BOTAFOGO E TREZE EMPATAM
E adiam a decisão do título do Campeonato Paraibano de 2010
Em jogo eletrizante – o melhor clássico do paraibano deste ano -, o Botafogo, da capital, empatou fora de casa com o Treze, de Campina Grande, pelo placar de 2 a 2, no Amigão, e levou a decisão do título estadual deste ano para o próximo domingo. Agora, com 10 pontos, o Treze precisa, no mínimo, empatar o clássico local contra o Campinense, na última rodada do campeonato, para ser campeão estadual. Colado no seu pescoço, ao Botafogo, com 8 pontos, basta apenas ganhar do Sousa em casa, no Almeidão, e torcer para o Campinense vencer o Galo no domingo. Como todos esses resultados são possíveis, a decisão do paraibano deste ano, na última rodada, vem coroar uma fórmula de disputa que, além de mais justa – o campeão será realmente a equipe de melhor campanha traduzida em números -, é também a mais elogiável dos campeonatos estaduais do País.
ANÁLISE DO JOGO
Precisando ganhar para continuar dependendo apenas dele para levar a taça, o Botafogo entrou em campo contra o Treze – que se vencesse levava o título antecipadamente - com um time falsamente defensivo: um meio campo formado por dois volantes (Val e Marcílio) e um jogador coringa (Luciano Fonseca), que veio contratado como atacante, mas que, pela força física, fez as vezes de um terceiro homem de proteção sem perder a capacidade de atuar no ataque. Jogando um homem de marcação (Marcílio) em cima de Rony Dias (o armador do Treze) e utilizando-se do excelente volante Val para defender e armar, simultaneamente, o técnico Itamar Schulle encurralou o Treze, que conforme antecipamos nesse blog (ver posts anteriores), jogou com medo, sob a sombra da possibilidade de novamente perder o título em casa, o que quase aconteceu, não fosse a entrada de Miltinho e o chute indefensável que acertou na entrada da área, num rebote que não teve combate da defesa do Belo. Até os 44 minutos do segundo tempo, o Treze perdia o jogo e atuava desesperadamente, alçando bolas na área para ver em que resultava. O Botafogo, por seu turno, se segurava como podia, por causa da circunstância de ter um homem a menos, graças à bobeira e infantilidade do lateral esquerdo Nininho, que além de ter feito um pênalti bobo, conseguiu ser expulso, numa falta desnecessária. O jogo, portanto, mostrou um Treze cauteloso e ensimesmado, sem auto-confiança e nehum projeto de jogo, com um treinador que já não sabia mais o que fazer contra um Botafogo confiante, determinado e perigoso nos contra-ataques. Prova disso é que mesmo tomando um gol aos 28 minutos do primeiro tempo, marcado pelo volante Pio de pênalti, o Belo não se assustou no seu plano de jogo e conseguiu empatar com Paulinho Macaíba, aos 34 ainda da primeira etapa.
Na volta do intervalo, o Botafogo continuou marcando bem e explorando os contra-ataques. E foi num destes que o artilheiro Edmundo recebeu uma bola vinda da zaga do Belo e bem no seu estilo, com a calma e frieza de quem nasceu para fazer gols, mandou para as redes do Galo, virando o placar para 2 a 1, aos 12 minutos do segundo tempo. A Partir daí, o Treze teve que sair pro jogo, já que não lhe restava outra alternativa senão ao menos empatar a partida. A peça chave desta alternativa foi o jogador Miltinho, que substituiu George e mostrou ao treinador Marcelo Vilar que não deveria estar no banco. Aos 44 minutos da segunda etapa, quando o Treze era só desespero e o Botafogo só aguerrido combate na defesa, uma bola sobra na entrada da grande área e Miltinho acerta um balaço, empatando o jogo, para o alívio da torcida trezeana, ao menos até o domingo que vem. Eu falei aqui mesmo nesse blog que o Treze começou a perder o título deste ano no jogo em que perdeu para o Sousa, no sertão; que continuaria a sua obra contra o Botafogo, neste domingo, o que fez ao empatar uma partida que quase perdeu ontem; e que concluiria tudo contra o Campinense, que vai jogar mordido pela goleada de 4 a 0 que sofreu do rival e não vai deixar barato as coisas. Tudo isso veremos no próximo domingo, 16 de maio. Aguardemos!
Treze 2 x 2 Botafogo
Treze: Wanderson, Ferreira (Da Silva), Tiago Messias, Alexandre, Rone (Miltinho), Cleidson, Pio, Fernando, Vavá, Rone Dias, George (Cléo). Técnico: Marcelo Vilar.
Botafogo: Genivaldo, José Wilker, Ricardo Oliveira, Rogério, Marcilio, Nininho, Val, Luciano Fonseca (Marciano), Edmundo (Geriel), Chapinha (Reginaldo), Paulinho Macaíba. Técnico: Itamar Schulle.
A conta da arbitragem de fora:
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG) - R$ 4.618,07
Assistente 1: Maria Elisa Barbosa (SP) - R$ 3.742,56
Assistente 2: Márcio Eustáquio (MG) - 3.188,77
Árbitros reservas:
Élcio Pascoal Borborema (SP) – R$ 2.797,14
José Maria Neto (PB) - R$ 600,00
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