O futebol como um fenômeno da cultura brasileira

As coisas só acontecem por acaso, necessidade ou vontade nossa! Epicuro - filósofo.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Campeonato Paraibano 2011 - 2ª Fase - Quadrangular decisivo

Sub-judice
CAMPEONATO PARAIBANO É SUSPENSO ATÉ QUE SEJA JULGADA AÇÃO
 DO BOTAFOGO CONTRA O TREZE
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paraibana de Futebol concedeu, ontem (11), liminar interposta pelo Botafogo-PB suspendendo o Campeonato Paraibano 2011.
A demanda judicial foi provocada pelas confusões registradas no último domingo, durante partida disputada pelo Batafogo contra a equipe do Treze de Campina Grande, pela segunda fase do campeonato estadual.
O advogado Alexandre Cavalcanti, do Botafogo, explicou que a liminar pede a suspensão do campeonato até que sejam realizados exames que comprovem lesões dos jogadores do Galo, que saíram de campo e forçaram o término da partida.
O argumento é de que Doda e Vaninho, do Treze, simularam contusão para forçar o encerramento precoce da partida, e a medida cautelar foi interposta com base no artigo 205 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê punição em caso de intencionalidade de um time em ficar com número insuficiente de jogadores em campo, para forçar o encerramento antecipado do jogo.

OS FATOS
Na partida entre Treze e Botafogo, realizada no estádio Amigão, em Campina Grande, no domingo (08), pode-se dizer aconteceu de tudo em termos de agressões às regras do futebol. A começar pela escalação absurda de um árbitro da cidade para apitar a partida: Jefferson Rafael, acompanhado dos auxiliares, Luis Felipe e Oberto Santos. Sem condições de isenção para arbitrar a partida (o árbitro reside em Campina Grande, fato que o deixaria exposto a possíveis retaliações de torcedores descontentes locais), Jefferson Rafael deixou de marcar três pênaltis claros para a equipe do Botafogo e ainda validou um gol oriundo de uma falta não marcada em que um jogador do Treze tomou a bola do adversário derrubando-o com as duas mãos. De tão absurdo o lance, toda a defesa do Botafogo parou esperando o apito do juiz enquanto este permitia o atleta trezeano avançar e empurrara bola para o gol.
A lambança toda aprontada pelo árbitro chegou ao cúmulo quando este, depois de ter expulsado três atletas do Treze (Marcelo Galvão, Cléo e Vavá) e dois do Botafogo (Genivaldo e Henrique) - por causa de uma confusão generalizada, ocasionada por uma provocação do atacante trezeano, Vavá, contra os jogadores que estavam no banco de reservas do Botafogo -, fez o jogo prosseguir sem o número legal de jogadores em campo. Depois de estampado 4 a 0 no placar, número de gols suficientes para eliminar o Botafogo das disputas finais, quando ainda restavam 10 minutos para o encerramento regulamentar da partida, o jogador Vaninho, do Treze, simulou uma contusão e caiu em campo, deixando a sua equipe com apenas seis jogadores em ação. Mesmo assim, o árbitro ainda fez a partida prosseguir por certo tempo até que foi advertido pelo auxiliar que pediu para o jogo acabar e foi atendido, algo que aconteceu antes do tempo regulamentar, aos 41 minutos do segundo tempo.
Resumo da ópera: três jogadores expulsos de um lado; dois do outro; o técnico Maurício Cabedelo, do Botafogo, detido pela polícia para explicar um soco que deu no árbitro; pessoas desmaiando por causa do spray de pimenta atirado a esmo contra todo mundo pela polícia, num tumulto generalizado, e mais uma vez, em Campina Grande (a terceira vez só este ano), a exibição de cenas lamentáveis envolvendo jogos de futebol, numa demonstração clara da falta de preparo dos dirigentes e instituições locais que lidam com a organização (ou desorganização) do espetáculo do futebol.

TREZE RECORRE
A diretoria do Treze recorreu da decisão do Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba (TJD-PB), que concedeu liminar favorável ao Botafogo, suspendendo as partidas da final do 2ª turno do Campeonato Paraibano, na qual o Galo enfrentaria o Campinense. O Departamento Jurídico do Galo enviou, na tarde desta quarta-feira (11), documento ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para tentar anular a decisão do TJD-PB. O julgamento do pedido do Treze deve sair até o final da tarde dessa quinta-feira (12), também em decisão monocrática do presidente do TJD, Genivaldo Fausto, que terá ainda a incumbência de marcar a reunião dos auditores que vão julgar o mérito da questão, em primeira instância, cabendo ainda recursos para ambas as partes.



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