UM BELO TEXTO SOBRE UM BELO TIME
Nos meus escritos e
reflexões sobre o futebol, tenho insistido no fato de que esse esporte, quando
compreendido como um fenômeno que vai além daquele jogo realizado em quatro
linhas de um espaço retangular, pode ser visto como um acontecimento
sociocultural de amplo alcance (veja-se o fato de ser aceito por quase todas as
culturas do mundo), por exemplo.
Sendo assim, o
futebol pode ser entendido como um grande código de comunicação cultural; uma
supra-linguagem só redutível a si mesma, apta a recolher e espraiar os
múltiplos sentidos culturais que se impregnam na sua operação simbólica básica,
que é a de – através de um rito primordial, o homem enfrentar o outro (e, por
decorrência especular, a si mesmo) através de uma guerra em que o fundamental
não é a morte, a aniquilação do outro, mas a sobrevivência de todos, numa
perspectiva festiva e prazerosa. Algo que só a arte pode dar ao realizar, na
prática, a utopia existencial fundamental do ser humano: a sobrevivência
pacífica e livre entre os diferentes seres e povos, que são, em última
instância, seus semelhantes. Tudo isso mediado pelo tempo e pelo poder de
criar. E criar, fundamentalmente, sentido para o mundo.
Pois é nesta direção
que podemos entender o conteúdo desse excelente artigo sobre futebol, publicado
no jornal A União de hoje e sobre o qual peço a atenção dos meus
internautas-leitores. Belo texto sobre um Belo time, numa confluência entre o
bom ensaísmo e a mirada sociológica sobre o futebol. A autoria do artigo é do sociólogo Estevam Dedalus. Boa leitura!
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