Na técnica e na raça
BOTAFOGO-PB VENCE O TREZE DE VIRADA E AINDA MIRA O G4
Com Phelipe Caldas/Globesporte.com
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Rumo à classificação: jogadores e torcedores do Belo comemoram juntos a vitória de virada contra o Treze |
O Botafogo-PB precisa vencer o
Treze para continuar sonhando com a classificação para a segunda fase do
Campeonato Paraibano. Mas vencer o líder e ainda por cima depois de uma semana
conturbada, com dispensa de jogadores e a polêmica dos ingressos, era algo
impensável para muitos torcedores - tanto que o Almeidão recebeu um público
irrisório na tarde deste domingo.
Mas quem não foi ao estádio
perdeu simplesmente a melhor partida do Belo no ano. Jogando com muita raça, o
time empolgou a torcida e conseguiu uma vitória dramática, de virada, com gols
de Edgard e Jales. Para o Galo, Doda abriu o placar no início do primeiro
tempo.
De qualquer forma, a vitória não
mudou muito a situação do clube pessoense. Isso porque o Botafogo continua na
sexta colocação, com os mesmos três pontos de diferença para o G4. A vantagem é
que o Belo terá pela frente os dois últimos colocados nas próximas rodadas,
Esporte de Patos, na quarta-feira, e Flamengo-PB, no próximo domingo.
O jogo
O Treze começou a partida dando a
impressão que venceria com facilidade. Logo aos 35 segundos de jogo, veio a
primeira finalização, numa cabeçada de Thiago Cunha.
E o Galo seguiu na pressão até
marcar o primeiro gol, aos 8 minutos.Depois de boa jogada de Ferreira, Doda
apreceu na área para abrir o placar no clássico. Um gol mais do que merecido,
já que o Belo não conseguia sequer passar do meio-campo até aquela altura.
Mais uma vez perdido no esquema
3-5-2, o Botafogo por pouco não leva o segundo no mlance seguinte. Thiago Cunha
desperdiçou. O zagueiro Ronan, que assumiu a condição de titular com a saída de
Rodrigo Rizzo (um dos cinco jogadores dispensados na semana), dava calafrios na
torcida. Inseguro e atabalhoado, ele quase proporciona gol para Márcio Carioca,
aos 21 minutos.
Foi a gota d'água para o técnico
Neto Maradona perder a paciência de vez com defensor. O comandante colocou o
atacante Yla em campo, voltando ao 4-4-2. Coincidência ou não, na primeira
jogada de ataque do Botafogo, veio o empate. Leomir fez grande jogada com
direito a elástico em seu marcador e cruzou para a área. Edgard pegoude
primeira para deixar tudo igual.
Após o gol, o atacante Vavá, que
não foi relacionado para o jogo, provocou a torcida do Botafogo nas cedeiras do
Almeidão. Houve um princípio de tumulto e os seguranças do Galo acharam melhor
tirar o jogador dali.
Em campo, o Botafogo passava a
dominar as ações. Aos 28, Edgard caiu na área pedindo pênalti. O árbitro João
Bosco Satyro deu cartão amarelo por simulação ao jogador do Belo.
Cada goleiro ainda fez uma boa
defesa na primeira etapa: Genivaldo, num chutaço de Márcio Carioca, aos 34; e
Danilo, evitando o gol nos pés de Erivelto, aos 42.
Virada no segundo tempo
Aos 14 minutos, mais uma chance
incrível despediçada pelo Botafogo. Erivelto, na cara de Danilo, não teve calma
para marcar o segundo.
E a tarde continuou negra para o
Treze. Aos 19, Rone Dias deixou o campo sentindo um estiramento. Marcelo Vilar,
então, teve que queimar a terceira alteração, colocando em campo Cleyton
Cearense.
O segundo gol do Botafogo parecia
ser uma questão de tempo. O Belo esteve perto disso aos 24 minutos, numa
cobrança de falta de Nino Paraíba. Danilo mandou para escanteio. No
contra-ataque, no entanto, o Galo também levava perigo. Tanto que Ferreira
soltou uma bomba e a bola chegou a bater na trave de Genivaldo.
Aos 35, o gol que fez justiça ao
maior domínio botafoguense. Depois de mais uma falta na entrada da área, Jales (que
entrara minutos antes) desviou de cabeça e fez explodir a torcida no Almeidão:
2 a 1 em cima do Treze, àquela altura, já perdendo a liderança para o rival
Campinense.
Neto Maradona tratou de segurar a
vantagem, colocando o meia Diego no lugar de Edgard. Nem precisava disso. O
Treze já estava entregue e as melhores chances continuaram do lado do Botafogo.
A prova do espírito de garra do
Botafogo veio nos pés de Rogério, que ao cortar dois ataques do Treze comemorou
como se tivesse marcado um gol. Foi a senha para a torcida botafoguense
explodir de vez.
Nem mesmo os cinco minutos de
acréscimos diminuiu a animação. Pelo contrário, o torcedor do Botafogo parecia
querer saborear cada minuto da improvável vitória. E por pouco não comemorava o
terceiro gol, de novo com
Finalmente, o apito final.
Botafogo 2 a 1 no Treze. O G4 ainda é possível. Choro, abraços e desabafos dos
jogadores. O goleiro Genivaldo, que teve mais uma atuação destacada, resumiu o
momento.
- Esse é um grupo de homens. Quem
ficou aqui foram os homens.
O Botafogo vai a 25 pontos e
continua atrás do Nacional-P (26), Sousa (28), Paraíba (28), Treze (30) e do
Campinense (30). Mesmo que a classificação não venha nas próximas rodadas, a
festa da torcida na saída do estádio foi digna de título.
Já o Treze perdeu o primeiro
lugar para o Campinense no saldo de gols - 16 a 10. Nas duas próximas rodadas,
os Maiorais de Campina vão brigar pelo primeiro lugar que vale vantagem no
mata-mata e presença assegurada na finalíssima do Campeonato Paraibano.
FICHA TÉCNICA:
BOTAFOGO:
Genivaldo, Diego Pitbull, Henrique, Ronan (Yla) e Adriano; Rogério, Isaías,
Nino Paraíba e Leomir; Edgard (Diego) e Erivelto (Jales).
TÉCNICO: Neto
Maradona
TREZE: Danilo,
Ferreira, Anderson, Saulo, Adalberto; Amaral Rosa, Neto Maranhão (Rone Dias)
(Cleyton Cearense), Carlos Alberto e Doda; Márcio Carioca (Manú) e Thiago Cunha.
TÉCNICO:
Marcelo Vilar
Gols:
Doda aos 8; Edgard aos 24 do 1º tempo; Jales aos 35 do 2º tempo.
Cartões
amarelos: Edgard, Saulo e Amaral Rosa.
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