O futebol como um fenômeno da cultura brasileira

As coisas só acontecem por acaso, necessidade ou vontade nossa! Epicuro - filósofo.

domingo, 30 de junho de 2013

Copa das Confederações_BRASIL_ANÁLISE



Futebol, política, emoção e glória!
 
por Edônio Alves
 
Começando pela primeira palavra de sugestão do título acima, iniciemos falando de futebol. Tenho acompanhado a Copa das Confederações e seu entorno de eventos políticos e gostaria, por isso mesmo, de falar separadamente de cada item aludido no cabeçalho deste texto. A primeira coisa a se dizer - ou a se reconhecer - no que diz respeito diretamente ao futebol do torneio, é que restaram as quatro melhores seleções para as semifinais da disputa, tendo o Brasil já se classificando merecidamente para a disputa do título.
Excetuando-se, além da Espanha, Uruguai, Itália e Brasil, as semifinalistas, apenas o Tahiti, por incrível que pareça, veio ao Brasil fazer história, nessa conturbada Copa das Confederações. As seleções dos outros países que ficaram pelo caminho entenderam bem a condição de evento-teste da Fifa deste torneio e assim levaram as disputas futebolísticas, dentro de um programa de treinamentos para as eliminatórias da Copa de 2014, que enfrentam no momento, e, por extensão, para o próprio mundial do ano que vem.
Não se pode falar do item intrínseco do futebol nessa Copa das Confederações sem mencionarmos o grande papel desempenhado pela seleção do Tahiti. Este foi de longe o País que melhor entendeu o certame. Percebeu sua dimensão histórica, política, turística, desportiva, diplomática, avaliativa, e futebolística mesmo, uma vez que tratou junto a clubes brasileiros de preparar programas de intercâmbio que envolvesse alguns dos seus jogadores amadores com promessas de se tornarem profissionais num futuro próximo. E, convenhamos, foi o time que mais expressou em campo o espírito desportivo do jogo de futebol. Sabia que ia perder todas as partidas que ia jogar, mas nem por isso desvalorizou suas partidas. Jogou como sabe e pode, com ética e respeito aos adversários, sem contabilizar números, placares ou ironias. Foi, a meu ver, o grande futebol (no sentido maior mesmo) desse torneio.
Quanto ao Brasil, a surpreendente constatação de que o técnico Luis Felipe Scolari finalmente começa a desenhar um time para as disputas da Copa do Mundo do ano que vem. Falta apenas a invenção ponderada de um esquema tático que possa ser o antídoto para o jogo exitoso já definido e aprovado na prática do futebol espanhol. Será esse, sem dúvida, o nosso grande adversário a ser batido no Mundial do Brasil e para que isso aconteça - talvez já nessa final da Copa das Confederações como um teste - será necessário algo mais do que montar um time. Será preciso nos reinventarmos com uma nova maneira de jogar em campo. Algo que junte a força física, a habilidade técnica, o controle emocional e a definição de uma tática racional que tenha um plano de jogo por trás. Algo como o nosso costumeiro futebol arte comandado por uma razão sensível. Nada tão simples, convenhamos.
Bom. Mas, pulemos para a política. Um das coisas mais importantes que vi nas manifestações dos torcedores nos estádios foi a defesa consciente de que o futebol em si - enquanto jogo e enquanto esporte - nada tem a ver com as razões que colocaram o povo brasileiro nas ruas. É a forma de administrar o País - com inversão de prioridades e desperdício do dinheiro público e consequente corrupção - que fez o brasileiro ir para as ruas e para os estádios colocar no devido lugar a presença do futebol nas nossas vidas.
Pela belíssima manifestação da torcida brasileira presente ao estádio Mineirão, em Belo Horizonte, apoiando incondicionalmente a Seleção Brasileira contra o Uruguai, deu para perceber a sabedoria do povo em separar o futebol que ama do aproveitamento político dele pelas elites econômicas que o exploram. Foi bonito o recado do povo brasileiro.
Quanto à emoção e à glória, devo dizer que toda vez que jogam Brasil e Uruguai se atualiza o grande revés histórico sofrido por nós na final da Copa do Mundo de 1950, quando perdemos para eles, em pleno Maracanã, uma Copa organizada e devida ao povo brasileiro pela qualidade do nosso futebol. Encenam-se e ritualizam, então, uma vingança histórica que nunca termina, nem mesmo com o apito do juiz em mais um jogo em que batemos nosso rival com supremacia e afirmação. Foi isso que vimos na semifinal da Copa das Confederações da quarta-feira passada, quando o Brasil passou para final deixando o Uruguai para trás e no seu devido lugar. Tudo com emoção de mais e glória demais para o nosso futebol.
 
 

BOTAFOGO-PB CAMPEÃO DE 2013_Jogo das faixas


De fato e de direito
BOTAFOGO RECEBE AS FAIXAS DE CAMPEÃO
 EM EMPATE CONTRA O SANTA CRUZ-PE
 
Foto: Edônio Alves
Elenco do Botafogo-PB, campeão paraibano de 2013, com as faixas do seu 26º título estadual
 
O Santa Cruz-PE veio a João Pessoa na tarde deste sábado (29) entregar as faixas de Campão Paraibano de 2013 ao Botafogo-PB como parte de uma partida amistosa em que os dois times se enfrentariam num clima de preparação para a volta das disputas do campeonato brasileiro da Série C, para um, e da série D, para o outro.

O clima amistoso, contudo, ficou só na teoria. Na prática, um jogo com muitas faltas, cartões amarelos e entradas duras. Uma delas deixou o atacante Thiaguinho, do Botafogo, com suspeita de fratura no tornozelo do pé direito. O placar acabou em 1 a 1, com gols de Júnior Xuxa, para o Santa, e Lenílson, para o Belo.

O jogo começou com o clima tenso, pois momentos antes do apito inicial do árbitro houve uma confusão entre torcidas organizadas dos dois clubes. Rojões foram atirados da torcida do time da casa para a visitante, e foi preciso a intervenção policial para que o tumulto cessasse. O presidente do Belo, Nelson Lira, foi para o meio da torcida pedir para que a confusão não acontecesse novamente.

Com a bola rolando, o Santa foi melhor no início. Aos 12 minutos, Júnior Xuxa cobrou falta do lado esquerdo de ataque do Santa Cruz. A batida foi fechada, Genivaldo saiu mal, a bola encobriu o Paredão e morreu no fundo do gol botafoguense. Era o primeiro gol da partida.

O empate do Belo não tardou a acontecer. Já aos 19 minutos Lenílson tocou a bola para Warley, que livre, dentro da pequena área, e sem goleiro, acabou chutando por cima do gol. Mas no lance seguinte, Celico sofreu pênalti. O recém-contratado Lenílson pegou a bola, cobrou no meio do gol, com força, e empatou o jogo. Botafogo-PB 1 a 1, empatando o placar, que seria definitivo.

Segundo tempo

A segunda etapa voltou num ritmo lento, assim como o final do primeiro. O principal lance importante aconteceu aos 15 minutos, quando Everton Sena deu um carrinho com muita força em Thiaguinho. Apesar de pegar a bola, a imprudência do atleta do Santa Cruz-PE acabou por causar uma grande contusão no atacante do Botafogo. O parceiro de Warley saiu de campo direto para a ambulância, com suspeita de fratura no pé direito.

Detalhe curioso é que ele iria sair para dar lugar a Rafael Aidar assim que a bola deixasse o gramado.

Após esse momento lamentável, as duas equipes fizeram várias substituições. O Botafogo-PB ficou em campo com Remerson, Marcel, Everton, Mario Larramendi; Toninho, Zaquel, Izaias, Gil Bala e Rodrigo Ninja; Rafael Aidar e Romarinho. E o jogo terminou assim.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Copa das Confederações_BRASIL_Semifinais


 
Rumo ao título
BRASIL VENCE O URUGUAI E DECIDE
O TORNEIO COM A ESPANHA
 
Fred marca o seu e abre o caminho para a vitória brasileira em casa,  no Mineirão
Foi da forma mais emocionante possível. Com pênalti defendido no início, gol no final e vitória sobre o algoz de 1950, a seleção brasileira está na final da Copa das Confederações. O Brasil venceu o Uruguai no Mineirão por 2 a 1 e agora enfrenta no próximo domingo, no Maracanã, o vencedor de Itália x Espanha.
Os destaques habituais da seleção desta vez deram espaço a Júlio César e Paulinho. O goleiro teve nesta quarta-feira seu melhor momento na seleção desde a Copa de 2010, quando falhou contra a Holanda. No Mineirão, o camisa 12 defendeu o pênalti de Diego Forlán quando o Uruguai era melhor no jogo.
Já Paulinho se firma cada vez mais como imprescindível ao meio-campo da seleção. Quando o Brasil já se conformava em ir para o intervalo com um empate sem gols, o volante acertou belo lançamento no peito de Neymar em lance que originou o gol de Fred. No fim do jogo, subiu mais alto que a defesa para confirmar a vitória do time de Luiz Felipe Scolari.
Eficiente nos jogos da primeira fase, a “blitz” da seleção brasileira nos primeiros 15 minutos de jogo não foi repetida. O time de Luiz Felipe Scolari não conseguia ter a posse de bola, muito menos atacar. Os uruguaios eram mais eficientes, cadenciavam o jogo e mantinham a bola no campo de defesa do Brasil.
O público tampouco reagia como nas partidas da primeira fase. Nas arquibancadas o que se via eram alguns momentos de motivação que contrastavam com outros de silêncio absoluto. O clima tenso dentro de campo refletia na torcida.

Após uma cobrança de escanteio, aos 10 minutos de jogo, o Mineirão calou de vez. Forlán levantou a bola na área e David Luiz puxou a camisa de Lugano, que caiu. O árbitro marcou pênalti.

O silêncio virou vaia. Primeiro, para o juiz, e depois direcionadas a Forlan, cobrador do Uruguai. O meia-atacante chutou no canto esquerdo de Júlio César. O goleiro pulou bem e tocou a bola para fora. O que se ouviu depois foi uma comemoração mais forte até mesmo que a de um gol.

A defesa mudou a atitude da seleção, que passou a conseguir chegar no campo de ataque. O primeiro chute ao gol do Uruguai só ocorreu aos 16 minutos, quando Oscar bateu de fora da área.

O Brasil até passou a ter mais posse de bola, mas penava para criar chances de gol. O forte sistema defensivo dos uruguaios atrapalhava a ousadia brasileira. Compactado, com uma linha de quatro defensores atrás e até o trio de frente, com Forlan, Cavani e Suarez, marcando, o time de Felipão encontrava muita dificuldade.

Foi dos pés de Paulinho que a seleção conseguiu furar a defesa uruguaia. Aos 40 minutos de jogo, o volante deu lançamento longo para Neymar, já dentro da área. O atacante tirou o goleiro da jogada e a bola sobrou para Fred abrir o placar. Pelo que conseguiu fazer no primeiro tempo, o 1 a 0 era goleada.
O segundo tempo começou na pior maneira possível para o Brasil. No primeiro lance de ataque após o intervalo, os uruguaios tabelam e chegam à área. David Luiz tenta afasta, mas bola sobra para Thiago Silva que toca errado, no pé de Cavani. O atacante chuta de esquerda , no canto, sem chance para Júlio César.
O que se viu depois do empate foi um Brasil muitas vezes afoito, tentando chegar ao desempate e o Uruguai aproveitando lances de contra-ataque. Aos 19 minutos, Felipão mexeu pela primeira vez no time. Hulk foi sacado para a entrada de Bernard.
Só a confirmação de que o atleticano teria uma chance já mudou o ambiente do Mineirão, até então calado com o empate. Três minutos depois de entrar, Bernard provou que a substituição não foi apenas uma estratégia de Scolari para ganhar a massa. Após avançar pela direita, ele driblou o zagueiro e cruzou para Fred chutar por cima do gol.
O gol da vitória, porém, só saiu nos minutos finais. Após cobrança de escanteio de Neymar, Paulinho subiu mais que todo mundo e marcou. O Brasil estava garantido na final da Copa das Confederações.
 







Outra semifinal

ESPANHA VENCE A ITÁLI NOS PÊNALTIS
E PEGA O BRASIL
 

O adversário do Brasil na decisão da Copa das Confederações saiu nesta quinta-feira no dramático clássico europeu entre Espanha e Itália, em temperatura escaldante no estádio Castelão, em Fortaleza. Depois de igualdade de 0 a 0 em 120 minutos eletrizantes, os espanhóis ficaram com a vaga na final nos pênaltis, quando foram perfeitos e contaram com o chute no desperdiçado de Bonucci. Placar final, 7 a 6. A decisão por pênaltis teve direito à cavadinha de Candreva e acabou apena na sétima cobrança, graças ao chute de Bonucci por cima e muito longe. No fim, Jesus Navas converteu a cobrança definitiva.
Vencedora em Fortaleza, a Espanha leva o seu favoritismo à decisão contra o Brasil no domingo. A final da Copa das Confederações acontece no Maracanã, às 19h (de Brasília). No mesmo dia Uruguai e Itália jogam em Salvador pelo terceiro lugar.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Copa das Confederações_BRASIL-3ª Rodada


Vitória maiúscula
BRASIL GOLEIA A ITÁLIA E VAI À SEMIFINAL


Seleção faz grande partida e festeja vitória histórica contra um dos seus maiores rivais
 
Contra um campeão do mundo, num jogo que valia três pontos e sem conseguir repetir sua estratégia de marcar um gol nos minutos iniciais, o Brasil teve um teste “à vera” neste sábado. Contando com a genialidade de Neymar, conseguiu vencer a Itália por 4 a 2 na Fonte Nova, em Salvador, e garantiu o primeiro lugar no grupo A da Copa das Confederações. Com o resultado, o time treinado por Luiz Felipe Scolari enfrentará na próxima quarta-feira, em Belo Horizonte, o segundo colocado do grupo B.

Como nas vitórias contra Japão e México, o Brasil começou o jogo num ritmo arrasador. Sem deixar a Itália passar do meio de campo, dominou a partida no início e criou chances de gol.

Já no primeiro minuto, a seleção criou duas chances de gol, a primeira com Neymar, que recebeu passe de Fred, mas foi travado na hora do chute pela zaga italiana. Na sequência, ele chutou forte de esquerda e obrigou Buffon a fazer grande defesa.
Esse ritmo seguiu por pelo menos 10 minutos. Diferentemente dos primeiros dois jogos da Copa das Confederações, o Brasil não conseguiu abrir o placar de forma repentina.

Depois de levar sustos no início, a Itália conseguiu tranquilizar o jogo. Com uma forte marcação, dificultou a entrada dos jogadores brasileiros na sua área. A seleção podia até ter posse de bola, mas já não assustava como nos minutos iniciais.

O Brasil começou com uma formação de ataque um pouco diferente dos jogos anteriores. Neymar jogava mais avançado, pela direita, como um segundo atacante ao lado de Fred. Mais recuados estavam Oscar e Hulk, no meio campo. Sem conseguir entrar na área italiana, o time alternava alguns momentos com Neymar aberto pela direita e Hulk pela esquerda, com Fred centralizado.
Para abrir o placar, o Brasil precisou de uma jogada de bola parada. Neymar cruzou, Fred escorou de cabeça, mas Buffon salvou. No rebote, Dante, que havia entrado no lugar de David Luiz, marcou. O baiano estava impedido no lance.

No segundo tempo, o time de Luiz Felipe Scolari voltou com o mesmo intuito, com mais posse de bola, mas ainda com dificuldade de entrar na área dos italianos. Os rivais da seleção contra-atacavam com velocidade. Foi assim que empataram a partida. Após um lançamento de Buffon, Maggio desviou de cabeça, Balotelli deu um passe magistral de letra para Giaccherini. O meia dominou e chutou cruzado, sem dar chances para Júlio César.

Mesmo com o gol, o Brasil não se abateu e seguiu buscando a vitória. Três minutos após ver a Itália igualar o placar, Neymar colocou a seleção à frente. Em cobrança de falta, o atacante enganou Buffon e fez o 2 a 1.

Tranquilo em campo, o Brasil viu a Itália avançar, mas seguia tendo o domínio da partida e levando perigo aos rivais nos contra-ataques. Após lançamento de Marcelo, Fred, que ainda não tinha marcado na Copa das Confederações, dominou, avançou com a bota e chutou de canhota no gol de Buffon.

Os italianos não desistiam do jogo e, aos 25 minutos do segundo tempo, conseguiram diminuir a diferença. O gol surgiu após uma cobrança de escanteio. Balotelli foi puxado, mas a bola sobrou para Aquilani, que tocou para Chiellini marcar. Os jogadores brasileiros reclamaram que o juiz havia marcado pênalti, por isso pararam na jogada.

Após reclamações e, claro xingamentos da torcida, Ravshan Irmatov, do Uzbequistão, confirmou o gol. O árbitro, que deu 4 cartões amarelos, sendo que um deles para Neymar, foi o principal alvo da torcida. Num jogo onde tudo deu certo para a seleção e até Balotelli chegou a ser aplaudido pelos brasileiros, alguém tinha que ser o vilão.
Nos minutos finais, o Brasil conseguiu ampliar o placar, com mais um gol de Fred. Depois de chute de Marcelo, Buffon defendeu, mas deu rebote. Fred aproveitou e tocou para as redes.
 

 
 

Copa das Confederações_BRASIL-2ª Rodada

Indo bem
BRASIL VENCE O MÉXICO COM MANIFESTAÇÕES DA TORCIDA
 
Neymar marca gol e comemora a vitória junto à torcida brasileira
Com apoio incondicional da torcida e clima de Copa do Mundo dentro do estádio, a seleção brasileira venceu um rival ingrato e conseguiu tranquilidade para última partida da primeira fase da Copa das Confederações. Nesta quarta-feira, o time bateu o México por 2 a 0, no Castelão, com gols de Neymar e Jô, chegou a seis pontos em dois jogos do torneio e garantiu vaga nas semifinais. No sábado, o Brasil enfrenta a Itália, em Salvador.
 
Num jogo que ficou marcado mais uma vez por manifestações fora do estádio contra os gastos na Copa do Mundo, o time de Luiz Felipe Scolari ouviu apoio a todo momento no Castelão. O protesto, o tumulto e a revolta ficaram fora da arena. Ou ao menos parte deles. Nas arquibancadas, torcedores levaram cartazes apoiando a seleção e as manifestações que acontecem no Brasil desde a última semana.
Após a Fifa (Federação Internacional de Futebol) afirmar que cartazes de protesto não seriam exibidos em imagens da transmissão, a TV Globo, parceira da dona da Copa, usou câmeras exclusivas e registrou torcedores com o protesto na sua transmissão.
Empolgada pelo apoio da torcida, que cantou o hino inteiro de pé e vibrou com a entrada dos jogadores em campo, a seleção brasileira teve um início arrasador no Castelão. Atacando pelos lados do campo, com Marcelo na esquerda e Daniel Alves avançando pela direita, o Brasil chegava com força na área do México.
Em campo, os jogadores pediam apoio à torcida. Neymar, Hulk e Marcelo por várias vezes agitavam os braços pedindo para o público levantar. A resposta era imediata.
O ápice da empolgação aconteceu aos 9 minutos, quando Neymar marcou o gol do Brasil. Após jogada de Daniel Alves pela direita, o mexicano Rodríguez cortou de cabeça e a bola sobrou para o camisa 10. Assim como fez na estreia, contra o Japão, ele chutou de primeira e abriu o placar.
Só após sofrer o gol que os mexicanos conseguiram trocar passes no campo de defesa do Brasil. Mais recuado que nos 10 minutos iniciais, o time de Luiz Felipe Scolari apertou a marcação e passou a jogar no erro do rival. Quando roubava a bola, levava perigo em contra-ataques rápidos.
 
O México, porém, tinha mais posse de bola e assustava os brasileiros. Aos 15 minutos, a equipe teve a primeira chance de gol. Mier chutou para o gol, após Marcelo perder a bola depois de tentar dar um chapéu dentro da área do Brasil. Para a sorte da seleção, a bola passou rente a trave e saiu. Ainda no primeiro tempo, o México teve mais três chances de gol, mas não conseguiu igualar o placar.
As duas equipes voltaram sem alterações após o intervalo. Mesmo sem mexer no time, Felipão viu uma equipe mais ousada no segundo tempo. Aos 16, o técnico fez a primeira mudança. Apático no jogo, Oscar foi substituído por Hernanes. Com o meio-campo mais marcador, o Brasil tentava barrar as investidas dos mexicanos, que ainda tinham mais posse de bola.
A seleção brasileira, porém, era mais perigosa e quase ampliou o placar em pelo menos três oportunidades nos vinte primeiros minutos após o intervalo. Numa delas, aos 10 minutos, Neymar ganhou na velocidade de Salcido, invadiu a área e bateu cruzado. A bola passou rente à trave.

A vitória começou e terminou com obra de Neymar. Já nos acréscimos da partida, o atacante driblou Rodríguez, invadiu a área e tocou para Jô ampliar o placar.
 
 

domingo, 16 de junho de 2013

A bola na cultura_ANÁLISE



Futebol e ciência

 

POR Edônio Alves

 

O Brasil pode estar prestes a conquistar mais dois trunfos culturais na sua história de nação independente e com prestígio cada vez mais em alta no cenário mundial. Um deles diz respeito ao patamar simbólico com que as culturas se comparam umas às outras no que elas produzem de melhor e com o que elas forma as suas imagens de si mesmo. O outro, mais concreto e com repercussões mais objetivas na vida dos cidadãos, diz respeito ao modo como as nações, diferentemente uma das outras, se empenham em resolver os problemas dos seus membros e, por conseguinte, da própria humanidade, no geral.

Refiro-me aqui ao nosso futebol e a possibilidade objetiva - embora não tão consensual assim - de o Brasil, que sedia a próxima Copa do Mundo de 2014, conquistar mais um título para a sua galeria, no primeiro caso; e a façanha científica, que também vai ser apresentada na abertura do Mundial de futebol no Brasil, de o país mostrar ao mundo a maior reviravolta conseguida no universo da neurociência, no segundo caso. Trata-se, neste episódio científico em que o futebol vai servir como pano de fundo, do projeto comandado pelo neurocientista brasileiro, Miguel Nicolelis, através do qual um adolescente paraplégico vai poder levantar-se de uma cadeira de rodas, ir até o centro do gramado da abertura da Copa e dar o pontapé inicial da competição.

Na ocasião, o jovem vai estar portando uma vestimenta denominada de exoesqueleto, o qual reproduzirá as ondas elétricas do seu cérebro, reproduzindo os comandos pensados por ele, que o fará andar e seguir o protocolo determinado pela equipe de cientistas comandada por Nicolelis. Tudo consiste na ideia, tornada prática objetiva pelas pesquisas da neurociência moderna, de que é possível o cérebro comandar máquinas através das ondas elétricas que são geradas pelo próprio ato de pensar dos humanos. Nesse caso, o tal exoesqueleto será a máquina a ser comandada pelo pensamento e vontade do jovem, escolhido para a tal demonstração científica.

Explicado o milagre, falemos agora do nome do santo.

Miguel Nicolelis é um cientista brasileiro formado na Universidade de São Paulo-USP, na década de 1980. Hoje, ele chefia o laboratório de neurociências da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, e o Instituto de Neurociências de Natal, no Rio Grande do Norte, o IINN-ELS. Nessas duas instituições, ele coordena as pesquisas que mapeiam a comunicação cérebro-máquina. Tal linha de pesquisa já aponta para inúmeros benefícios humanos que poderão advir dessa relação. Uma delas, entre várias, é a possibilidade de o ser humano amputado ou impossibilitado de mover-se, poder usar próteses ou cadeiras de rodas (máquinas, no geral) comandadas apenas pelo cérebro, sem a necessidade da ajuda de um terceiro ou do gasto da energia corporal do paciente.

 E por que eu trouxe o Nicolelis aqui para esta coluna de futebol dos domingos?

Trouxe-o porque além dele ser um dos mais renomados e importantes cientistas do mundo contemporâneo (com possibilidades futuras de até vencer o prêmio Nobel), também é um grande amante do futebol. Torcedor do Palmeiras, Nicolelis não perde a oportunidade de usar as experiências e as metáforas do futebol para explicar as suas descobertas e convicções científicas.

Certa ocasião, durante a abertura de uma palestra no Instituto Max Planck, na Alemanha, três dias depois da vitória do Brasil na Copa de 2002, realizada na Coréia e no Japão, Nicolelis abriu a aula, num auditório lotado de neurocientistas alemães sisudos, com uma imagem mostrando o esforço em vão do goleiro alemão Oliver Kahn, tentando se esticar todo para impedir mais um gol do fulminante ataque brasileiro. O título do slide era: "I Kahn't get it". Um trocadilho em inglês para "Eu não vou conseguir".

O cientista defende a tese de que nosso cérebro de primata assimila todas as ferramentas que cada um de nós utilizamos - carros, telefones, roupas, raquetes, bolas etc - como uma verdadeira extensão do nosso corpo biológico.

Concluamos, por isso agora, em arremate, com as palavras do próprio cientista Miguel Nicolelis em que ele junta futebol e ciência para explicar um pouco do fenômeno Pelé, na sua opinião o maior jogador de todos os tempos, único e insubstituível em tudo. "Se um dia alguém tivesse o privilégio de mapear o cérebro desse vulcão de duas pernas chamado Pelé, esse alguém encontraria, na região lobo parietal, não apenas a representação de um pé, mas, sim, a imagem de uma verdadeira fusão desse com aquela que foi sua mais fiel e amada companheira: a bola!". 
 
 

sábado, 15 de junho de 2013

Copa das Confederações_Brasil_1ª Rodada


Relativamente fácil
BRASIL ESTREIA VENCENDO O JAPÃO POR 3 a 0

Neymar comemora o primeiro gol do Brasil e o mais rápido da história das Copas das Confederações
 O nervosismo da estreia do Brasil somado à pressão pelo jejum de Neymar, que não marcava havia nove jogos, foram derrubados com o golaço aos três minutos. Ao marcar na abertura da Copa das Confederações, o atacante ajudou a construir a vitória sobre o Japão, por 3 a 0, e entrou para a história da seleção com o gol mais rápido em estreias do time num torneio da Fifa. Paulinho e Jô ampliaram o placar no segundo tempo. A seleção volta a jogar nesta quarta-feira, contra o México, em Fortaleza.
O início da partida não poderia ter sido melhor para o Brasil. Toda a pressão por um bom resultado na estreia começou a ser diluída logo aos 3min. Marcelo fez um lançamento longo da esquerda, Fred escorou a bola com o peito e Neymar chutou forte com o pé direito para marcar o primeiro gol do Brasil.
Até hoje, nenhum brasileiro tinha ido às redes tão rápido no primeiro jogo de um torneio chancelado pela entidade dona da Copa do Mundo. Até então, o gol mais rápido do Brasil em um torneio da Fifa havia saído aos 5 minutos do primeiro tempo, em duas ocasiões. Em 1998, na Copa do Mundo disputada na França, César Sampaio marcou de cabeça contra a Escócia. Em 2009, na Copa das Confederações, Kaká fez o dele contra o Egito, garantindo um início tranquilo à equipe.
Neymar não é o mais rápido quando se considera todas as partidas do Brasil em competições desse porte. Em 1958, por exemplo, Vavá abriu o placar na semifinal contra a França logo aos 2 minutos.
Mais leve com a vantagem no placar, o time manteve a formação tática testada por Felipão nos amistosos contra Inglaterra e França. Neymar jogava mais centralizado. Oscar começou o jogo posicionado na direita e Hulk na esquerda. Os dois, porém, invertiam de posição com frequência.
 Mesmo dominando a partida e com uma defesa sólida, com boas atuações de Thiago Silva e David Luiz, o Brasil era assustado pelo Japão com chutes de fora da área.Aos cinco minutos de jogo, Honda cobrou falta da esquerda, longe da área, e Júlio César espalmou uma bola perigosa. O meia japonês assustou o goleiro brasileiro outra vez, aos 18 minutos, também com um chute forte de fora da área.
O time de Felipão dominava o jogo, tinha mais posse de bola e quase ampliou o placar ainda no primeiro tempo, nos minutos finais, após uma tabela de Neymar e Fred. O centroavante venceu a marcação do zagueiro japonês e tocou para o gol. Kawashima, porém, defendeu.
 O Brasil voltou para o segundo tempo com a mesma formação. Aos dois minutos, ampliou o placar e decretou a vitória no estádio Mané
Garrincha. Após cruzamento de Daniel Alves, a bola sobrou para Paulinho, que dominou e chutou forte para o gol.
Com a vantagem de dois gols, o Brasil tinha tranquilidade em campo, maior posse de bola e levava apenas sustos isolados dos japoneses. Felipão, então, resolveu testar uma formação de meio campo diferente, usada nos amistosos contra Inglaterra e França, com três volantes em campo: Luiz Gustavo, Paulinho e Hernanes, que entrou no lugar de Hulk.
Com o trio, o time fechou o meio-campo e impediu avanços perigosos dos japoneses. O Brasil conseguia ainda avançar quando tinha a bola em contra-ataques. Foi assim, já nos acréscimos em jogada rápida de Oscar que tocou para Jô ampliar o placar para 3 a 0. A vitória na estreia já estava garantida.
 ESCALAÇÃO


domingo, 9 de junho de 2013

Campeonato Brasileiro_Série D_2ª Rodada



Igual de novo
BOTAFOGO SÓ EMPATA EM CASA CONTRA O SERGIPE
 
O time do Belo deixou escapar a vitória nos seus domínios e agora tem que pontuar fora de casa
Numa tarde chuvosa na capital paraibana, o Botafogo-PB fez sua estreia ontem (08), jogando em João Pessoa, na Série D do Campeonato Brasileiro. A partida contra o Sergipe, válida pela segunda rodada do Grupo A4, acabou com o placar de 1 a 1.

O primeiro gol da partida foi do Botafogo, aos 32 minutos do primeiro tempo. Doda lançou a bola para Warley, que dividiu com a defesa. A bola sobrou para Thiaguinho, que passou pelo zagueiro e chutou de esquerda, cruzado, sem chances para o goleiro Pablo.

O Sergipe empatou aos 5 minutos da segunda etapa, após falha da defesa botafoguense. A bola sobrou para Leandro Kivel, atacante que entrou no intervalo de jogo, e ele apenas deslocou Genivaldo, colocando números iguais no placar.

O JOGO

O jogo começou com o Sergipe dominado as ações, mas sem levar perigo. O Botafogo tentava se acertar em campo, mas errava muitos passes. O primeiro gol saiu de uma bola chutada por Genivaldo da área defensiva do Bota, Warley foi em cima do zagueiro e a bola acabou sobrando para Thiaguinho que foi para cima da defensiva sergipana e chutou de esquerda no canto do arqueiro adversário, abrindo placar. A primeira etapa terminou sem muitas emoções, mas com a vitória a favor do Belo.

Na volta do segundo tempo, o Botafogo-PB conseguiu voltar pior. Apático na marcação, o time da casa assistia o Sergipe que buscava o empate tocando a bola com muita facilidade na intermediária botafoguense. Tanto que não demorou muito para o gol de empate. Já na terceira investida do time Colorado, Leandro Kivel recebeu a bola na cara de Genivaldo e chutou no canto, sem chances ao goleiro do Belo. Era o empate do Sergipe.

A partir daí, o Botafogo-PB que tinha obrigação de fazer o dever de casa foi em busca da vitória. Mas só aos 20 minutos mostrou o futebol de campeão paraibano. Começou a tocar bem a bola, errar pouco e criar diversas chances. Mas nesse momento faltou competência de botar a bola para dentro. Fabio Neves, Diego Silva, Warley e Izaías, perderam boas chances e o resultado seguiu inalterado.

Com o empate o Sergipe assume a ponta do grupo com quatro pontos. Já o Belo, ficou em terceiro, com dois pontos em dois jogos. O Botafogo-PB volta a campo só após a pausa da Copa das Confederações, no dia 07/07, contra o CSA-AL, em Maceió. 

ESTREIA  

A campanha do Botafogo na Série D do Brasileirão deste ano, aconteceu na quarta-feira (05), quando o time empatou em 1 a1 com o Juazeirense-BA, partida realizada no estádio Adautão, em Juazeiro.

O gol do time pessoense foi marcado pelo meio campista Hércules, aos 22 minutos do segundo tempo. O gol de empate do Juazeirense foi marcado por Deon, aos 40 também do segundo tempo.

O Batafogo-PB jogou com Genivaldo, Ferreira, Everton, André Lima, Celico; Zaquel, Hércules, Fábio Neves, Doda; Edgar e Thiaguinho. Apenas 392 pessoas assistiram a partida para uma arrecadação de R$3.920,00 (Três mil novecentos e vinte reais).

 

domingo, 2 de junho de 2013

BOTAFOGO_Campeão Paraibano de 2013_ANÁLISE


 
Campeão com beleza, suor e raça

 

 
 
 
POR Edônio Alves

 

- Hoje, é bola pra fora e não pra dentro!

A frase acima, proferida na quinta-feira passada por um torcedor do Treze nas cadeiras do estádio Amigão, em Campina Grande, na partida final do campeonato paraibano deste ano em que o Botafogo, de João Pessoa (ou melhor: da Paraíba), saiu campeão com beleza, suor e raça, para além de uma mera tirada de um torcedor, é emblemática quanto ao que estava em jogo naquela decisão coroada com tonalidades épicas.

Digo isso porque tudo que se viu no Amigão, na quinta-feira passada, expressou a essência total do futebol, esse jogo magnífico jogado com seres humanos e uma bola, esse objeto distinto de todos os outros – sem quinas, pontas, dorso ou face, igual a si mesmo em todas as direções de superfícies -, que rola e quica como se animado por uma força interna, projetável e abraçável como nenhum", nas palavras precisas e reveladoras do poeta.

Já porque também reveladoras, as palavras proferidas pelo torcedor trezeano citado acima, conforme já frisei, serão esmiuçadas aqui, nessa minha tentativa de a um só tempo explicar e parabenizar, com um texto de jornal, a façanha memorável do meu Botafogo da Paraíba, em plena Serra da Borborema, numa tarde-noite brumosa, fria e excepcionalmente acolhedora do bom futebol.

Falo do bom futebol jogado pelo Botafogo, uma vez que o jogo praticado pelo Treze de Campina Grande, nas partidas semifinais e finais do estadual, era assentado numa bufa e sonorosa farsa futebolística: a ideia de que não se sabendo (ou podendo) atacar, se deve proteger-se com ferro e fogo numa retranca aparentemente sólida embora apoiada numa viga (isso lembra Vica) frágil e sem sustentação.

O troço era assim: todos os jogadores do Treze (a exceção de apenas um: o limitado e truculento Tiago Chulapa) se punham atrás da linha da bola com a intensão prioritária de se defender, e dependendo do erro do adversário, que legitimamente tinha que atacar se quisesse ganhar os jogos, contra-atacava aproveitando-se justamente da menor presença numérica dos jogadores oponentes no campo de defesa. A essa tática bizarra e humilhante para os padrões do futebol moderno, o técnico de uma das suas vítimas, o Campinense Clube, que foi eliminado nas duas partidas das semifinais do estadual para o Treze, deu o nome merecido de "tática da bundinha pra trás", na sua bem humorada tentativa de definir a tão desqualificada estratégia ludopédica.

Ocorre que o mentor de tal engenhosidade esportiva - o técnico do Treze, Vica - esqueceu-se de que futebol se joga com uma bola e que por isso mesmo não se pode controlar todas as variáveis estruturais de um jogo como esse. Compreendendo isso, o tal torcedor lá de cima das cadeiras resumiu tudo na seguinte ideia: como o Treze jogava com a vantagem de poder perder pela diferença mínima de um gol no placar, bastava passar o jogo inteiro jogando bola pra fora e gastando o tempo da partida que ao final seriam campeões estaduais.

É pensar pequeno e jogar menor ainda, convenhamos.

Pois foi isso que o Treze fez em quase todo o campeonato deste ano. Esqueceram de lembrar que toda farsa por ser farsa cairá um dia e para a surpresa e tristeza dos incautos que a cultivam, o revés vem sempre a lhes revelar o óbvio, isto é: que se por alguma razão faltar um dia um dos componentes que a sustentam; no caso, marcar antes o golzinho de contra-ataque no adversário, o que não correu na quinta-feira, a estratégia ruirá em cascata como na brincadeira de dominó.

Sabendo, todavia, que futebol não é brincadeira, o técnico do Botafogo, Marcelo Vilar, compreendeu precisamente o que estava em jogo nesta decisão contra o Treze: marcar o gol primeiro do que seu adversário e a partir daí desnorteá-lo psicologicamente  aproveitando-se da fragilidade escondida por trás da "bundinha pra trás". Então incitou seus comandados a jogarem determinados a marcar o primeiro gol a qualquer custo e só então sem empenharem de novo em busca do segundo gol que tiraria o título do adversário e o colocaria em mãos Botafoguenses.

Os jogadores cumpriram à risca suas funções em campo e jogaram como nunca em busca de um título que todos (falo dos trezeanos, claro) já davam como perdido. Perdido que nada! Com beleza, suor e raça, arrancamos a taça das mãos do adversário e mostramos o que é jogar o verdadeiro futebol. E em plena casa do anfitrião, que fique bem claro.