O futebol como um fenômeno da cultura brasileira

As coisas só acontecem por acaso, necessidade ou vontade nossa! Epicuro - filósofo.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Futebol_ANÁLISE


 
A Paraíba no Brasileirão 2013

 

Por Edônio Alves

 

Chegados ao meio caminho da estrada na trajetória comum de conseguirem maior espaço e visibilidade no cenário nacional do futebol brasileiro, os dois clubes paraibanos que disputam este ano as séries C e D - respectivamente, Treze e Botafogo - da competição nacional, vivem momentos distintos no que se refere à concretização dos seus objetivos na presente temporada.

Enquanto o Treze ainda está na zona de rebaixamento do seu grupo na Série C, o Botafogo acaba de se classificar com uma rodada de antecedência rumo ao acesso a essa mesma Série C do Brasileirão do ano que vem. Por consequência, as campanhas dos dois clubes até aqui autorizam concluirmos que enquanto um luta para encontrar um futebol que justifique sua presença neste patamar (a Série C), caso do Treze, o outro, o Botafogo, ao contrário, luta para manter ou melhorar o futebol que já encontrou não só para estar onde está, mas, principalmente, para chegar, no ano que vem, ao patamar do outro. Ressaltando-se, é bom lembrar, que o Treze está lá, na série C, não por causa do futebol em si, mas porque ganhou na Justiça o direito de ficar.

Dito isto, analisemos até onde nossos clubes poderão chegar nessa sua luta por espaço, reconhecimento e visibilidade nacionais.

O caso do Treze é mais preocupante do que o do Botafogo, embora ainda não menos alvissareiro. Com 14 pontos na virada do primeiro para o segundo turno desta primeira fase da Série C, o Treze está a três pontos do primeiro clube fora da zona de rebaixamento, o Águia de Marabá; isto é, ainda não depende de suas próprias pernas para pular o fosso da degola. Isto quer dizer que a cada rodada que fizer a partir de agora, tem que vencer e torcer para o concorrente derrapar.

Vindo de duas vitórias convincentes e consecutivas em casa (contra o Rio Branco por 3 a 0 e contra o próprio Águia, por 2 a 0), o Galo da Borborema ensaia uma reação rumo à saída da zona do rebaixamento e, por que não dizer, a um franco credenciamento de ainda poder chegar junto da turma do G4: Fortaleza, Sampaio Correia, Luverdense e CRB. Tempo e rodadas à frente para isso ainda há. Tudo vai depender do que fizer já nessa 11ª rodada quando enfrentar o Sampaio Correia, fora de casa. O resultado desse jogo é fundamental para o Treze sinalizar o que quer, o que pode e o que ainda vai fazer (ou deixar de fazer) nessa sua campanha do Brasileirão deste ano.

Já quanto ao Botafogo, a sua campanha na Série D tem caminhado até aqui em céu de brigadeiro.  Com 14 pontos conquistados e a uma vitória de encerrar a primeira fase da competição como líder do seu Grupo, o Belo tem plenas condições de repetir (ou até melhorar), guardadas as devidas proporções, a sua histórica campanha da Série C de 2003 quando ficou a um ponto de subir para almejada Série B do ano seguinte.

Vencendo, neste domingo, em casa, a equipe do Juazeirense da Bahia, o Botafogo terá pela frente um desses três times, na sua primeira partida mata-mata da segunda fase: Central ou Ypiranga, ambos de Pernambuco, ou o Guarany, do Ceará. Como jogará a segunda partida em casa contra um desses times, tem chances reais de passar adiante e ficar a apenas quatro partidas do acesso à Série C do ano que vem.

Futebol para isso tem. Elenco para isso tem. Tradição para isso tem. Experiência, seus jogadores, para isso, têm. Torcida para isso tem. Ficará faltando apenas (e isso não é pouco) a confirmação em campo desses fatores a seu favor. Até porque nessa próxima fase de mata-mata e consequentes eliminações, os seus virtuais adversários tem tudo isso e até muito mais. Resumo de tudo: nossos representantes deste ano no Brasileirão, Treze e Botafogo, podem tanto chegarem lá, nos seus objetivos, juntos e abraçados, como também separarem-se no meio do caminho. 
 

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