O futebol como um fenômeno da cultura brasileira

As coisas só acontecem por acaso, necessidade ou vontade nossa! Epicuro - filósofo.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Retrocesso legalizado


Monopólio da imagem e convite à irresponsabilidade gerencial de dirigentes esportivos

Todos os paraibanos que gostam do futebol ficaram “chocados” com as cenas exibidas dia 30 de abril, pela TV Paraíba, de Campina Grande, que mostravam a polícia federal retirando do CT do Campinense Clube, no bairro da Bela Vista, todos os bens do clube em forma de penhora para pagar dívidas trabalhistas acumuladas ao longo da vigência de diretorias irresponsáveis – veja a matéria clicando aqui - Pois bem!
O Senado Federal deverá votar esta semana projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados com vistas a alterar dispositivos da chamada Lei Pelé.
A legislação, que reúne regras sobre a atividade esportiva no país, será modificada em aspectos importantes, como a distribuição de recursos provenientes de loterias, relação de clubes e empresários com atletas em formação e o papel dos dirigentes na administração das entidades do esporte.
Pois ao invés de coibir, a nova lei Pelé, cuja alteração será votada esta semana, como já dissemos, abre mais brechas para a ação deletéria dos dirigentes esportivos mal intencionados ou irresponsáveis mesmo.
Ao proibir, por exemplo, a penhora de bens que possam inviabilizar o funcionamento de clubes, o diploma faz um convite ao endividamento irresponsável, como é o caso do Campinense Clube, que deve cerca de 2 milhões de reais a dois ex-atletas seus, num imbróglio trabalhista que já dura 15 anos e que, agora, chegou à fase final.
Outro aspecto terrível da nova Lei Pelé é o trecho que trata da venda dos direitos de imagem dos eventos esportivos.
O projeto também se equivoca ao pretender limitar ainda mais o uso de imagens de eventos esportivos por veículos que não possuem o direito de transmissão.
A norma atual, já restritiva, estabelece que esses meios só podem exibir material equivalente a 3% do tempo da competição. No caso de jogos de futebol, são 2min42s. Na proposta em debate acrescenta-se um redutor: nada pode ultrapassar 90 segundos. É quase a metade do tempo permitido hoje em se tratando de competições da modalidade esportiva mais popular do planeta.
É óbvio que a aquisição de direitos confere ao proprietário o privilégio de exibir os eventos em sua íntegra e de explorá-los comercialmente. Mas não é salutar que esse mecanismo de mercado evolua no sentido nocivo e antidemocrático do monopólio, como sugere o texto em exame no Senado, cuja relatoria está a cargo do senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

DOCUMENTÁRIO ENTREVISTA JOGADORES QUE TIVERAM O PRIVILÉGIO DE MARCAR GOLS EM COPAS DO MUNDO

A produtora Terra Vermelha Filmes, do Rio de Janeiro, na qual trabalha a minha amiga jornalista Gretha Viana, formada aqui no Departamento de Comunicação da UFPB, acaba de concluir o documentário “Eu marquei um gol na Copa do Mundo”, que entrevista jogadores que já estufaram as redes em jogos realizados nos mundiais de futebol. O filme foi produzido em parceria com a Passion Pictures e será exibido pela ESPN do Estados Unidos a partir do dia 3 de julho. Por aqui, o projeto já começa a repercutir. Veja matéria abaixo, na revista da Joyce Pascovitch sobre o filme. Para ler, clique em: http://glamurama.uol.com.br/Materia_tiro-certo-48599.aspx

E para conferir o documentário, clique AQUI!

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