O futebol como um fenômeno da cultura brasileira

As coisas só acontecem por acaso, necessidade ou vontade nossa! Epicuro - filósofo.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Copa da África do Sul - 23º dia

Fora da Copa:
BRASIL PERDE OS NERVOS
E É DERROTADO PELA HOLANDA DANDO ADEUS AO MUNDIAL

Robinho é consolado pelos holandeses após se despedir da Copa

Depois de dois dias sem jogos na Copa da África do Sul, voltemos, por fim, infelizmente, à data em que o Brasil foi eliminado da competição ao perder para a Holanda por 2 a 1.  Comecemos do começo as explicações desse fracasso. Quando Dunga convocou esta Seleção, este blog caracterizou assim o time que ia à 19º Copa do Mundo na África do Sul (ver matéria): “a equipe brasileira fica a cara do seu treinador: chata, sem criatividade - embora teimosa - e conservadora, embora coerente e determinada, nos seus princípios organizadores”. Pois, bem! Faltou acrescentar aí um traço fundamental incorporado ao time por osmose a partir do seu treinador: o descontrole emocional. Na minha opinião, dois fatores decretaram, hoje, nossa derrota contra a Holanda: o péssimo desempenho da defesa – setor da equipe que nunca me enganou porque é lenta e fora dos padrões de idade para o futebol moderno -, e a nossa conhecida falta de estabilidade emocional. Isso ficou patente com a circunstância de que, depois de um primeiro tempo em que o time jogou um futebol primoroso, perfeito tática e técnicamente, fez uma segunda etapa horrorosa, em que ninguém jogou nada, justamente quando precisávamos de força – e técnica, claro - para poder reagir e virar o jogo. Ao invés disso, o que se viu foi um filme cujo enredo toda a imprensa brasileira já havia esmiuçado em todo o seu script. Estava evidente que em momentos assim, faltariam jogadores técnicos no banco para superarem, com o talento, aquilo que no planejamento tático foi superado pelo adversário. Não preciso dizer que todo mundo lembrou, a partir da metade do segundo tempo, dos nomes de Paulo Henrique Ganso e de Neymar, por exemplo. Menos, Dunga, claro. Não tenho dúvidas também que todo torcedor se lembrou que a vocação no nosso futebol não é a de priorizar as ações de defesa em detrimento do ataque. Que, nesse sentido, o contra-ataque não deve ser uma estratégia única, mas, apenas, uma própria decorrência do jogo, que o Brasil deve determinar ao oponente pela sua histórica qualidade técnica. Isso ele fez no primeiro tempo, mas, diante da adversidade de ter tomado dois gols, experimentando do seu próprio veneno – a bola parada alçada na área – não teve condições nem qualidade para reagir. E não é que a Holanda seja melhor do que nosso time; ela é apenas mais segura e consciente, mais equilibrada tática e emocionalmente, e foi isso que fez a diferença. Ela soube reagir e definir o jogo na adversidade, algo que o Brasil não conseguiu fazer. E por que? Porque é um time melhor comandado do que o nosso. Tanto pelo seu treinador quanto pelos seus próprios jogadores que se comandam a si mesmos nas horas difíceis. O Brasil, portanto, perdeu para o seu próprio treinador, um homem descontrolado e sem preparo emocional para dirigir o futebol brasileiro.
E sabe de uma coisa? A partir de agora vou torcer pela Holanda, para que seja finalmente feita uma justiça histórica com essa seleção européia. Pela sua trajetória no futebol mundial, a Laranja Mecânica já merece o título de campeã, uma vez que as demais que estão verdadeiramente no páreo (Argentina, Uruguai e Alemanha, exceção também para a Espanha), todas já detém títulos mundiais. Sou Holanda desde criancinha!!!

Gana deixa escapar vitória e Uruguai está nas semi-finais

No segundo jogo de hoje pelas quartas de finais da Copa, teve de tudo. Nunca uma partida foi tão dramática. No último segundo, Luis Suarez colocou a mão na bola, dentro da área. Foi expulso. Em qualquer outra situação, seria o vilão. Mas ele se tornou o herói da classificação do Uruguai para sua primeira semifinal de Copa do Mundo em 40 anos. O lance aconteceu no último segundo da prorrogação. O gol de Gana era certo. O pênalti, a última alternativa. Quando Asamoah Gyan bateu, os uruguaios já choravam. Mas ele acertou a trave. O jogo foi para os pênaltis e a camisa da Celeste Olímpica pesou. Muslera pegou os pênaltis de Mensah e Adiyiah. Maxi Pereira ainda perdeu. E coube a Loco Abreu marcar o gol da vitória. O Uruguai está nas semi-finas da Copa.




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