Treze acha que o cajá do vizinho
é mais doce que o nosso
Dentre as inúmeras coisas detestestáveis deste mundão de meu Deus, uma, em particular, me dá urticárias: o complexo de inferioridade. Isto é: o sujeito achar que, por alguma razão da sua condição humana, ele vale menos do que seu semelhante. Isto transposto para a prática das condutas humanas é o seguinte: se o sujeito vê um cara com aquela bela garota que sempre quiz, não tem problema; é o cara que é mais bonito, mais inteligente, mais gostosão etc. Você é que é um energúmeno, um incompetente, um incapaz, um nerd, uma merda! Tudo bem, as coisas são assim mesmo, o negócio é baixar a cabeça e se contentar com a superioridade dos outros, afinal sempre existirão os fracos e os fortes, os bons e os maus, os melhores e os piores. Você, claro, por uma razão que desconhece – e, claro, não se esforça para conhecer –, por azar do destino está do lado dos piores. Então fazer o quê? Nada, além de louvar e elogiar os outros, esquecendo-se de suas potencialidades. No geral, essa postura se expressa naquilo que o colega blogueiro, Tiago Medeiros, resumiu na mania do sujeito “sempre achar mais doce o cajá do vizinho”.
Pois bem! Trazendo isso para o campo do futebol temos o seguinte: o Treze, que gastou R$ 20 mil para trazer arbitragem de fora da Paraíba para trabalhar no jogo decisivo contra o Botafogo, domingo (09), tendo por trás a idéia de que a nossa arbitragem é incompetente, desonesta, incapaz, uma merda, acabou “contratando” um profissional que atualmente está em baixa, na geladeira da arbitragem brasileira. Tudo isso por causa de uma arbitragem desastrosa - criminosa - que fez no jogo válido pela segunda partida semifinal do Campeonato Mineiro de Futebol deste ano, entre Cruzeiro e Ipatinga. Na oportunidade, ele deixou de marcar dois pênaltis claríssimos, cristalinos, a favor do Ipatinga e foi suspenso por tempo indeterminado pela Comissão de Arbitragem da Federação Mineira de Futebol. Não fosse sua arbitragem desastrosa, o campeão mineiro deste ano poderia ter sido outro e não o Galo, para lembrar uma correlação alvissareira com o jogo de domingo, também decisivo para o campeonato paraibano. Como a escolha do árbitro consta que foi decidida em sorteio realizado ontem pela Comissão de Arbitragem da CBF, o fato torna-se irônico.
Paga-se para trazer um árbitro de fora na suposição de que o “o cajá do vizinho é mais doce que o nosso” e amarga-se uma vergonha. Como se sabe, o comportamento provinciano é sempre acompanhado do complexo de inferioridade. E já disse: quem se acha inferior, acaba sendo inferior mesmo. Vamos aguardar os acontecimentos. Sim, o nome do sujeito, aliás, do tal árbitro, é Ricardo Marques Ribeiro (foto acima), que pertence ao quadro da Fifa. No jogo de domingo, contra o Belo, ele será auxiliado pela paulista Maria Elisa Barbosa e pelo também mineiro Marcelo Eustáquio. A Maria Elisa Barbosa é aquela auxiliar que invalidou um gol legalíssimo do Santo André na final do paulistão contra o Santos, fato que influiu radicalmente na conquista do título pelo Santos e não pelo Santo André, que só precisava de mais um gol para levar a taça.
Um comentário:
Ola, Edonio.
Vi seu blog em pesquisa pela net, muito bom! Voce publicou um texto do Aldir blanc sobre as peladas, etc. Entou montando uma exposicao de caricaturas sobre personalidades que pensaram o futebol. Sabe a fonte do texto - se foi publicado em jornal, qual jornal...?
Deixo o convite para meu blog
www.acaricaturadobrasil.com.br
deixo meu email
tonidagostinho@acaricatura.com.br
obrigado e grande abraco.
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