Colocando os pontos nos "Is"
Por Edônio Alves
Dentro do contexto alvissareiro por que passa o futebol paraibano neste
momento (ver postagem: http://meufutblog.blogspot.com.br/2013/03/campeonato-do-nordesteanalise.html) de domingo
passado), resolvi hoje escrever ao time e à torcida do meu Botafogo da Paraíba,
com o ensejo da partida final da Copa do Nordeste entre o Campinense e o ASA,
de Arapiraca-AL, hoje, às 16h00, no estádio Amigão, em Campina Grande. É que
dois fatos me instaram a fazer isso, depois que eles se deflagraram e
repercutiram no âmbito do futebol do nosso Estado.
Um desses fatos é a própria iminência concreta do Campinense ser o
primeiro time da Paraíba a ganhar o Campeonato do Nordeste, o que eleva em
valor e visibilidade o nosso futebol e o coloca num patamar novo em que seus
dirigentes, querendo ou não, terão que repensar suas práticas administrativas à
frente dos nossos clubes e federação.
Depois do título de hoje, creio eu (e acredito piamente nisso por causa
da qualidade do time da Raposa), o nosso futebol terá necessariamente que se por
num ponto de inflexão a partir do qual não retroceda mais em termos de
gerenciamento, qualidade e foco em investimentos mais pesados visando sempre
lugares mais altos no contexto do futebol nacional. É isso, por exemplo, a
grande mensagem que a conquista da Raposa deve deixar para o futebol paraibano.
O outro fato é mais particular, digamos assim, uma vez que diz respeito
apenas ao Botafogo, embora, por outro lado, não possa se desvincular do
contexto geral abordado acima. Trata-se do aspecto também alvissareiro de a
diretoria do clube de João Pessoa finalmente ter investido muito para montar um
time de qualidade que tenha condições de realmente disputar o título estadual
deste ano em condições reais de vencê-lo, algo que não o faz há pelo menos dez
anos. Isso foi feito e isso tem que ser elogiado por toda a imprensa esportiva
da Paraíba.
Acontece que passada a euforia inicial das boas atuações do time na
primeira fase do Campeonato Paraibano, de onde real e merecidamente saiu com o
título simbólico de campeão invicto, a realidade do clube começa a apresentar
alguns problemas que se não forem resolvidos a tempo poderá por em risco todo o
planejamento feito com o objetivo do título estadual. Problemas esses que,
aliás, também devem ser apontados pela imprensa especializada, junto com os
elogios que sobraram na fase inicial da competição. E é aqui que vão entrar os
meus pontos nos "is" prometidos lá em cima.
Já estamos hoje na terceira rodada da segunda fase do estadual e a
esperar, na próxima, a entrada triunfal do Campinense Clube nas disputas do
certame, quando se juntará ao Treze, ao Sousa e ao próprio Botafogo formando o
bloco dos reais favoritos a erguerem (um deles, é claro) a taça de campeão do
estado em 2013. É esse fato em si que me fez escrever o que segue, em relação
ao Botafogo.
Primeiro: coletivamente, o time terminou a fase anterior do estadual e
iniciou a atual em franca decadência de desempenho, se comparada ao futebol
apresentado no primeiro turno. Segundo: nesse processo, apresentou ao torcedor
atento as suas fragilidades enquanto conjunto. É detentor de uma defesa frágil,
vacilante, irregular e comprometedora do projeto. Terceiro: a diretoria está
fechando os olhos para estas questões e corre o risco de agir tarde em relação
a reforçar o grupo. Quarto: o ataque depende exclusivamente de Warley e
Wanderley e, por isso, se os dois se machucarem como realmente ocorreu, o time
fica sem força e se equipara aos demais. Quinto: o time se ressente da falta de
um outro meia igual ou melhor que o Doda, já que Sandro está bichado e não
disse - nem terá tempo de dizer - por que está no elenco. Sexto: o técnico
Marcelo Vilar parece que está conformado com o time que tem e se mostra
temeroso em reforça-lo, algo que demonstra ou medo de desagradar o grupo e, por
consequência, perder o controle do pessoal, ou (o que é mais grave), a falta de
senso frente aos desafios da segunda fase, com o Campinense no seu encalço.
Por fim: o torcedor faça a sua parte indo ao estádio nos dia de jogo do
Belo, cobre as mudanças que tem que ser feitas e colabore com o plano de sócio
que o clube acaba de lançar, visando fundos financeiros para a manutenção de
uma equipe de qualidade.
VER MINHA COLUNA EM: http://diariopb.com.br/category/colunas/coisas-de-futebol/
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