A Paraíba no
Brasileirão 2013
Por Edônio Alves
Chegados ao meio caminho da estrada na trajetória comum de conseguirem
maior espaço e visibilidade no cenário nacional do futebol brasileiro, os dois
clubes paraibanos que disputam este ano as séries C e D - respectivamente,
Treze e Botafogo - da competição nacional, vivem momentos distintos no que se
refere à concretização dos seus objetivos na presente temporada.
Enquanto o Treze ainda está na zona de rebaixamento do seu grupo na Série
C, o Botafogo acaba de se classificar com uma rodada de antecedência rumo ao
acesso a essa mesma Série C do Brasileirão do ano que vem. Por consequência, as
campanhas dos dois clubes até aqui autorizam concluirmos que enquanto um luta
para encontrar um futebol que justifique sua presença neste patamar (a Série
C), caso do Treze, o outro, o Botafogo, ao contrário, luta para manter ou
melhorar o futebol que já encontrou não só para estar onde está, mas,
principalmente, para chegar, no ano que vem, ao patamar do outro. Ressaltando-se,
é bom lembrar, que o Treze está lá, na série C, não por causa do futebol em si,
mas porque ganhou na Justiça o direito de ficar.
Dito isto, analisemos até onde nossos clubes poderão chegar nessa sua
luta por espaço, reconhecimento e visibilidade nacionais.
O caso do Treze é mais preocupante do que o do Botafogo, embora ainda não
menos alvissareiro. Com 14 pontos na virada do primeiro para o segundo turno
desta primeira fase da Série C, o Treze está a três pontos do primeiro clube
fora da zona de rebaixamento, o Águia de Marabá; isto é, ainda não depende de
suas próprias pernas para pular o fosso da degola. Isto quer dizer que a cada
rodada que fizer a partir de agora, tem que vencer e torcer para o concorrente
derrapar.
Vindo de duas vitórias convincentes e consecutivas em casa (contra o Rio
Branco por 3 a 0 e contra o próprio Águia, por 2 a 0), o Galo da Borborema
ensaia uma reação rumo à saída da zona do rebaixamento e, por que não dizer, a
um franco credenciamento de ainda poder chegar junto da turma do G4: Fortaleza,
Sampaio Correia, Luverdense e CRB. Tempo e rodadas à frente para isso ainda há.
Tudo vai depender do que fizer já nessa 11ª rodada quando enfrentar o Sampaio
Correia, fora de casa. O resultado desse jogo é fundamental para o Treze sinalizar
o que quer, o que pode e o que ainda vai fazer (ou deixar de fazer) nessa sua
campanha do Brasileirão deste ano.
Já quanto ao Botafogo, a sua campanha na Série D tem caminhado até aqui
em céu de brigadeiro. Com 14 pontos
conquistados e a uma vitória de encerrar a primeira fase da competição como
líder do seu Grupo, o Belo tem plenas condições de repetir (ou até melhorar),
guardadas as devidas proporções, a sua histórica campanha da Série C de 2003
quando ficou a um ponto de subir para almejada Série B do ano seguinte.
Vencendo, neste domingo, em casa, a equipe do Juazeirense da Bahia, o
Botafogo terá pela frente um desses três times, na sua primeira partida
mata-mata da segunda fase: Central ou Ypiranga, ambos de Pernambuco, ou o Guarany,
do Ceará. Como jogará a segunda partida em casa contra um desses times, tem
chances reais de passar adiante e ficar a apenas quatro partidas do acesso à
Série C do ano que vem.
Futebol para isso tem. Elenco para isso tem. Tradição para isso tem.
Experiência, seus jogadores, para isso, têm. Torcida para isso tem. Ficará
faltando apenas (e isso não é pouco) a confirmação em campo desses fatores a
seu favor. Até porque nessa próxima fase de mata-mata e consequentes
eliminações, os seus virtuais adversários tem tudo isso e até muito mais.
Resumo de tudo: nossos representantes deste ano no Brasileirão, Treze e
Botafogo, podem tanto chegarem lá, nos seus objetivos, juntos e abraçados, como
também separarem-se no meio do caminho.
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