebeu de André Santos e marcou de cabeça. Juntamente com as bombas, foi possível ouvir: “Pato, Pato, Pato!”. No estádio, a os argentinos se sentiram na obrigação de torcer contra o rival canarinho, que poderia atrapalhar seus planos de conquistar a Copa em casa, e começaram com o “olé” para o Equador. Mal sabiam eles quantos “olés” o Brasil faria.

Temendo que o adversário avançasse mais no jogo, o volante Noboa derruba Neymar e acaba levando um amarelo do árbitro uruguaio Roberto Silveira. Noboa também não sabia que o perigo viria dos pés de Robinho que, há quase um ano sem marcar para a Seleção, ficou na trave. Já havia passado dez minutos desde o gol de Pato quando veio a resposta do Equador, que precisava ganhar para se classificar. Em uma pequena falha do zagueiro Tiago Silva, Felipe Caicedo chutou e, aproveitando uma grande falha do goleiro Júlio César, empatou a partida. Foi a vez dos meninos lá no Equador vibrarem com o primeiro gol do país nesta Copa América.
Silêncio. Foi isso que traduziu os últimos minutos do primeiro tempo. No campo, os jogadores se desestabilizaram. Na vizinhança, o pequeno não esboçou qualquer reação. Os equatorianos, pelo contrário, atacaram e sufocaram o time de Mano Menezes, que já apresentava sinais de aflição. Nesse momento mais complicado, Júlio César fez valer seu lugar e se esticou para defender a gol de seu país. Um dos chutes do meio campista Arroyo deu trabalho para o goleiro. Já eram sete finalizações dos azuis contra cinco dos amarelos – mas as cores ainda se misturariam para fazer um só resultado. Depois de um minuto de acréscimo, o árbitro, encerrou a primeira etapa. No intervalo, a criança deve ter escutado de sua mãe: “Filho, tá na hora de dormir, amanhã você vê o no que deu”. A televisão permaneceu ligada.
Sem nenhuma alteração, as seleções voltaram ao campo. Quatro minutos no cronômetro e, depois de receber de Ramires, o esperado serviço de Ganso apareceu. O passe foi para Neymar que, com categoria, fez o segundo gol. Se o jogo terminasse no 2 a 1, o Brasil teria que disputar no sorteio o primeiro lugar no grupo B com a Venezuela. Mas, não terminaria assim. Para tristeza dos meninos, dentro e fora do Mario Kempes, Caicedo, aos 13 minutos, marcou novamente. O atacante fez até os equatorianos, por um momento, esquecerem a ausência de seu principal jogador, o meio campo Valência. Ele lesionou o joelho logo na estreia contra o Paraguai e não pôde jogar. “Ah, não!”e alguns palavrões saíram pelo ar durante uns dois minutos. A pausa aconteceu quando Pato fez seu segundo gol e terceiro do Brasil: depois da tentativa de Neymar, o goleiro Elizaga espalmou e o outro menino completou.
A partir daí, a Seleção se soltou ainda mais e mostrou que pode brilhar. Na metade do segundo tempo, Maicon, um dos nomes da partida, soltou uma bomba contra o gol equatoriano. Logo após, Ganso apareceu de novo e tocou para Pato que chutou para fora. Em um jogo sem muitas faltas e sem violência, o árbitro não teve trabalho. Ainda deu um cartão amarelo para André Santos por uma falta cometida, mas o jogo seguiu tranquilo.

Estava bom de ver a troca de posição entre Robinho e Neymar, sempre tentando agitar lá na frente. Sem firulas, o Brasil deu chutão, roubou bola e, mais importante, fez gol. Neymar que o diga. Fez o garotinho gritar mais uma vez– e talvez acordar a mãe. Aos 26 minutos, Neymar fez o quarto e aliviou a ansiedade pela vaga nas quartas. A jogada veio, mais uma vez, de Maicon, que mostrou que Mano acertou em colocá-lo no jogo. Já em clima de fim de partida, os técnicos fizeram algumas substituições. Roberto Silveira trocou ÉdisonMéndez por Narciso Mina e o brasileiro colocou Elias no lugar de Ganso. O meio campista do Equador Oswaldo Minda levou cartão amarelo, mas isso já era irrelevante para a torcida. Na vizinhança já estava tudo calmo, sem bombas, fogos ou gritos – talvez um “ufa”, bem baixinho.
Mais substituições no Brasil: saíram Neymar e Pato para a entrada de Lucas e Fred, que ainda teve boa chance contra o goleiro Elizaga, mas não concluiu. No Equador, o técnico fez todas as alterações que podia, entretanto nada ajudou. Noboa saiu para Montaño entrar e assistir bem de perto a vitória brasileira junto com Achilier, que entrou na vaga de Reasco. O bandeirinha não quis que fosse uma vitória mais recheada e deu impedimento no gol de Robinho, aos 46 minutos. O zagueiro e o goleiro rivais davam condição, mas restou ao atacante conter a comemoração e guardá-la para os próximos jogos.
Há dez anos sem ganhar uma partida na Copa América, o Equador só terá outra chance em 2015. Ganhar do Brasil, então, continua um tabu. Nos 12 confrontos de Copa América, o Equador perdeu 11 e empatou um. Em uma geral de duelos, foram 22 vitórias brasileiras, 3 empates e apenas duas vitórias equatorianas. O jogo desta quarta-feira acrescentou mais uma derrota na conta deles. Já a equipe brasileira, classificada em 1º lugar do grupo com 5 pontos e um gol a mais que o segundo, a Venezuela, enfrenta o Paraguai no próximo domingo (17), em La Plata às 16h. Agora o destino é a terceira vitória seguida nas Américas.
O amarelo já estava no peito do Brasil, o verde foi dominado e o azul mostrou quem é seu verdadeiro dono. As cores se uniram para trazer de volta a bandeira para as varandas brasileiras. O menininho deve ter ido dormir com um sorriso no rosto pela vitória e pelo próximo jogo ser mais cedo e a mãe não reclamar.













quinta-feira, 14 de julho de 2011

Copa América 2011 - Brasil em campo

Nas quartas de final
NEYMAR E GANSO RESOLVEM JOGAR E CLASSIFICAM O BRASIL

Principais apostas da seleção brasileira para brilharem na Copa do Mundo de 2014, Neymar e Paulo Henrique Ganso começaram mal a primeira competição importante com a camisa verde-amarela. Mas nesta quarta-feira se redimiram e foram peças fundamentais no triunfo por 4 a 2 sobre o Equador. A dupla comemorou a evolução em campo.
“Quero vencer sempre e hoje as coisas deram certo. Mas já passei por dificuldades maiores, jogar mal uma partida é normal na carreira do jogador de futebol. Joguei mal, mas dei a volta por cima”, disse Neymar após a partida que garantiu a classificação para as quartas de final da Copa América.
O atacante santista, enfim, desencantou. Marcou dois gols e foi fundamental para a classificação em primeiro lugar do grupo B. A última vez que havia balançado as redes havia sido em 27 de marços deste ano, justamente quando fez dois tentos no amistoso contra a Escócia.
Já Ganso também vinha sendo criticado após dois empates contra a Venezuela (0 a 0) na estreia e Paraguai (2 a 2). Mas na noite desta quarta, mostrou sua qualidade e deu um ótimo passe para o companheiro de Santos fazer o segundo gol do Brasil.
O meia admitiu que não vinha atuando bem e comemoração a mudança. “Estou evoluindo. Como já havia comentado, sei que estava errando alguns passes. Hoje pude ajudar e deixar o Neymar na cara do gol. A seleção melhorou, espero continuar melhorando”, disse.
O PREÇO DA RENOVAÇÃO
O clima não está muito bom na seleção brasileira com as experiências que estão sendo feitas visando a definição do time ideal que sirva de referência para o projeto de renovação que a CBF quer implantar no futebol do Brasil. O próprio Mano Menezes, o comandante dessa renovação, admite que não tem sido fácil sacar alguns jogadores de peso, que até tentam, mas não conseguem disfarçar a insatisfação. Robinho foi o primeiro a perder seu lugar cativo, quando deu lugar a Jadson contra o Paraguai, no último sábado. O camisa 7 recuperou a titularidade no triunfo por 4 a 2 sobre o Equador e assim deve permanecer para encarar novamente o Paraguai, pelas quartas de final.
Na lateral direita, a briga é acirrada desde os tempos de Dunga. Daniel Alves era o preferido, porém jogou mal nas duas primeiras partidas e viu Maicon crescer. O atleta da Inter de Milão foi um dos melhores em campo, talvez o melhor contra o Equador, e não há como tirá-lo agora.
“Trabalho para gerenciar 23 jogadores, conduzi-los e tirar o melhor de cada um. Assim enxergo a função de técnico da seleção. Às vezes é de forma mais cômoda, quando você tem dois extraordinários jogadores da mesma posição, como o Dani Alves e o Maicon. Às vezes é de forma mais polêmica, mas vou fazer o que tem que ser feito. O Robinho fez um bom jogo. Como eu sempre digo, quando o coletivo melhora a individualidade aparece”, comentou Mano, sobre as alterações no time que escalou.
Dias antes, o técnico gaúcho havia dito: “O ruim na vida de um técnico é que para colocar um jogador ele tem que tirar outro.”
Maicon era visivelmente o atleta mais incomodado com a condição de suplente. “Vou falar o que? Não estou jogando”, respondeu a um repórter, que o convidou a dar entrevista depois do empate por 2 a 2 com o Paraguai.
Já Daniel Alves soube lidar melhor com situação. “[Maicon] É um grande jogador, acho que teve a oportunidade e tem que aproveitar. A seleção conseguiu fazer um grande jogo, espero que seja a vitória para dar o pontapé para a nossa arrancada”, observou o lateral do Barcelona.
Se o critério para barrar um atleta fosse apenas falhas, Julio Cesar iria para o banco no fim de semana. Entretanto, o histórico favorece o goleiro, que seguirá na equipe.







segunda-feira, 11 de julho de 2011

Coluna - Jornal A UNIÃO - Esportes - João Pessoa_Domingo_10/07/2011

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Copa do Mundo 2011 - Futebol feminino

BRASIL DEIXA ESCAPAR VITÓRIA CONTRA OS EUA E SAI DO MUNDIAL
 No jogo considerado a “final antecipada”, o Brasil acabou se despedindo da Copa do Mundo de futebol feminino. Com direito a gol contra, expulsão e até um gol irregular, o Brasil empatou por 1 a 1 no tempo normal, por 2 a 2 na prorrogação, e foi derrotado pelos Estados Unidos nos pênaltis por 5 a 3. Daiane errou a cobrança para as brasileiras, enquanto as norte-americanas não desperdiçaram nenhuma.
Com o resultado, o sonho do inédito título da Copa do Mundo de futebol feminino fica adiado por mais quatro anos. Já os Estados Unidos, por sua vez, seguem vivos no torneio e agora enfrentam a França na semifinal, que acontecerá nesta quarta-feira, em Moenchengladbach.
Depois do empate no tempo normal, Marta fez o que seria o gol salvador, aos 2 minutos do primeiro tempo da prorrogação. Porém, já nos acréscimos, a grandalhona Wambach mandou para as redes, levando a decisão da vaga para os pênaltis.
Como era de se esperar, no entanto, o jogo entre Brasil e Estados Unidos, considerado um dos maiores clássicos do futebol feminino, foi nervoso e contou com diversos lances polêmicos. Logo aos 2 minutos, as norte-americanas saíram na frente do placar quando Daiane, que mais tarde viria a desperdiçar uma penalidade, acabou fazendo um gol contra.
Mesmo com o abalo psicológico natural por conta do lance, as brasileiras ainda conseguiram criar as melhores oportunidades da primeira etapa, chegando até a acertar o travessão, com um chute de Fabiana.
Assim como já aconteceu durante esta Copa do Mundo, o Brasil foi mal no primeiro tempo e conseguiu se recuperar na segunda etapa. Desta vez, o futebol técnico apresentado em outras oportunidades não foi o mesmo, mas as jogadoras compensaram com muita disposição.
E, foi em um lance desses, que Marta desequilibrou. A camisa 10 brasileira deu um chapéu em duas marcadoras simultaneamente e, quando estava de frente para o gol, foi derrubada. A árbitra sacou o cartão vermelho, mas não assinalou qual havia sido a sua decisão. A australiana Jacqui Melksham, no entanto, marcou o pênalti e expulsou a defensora Buehler.
Daiane: gol contra e perda de pênalti
Cristiane, que nos treinamentos tem um aproveitamento muito próximo dos 100%, cobrou no canto esquerdo, e Hope Solo defendeu. Alguns momentos depois, no entanto, a arbitragem voltou atrás, acusou invasão das norte-americanas, e mandou repetir o lance. Desta vez Marta pegou a bola e mandou para o fundo das redes, empatando.
Mesmo com a pressão dos dois lados, a partida foi para a prorrogação e, após o Brasil sair na frente, o time acabou recuando, possibilitando que os Estados Unidos pressionassem. No último minuto, Wambach foi melhor que a defesa brasileira e, de cabeça, igualou o resultado.
Na alternância dos pênaltis, Daiane acabou cometendo o erro que eliminou o Brasil de mais uma Copa do Mundo de futebol feminino

domingo, 10 de julho de 2011

Copa América 2011 - Brasil em campo

BRASIL SEGUE MAL E EVITA DERROTA CONTRA O PARAGUAI: 2 a 2

Entre dois zagueiros, Fred domina e arremata para o gol empatando a partida

Foi por pouco. Em uma nova atuação desastrosa, o Brasil se livrou de uma derrota para o Paraguai graças a um gol salvador de Fred, aos 44 minutos do segundo tempo. O jogo terminou 2 a 2, e a equipe de Mano Menezes segue sob risco de dar vexame na Copa América.
Com o empate, brasileiros e paraguaios somam dois pontos no Grupo B. Na quarta-feira, às 21h45, o selecionado pentacampeão mundial precisa ganhar do Equador para se classificar às quartas de final. Um tropeço pode significar uma eliminação precoce, o que seria um vexame histórico para o país atual bicampeão continental.
Os aficionados brasileiros, minoria no estádio Mario Kempes, em Córdoba, não gostaram do que viram e pediram até por Marta, jogadora eleita por cinco vezes a melhor do mundo.
Mano Menezes também foi alvo dos protestos. O treinador surpreendeu ao sacar o criticado Robinho e apostar em Jadson. O novo titular errava muitos passes e estava mal, quando abriu o placar aos 38 minutos do primeiro tempo.
No intervalo, apesar de ter balançado a rede, Jadson deu lugar a Elano. O Brasil começou a errar demais e chegou a ficar na roda, para delírio dos paraguaios, que dominaram as arquibancadas, graças também ao apoio de argentinos infiltrados.
Aos 10 minutos, Estigarribia fez o passe para o meio, Santa Cruz entrou sozinho e bateu colocado, tirando Julio Cesar do lance.
O pior estava por vir. Aos 21 minutos, Daniel Alves perdeu a bola na área para Riveros, que tocou para Santa Cruz. O camisa 9 só rolou para Valdez, que chutou prensado em Lucio. A bola bateu no paraguaio e encobriu Julio Cesar.
Neymar e Pato não acertaram uma jogada e foram anulados pela marcação rival. Mano mandou a campo Lucas e Fred, nos lugares de Ramires e Neymar. O jovem santista, principal revelação do futebol brasileiro, ouviu uma sonora vaia de todo o estádio.
E foi do centroavante do Fluminense que saiu o gol salvador, aos 44 minutos. O camisa 19 girou sobre o zagueiro e finalizou com precisão.





sexta-feira, 8 de julho de 2011

Copa do Mundo 2011 - Futebol feminino

Clássico da categoria
BRASIL QUER SE LIVRAR DA 'SÍNDROME DO 1º TEMPO' E VENCER OS EUA



Se no futebol masculino um jogo entre Brasil e Estados Unidos não atrai tanta atenção, entre as mulheres o confronto pode ser considerado um dos maiores clássicos. Antes do próximo jogo entre os dois times, neste domingo, às 12h30 (de Brasília), pelas quartas de final da Copa do Mundo, a seleção brasileira precisa se livrar da “síndrome do primeiro tempo” e, com isso, tentar diminuir a vantagem histórica das rivais. Em 23 partidas ao longo dos anos, os Estados Unidos ganharam simplesmente 19 vezes. As brasileiras foram melhores em apenas duas oportunidades e ainda ocorreram dois empates.
Diante dessa superioridade numérica em um dos mais badalados clássicos do futebol feminino, o Brasil ainda tem de se preocupar em melhor um aspecto. Apesar de fazer a melhor campanha da primeira fase, com 100% de aproveitamento e nenhum gol sofrido, o time do técnico Kleiton Lima tem, repetidamente, demonstrado muitas falhas nos 45 minutos iniciais dos jogos, fato já destacado pelo grupo.
“O primeiro tempo normalmente é estudado. Temos propostas de jogo para o ataque, a defesa, e ainda esperamos um encaixe, mas sempre acontecem surpresas. Os intervalos têm sido importantes, elas têm ficado atentas ao que falamos e correspondido no segundo tempo”, explicou o treinador brasileiro.
Nas três primeiras partidas, contra Austrália, Noruega e Guiné Equatorial, a seleção brasileira conseguiu marcar apenas um dos seus sete gols no primeiro tempo. Por outro lado, quatro deles foram feitos nos primeiros 10min da segunda etapa, o que mostra o resultado da conversa no vestiário.
“Na próxima fase precisamos de concentração durante os 90 minutos. Temos de melhorar no primeiro e ter um jogo técnico, que é o que sabemos fazer, e não querer decidir as coisas logo”, completou Kleiton Lima.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Coluna - Jornal A UNIÃO - Esportes - João Pessoa_Domingo_03/07/2011

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Copa América 2011 - Estréia do Brasil

Firulas e mais nada
BRASIL INICIA MAL A COPA AMÉRICA E SÓ EMPATA COM A VENEZUELA
Bem marcado, Neymar não pôde mostrar seu repertório de jogadas ou marcar gols

Desde o início, a partida parecia fácil tamanho era o domínio do Brasil. O tempo passou, os comandados de Mano Menezes exageraram nas firulas e nos erros e o pior aconteceu. Um frustrante empate por 0 a 0 com a Venezuela, na estreia da Copa América, em La Plata, na Argentina. Ao término do confronto, na tarde deste domingo, vaias da torcida.
Assim, a equipe pentacampeã mundial pela primeira vez na história deixa o campo sem vencer os venezuelanos, tradicionais fregueses, pelo torneio continental. Repete o desastre que foi o debute dos anfitriões argentinos na Copa América e intensifica a desconfiança gerada pelas exibições recentes, nos amistosos contra Holanda e Romênia.
O quarteto ofensivo formado por Ganso, Robinho, Neymar e Pato pouco funcionou. Robinho foi quem teve a pior atuação e mais uma vez sofreu com as cobranças dos torcedores.
A partida foi marcada por fatos inusitados. Antes de a bola rolar, os jogadores ficaram perfilados, porém os hinos dos dois países não foram tocados. Quando a bola rolava, no primeiro tempo, um cachorro invadiu o campo, atravessou todo o gramado, paralisou o duelo e saiu aplaudido pelos torcedores.
O domínio de bola foi total do time brasileiro. Com um ataque leve e veloz, a equipe de Mano Menezes procurou trocar passes para envolver a defesa adversária. Entretanto, exagerou no toque de bola e em alguns momentos demorou para concluir em gol.
Prova disso é que, apesar da superioridade, o primeiro chute a gol com perigo só saiu aos 27min, quando Alexandre Pato carimbou o travessão.
Apesar de Mano dizer que Robinho é um atacante, o camisa 7 se posicionou praticamente como um meia. Errou muito, perdeu um gol na cara do goleiro e, ainda no primeiro tempo, parte da torcida já começou a gritar por Lucas, revelação são-paulina no banco de reservas.
A Venezuela em nenhum momento assustou no campo ofensivo. A primeira vez que Julio Cesar pegou na bola foi aos 34min, quando saiu bem do gol e interceptou um cruzamento, sem dificuldades.
Nos 15 minutos finais da etapa inicial, a equipe pentacampeã mundial ainda teve mais três chances claras de gol, mas pecou no arremate.
O Brasil voltou pior para o segundo tempo. Repetiu os mesmos vacilos e deixou de se aproximar do gol adversário. Aos 19min, Fred entrou no lugar de Robinho, que ouviu uma sonora vaia de todo estádio.
A substituição, porém, não surtiu efeito. O centroavante do Fluminense ficou isolado com Pato na frente, e a bola não chegou.
Os venezuelanos começaram a gostar do confronto e apareceram com mais frequência no campo de ataque. A defesa brasileira mostrou segurança e evitou o pior.
Mano tentou corrigir a alteração errado e, aos 29min, sacou Pato para a entrada de Lucas. Elano entrou no lugar de Ramires. De nada adiantou, e ataque brasileiro seguiu sem criar.


Copa do Mundo 2011 - Futebol feminino

Melhor que os homens
CLASSIFICADO ANTECIPADAMENTE, BRASIL JÁ PROGRAMA PRÓXIMA FASE DO MUNDIAL

Ao contrário da selção masculina na estréia da Copa América, contra a Venezuela, o Brasil do futebol feminino, ao vencer a Noruega por 3 a 0, no último domingo (03), não só conseguiu mostrar um bom futebol  como, de quebra, assegurou por antecipação uma das vagas para as quartas de final da Copa do Mundo da categoria. Apesar da partida contra Guiné Equatorial, nesta quarta-feira, em Frankfurt, a seleção brasileira já projeta o primeiro confronto do mata-mata, mesmo tentando ficar em cima do muro sobre o adversário.
Pela tabela do Mundial, o primeiro colocado do grupo D, que atualmente é o Brasil, enfrentaria o segundo do grupo C, no caso a Suécia. Porém, na outra chave, quem também pode ser adversário é os Estados Unidos, já que norte-americanas e suecas ainda irão se enfrentar nesta quarta-feira para decidir quem terminará a primeira fase na frente.
“Sem dúvidas estamos contentes por já garantir a classificação para a próxima fase, mas vamos dar continuidade ao trabalho, pois o caminho é longo e temos muitas coisas pela frente. As próximas equipes vão dificultar bastante, mas temos de estar preparadas para tudo, pois nosso objetivo é sermos campeãs”, explicou a atacante Marta.
“Assistimos aos jogos da outra chave e os Estados Unidos estão muito forte fisicamente e correndo muito, enquanto a Suécia tem uma qualidade técnica extraordinária. Então deixa vir o adversário que tiver de vir”, disse a zagueira e capitã Aline Pellegrino.
Apesar de serem colocados no mesmo patamar pelas jogadoras brasileiras, os dois possíveis adversários das quartas de final chegaram à Copa do Mundo com ambições diferentes. Enquanto as norte-americanas lidam com o favoritismo, ao lado da Alemanha e do próprio Brasil, a Suécia tenta surpreender as previsões iniciais.
“Qualquer um dos dois será muito difícil. São duas grandes seleções em dois grandes momentos. Os Estados Unidos são bicampeões olímpicos, enquanto a Suécia está em um momento especial, com um excelente trabalho. Não podemos escolher”, completou o técnico Kleiton Lima.